Aborto

26/10/2014 12:17

 

  

 

Monoteísta Yachid

Halachá 2

O ABORTO 

 

      A-  O aborto aparece na legislação bíblica somente no caso de perda acidental do feto. "Quando dois homens brigam e um deles empurra uma mulher grávida e isto resulta num aborto acidental, mas nenhum outro dano ocorre, o perpetrador será multado em tanto quanto o marido possa conseguir dele " ( Êxodo 21:22) .     

      B- O aborto provocado é de relevancia a nível de assasinato, salvo em situaçoes que coloca a vida da mulher em perigo, ou que a fisiologia da criança, confirmada por médico pediátra, não tenha possibilidade de manter a vida.  Pois a vida está acima da lei.

      C -A criança não nascida tem direito a vida, que não deve ser negado. Mesmo se o feto é resultado de um incesto ou estupro, ou tem alguma anormalidade, ainda assim tem direito a viver. Se tal situação é dolosa para mãe, a mesma doe a criança, para que esta tenha uma chance a vida. A Torah é contra morte.

        - A palavra “matar” em Êxodo 20:13 é, em hebreu, “rahaz”.  Na Lei (instrução). Sempre significa violência, matança que na verdade é assassinato. Nunca é usada com o sentido de matar na guerra ou (com uma exceção, Números 35:27) em execuções judiciais. Existe uma diferença clara entre a morte legal (sentença de morte) e o assassinato ilegal. Por exemplo, em Números 35:19, “O vingador do sangue matará o homicida.” A palavra “matará” vem de “rahaz” que é proibida nos Dez Mandamentos. A expressão “sentença de morte” é uma expressão geral para descrever as execuções legais.

    D - A única condição sob a qual esse direito pode ser negado é quando ela colocar em perigo a vida de outra pessoa, ou seja, a sua mãe. Sob o principio que permite tirar a vida de um ser humano, quando este ameaçar a vida de outro ser humano, um aborto só pode ser permitido caso a mãe realmente corra perigo de vida.
Após consultar as autoridades médicas, determinar se a ameaça ao bem estar fisíco da mãe, é suficiente para permitir o aborto. 

     E - De fato, o recém nascido  é considerado completamente viável, após o seu nascimento e sua morte recebe o mesmo processo de luto que as outras pessoas recebem, pois é um ser humano.

        F - A maior parte das autoridades haláchicas permitem o aborto somente para salvar a vida da mãe .  

 

        G - Se comprende que o feto não fica na mesma categoria de um animal (contém as almas Nefesh e Ruah), pois aquela é um recepitáculo da alma Chayah (a força da vida sabedoria, conhecimento que está além da articulação), inerete a criança, no ato de seu primeiro folego de vida.

 

        H - A mulher que não queira o seu filho por lhe trazer peso ou dano,devido a um estupro,  esta deve doá-lo, para quem tem carência em ter um bebê, pois assim a criança terá uma chance em viver. Não lhe é dado o direito de aborto, salvo se sua vida estiver em perigo.

 

        I -Também se compreende, que o óvulo é algo que pertence a mulher, assim como o espermatozóide é algo que pertence ao homem, porém um óvulo fecundado, não é de propriedade da mulher ou do homem. (sl 139))

 

        *  Nesta Halacha  Monoteísta Yachid -é dito que, se a criança não-nascida é humana, não deve ser abortada. - A instruçao da Torah  tem uma posição única e coerente em relação ao aborto, para a questão, em que a mulher é colocada em perigo. O feto não tem direitos independentes e pode ser destruído para salvar a vida da mãe, até mesmo na hora do parto: "se a mulher está tendo dificuldade no parto, deve-se cortar o feto dentro dela e retirar parte por parte porque sua vida tem precedência sobre a vida do feto. Uma vez que sua parte maior tenha emergido, não a toque porque não se pode por de lado uma vida pela outra"( mishná Oholot 7:6 ). Portanto, o feto se torna uma pessoa independente somente quando sua cabeça ou a maior parte do seu corpo tenha emergido ( Sanedrim 72b )

 

1. O Eterno ordenou, “Não matarás” (Êxodo 20:13).

         A palavra “matar” em Êxodo 20:13 é, em hebreu, “rahaz”.  Na Lei (instrução). Sempre significa violência, matança que na verdade é assassinato. Nunca é usada com o sentido de matar na guerra ou (com uma exceção, Números 35:27) em execuções judiciais. Existe uma diferença clara entre a morte legal (sentença de morte) e o assassinato ilegal. Por exemplo, em Números 35:19, “O vingador do sangue matará o homicida.” A palavra “matará” vem de “rahaz” que é proibida nos Dez Mandamentos. A expressão “sentença de morte” é uma expressão geral para descrever as execuções legais.

  2. A destruição da vida humana concebida — seja ela embrionária, fetal ou viável — é uma violação da obra única de formar as pessoas que o Eterno ( Deus) consede.

  3.  Salmos 139:13 diz: “Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe.”

        O mínimo que podemos extrair deste texto é que a formação da vida de uma pessoa no ventre é uma obra do Eterno. Este é quem “possui” e quem “cobre”, nesta passagem. Além do mais podemos dizer que a formação de vida no ventre não é um mero processo mecânico, é algo semelhante à tecelagem ou até mesmo ao tricô: “cobriste-me no ventre de minha mãe.” A vida da criança ainda não nascida é a tecelagem de Deus, e o que ele está tecendo é um ser humano a sua semelhança, diferente de qualquer outra criatura no universo.


    A outros textos menos conhecida, está no livro de Jó. Ele atesta nunca ter rejeitado os pedidos de seus serviçais, mesmo que naquela cultura as pessoas considerassem os serviçais meros objetos. O que merece atenção aqui é como Jó argumenta. 

                Então ambos, Salmo 139 e Jó 31, dão ênfase ao fato de ser Hashem - Deus - o principal trabalhador — cuidador, formador, tecelão, criador— no processo de gestação. Por que isso é importante? É importante porque Deus é o único capaz de criar uma pessoa. As mães e os pais podem contribuir com um óvulo impessoal e com esperma impessoal, mas apenas Deus cria uma pessoa independente. Então, quando as Escrituras dão ênfase ao fato de que Deus é o cuidador e formador no ventre, deve-se destacar que tudo que acontece no ventre é obra de Deus, que é a formação de uma pessoa. Do ponto de vista bíblico, a gestação é a obra de Deus para formar uma pessoa.

        A destruição de uma vida humana — seja ela embrionária, fetal ou viável — é uma agressão ao trabalho único de formar pessoas, feito por Deus. O aborto é uma agressão a Deus, não só ao homem. Deus faz seu trabalho único no ventre desde o momento da concepção. Este é o testemunho claro do Salmo 139:13 e de Jó 31:15.

4. O aborto está relacionado com o que a Torah condena repetidamente: “derramar o sangue dos inocentes.”

     O contexto é sempre o mesmo: condena aqueles derramam o sangue ou adverte as pessoas para que não o façam. O sangue inocente inclui o sangue das crianças (Salmos 106:38). Jeremias coloca este assunto no contexto de estrangeiros, viúvas e órfãos: “Assim diz o Senhor: Exercei o juízo e a justiça, e livrai o espoliado da mão do opressor, e não oprimais ao estrangeiro nem ao órfão, nem à viúva; não façais violência, nem derrameis sangue inocentes neste lugar.” Logo. o  sangue da criança ainda não nascida é inocente.

5. A Torah freqüentemente expressa a alta prioridade que Deus coloca na proteção, abastecimento e defesa dos mais fracos e mais oprimidos membros da comunidade.

Por muitas e muitas vezes lemos sobre o estrangeiro, a viúva e o órfão. Esta é principal preocupação de Deus e deveria ser a principal preocupação de seu povo.

“O estrangeiro não afligirás, nem o oprimirás; pois estrangeiros fostes na terra do Egito. E nenhuma viúva ou órfão afligireis. Se de algum modo os afligires, e eles clamarem a mim, eu certamente ouvirei o seu clamor. E a minha ira se acenderá, e vos matarei à espada; e vossas mulheres ficarão viúvas, e vossos filhos órfãos” (Êxodo 22:21-24).

“Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus, no seu lugar santo” (Salmo 68:5).

“Fazei justiça ao pobre e ao órfão; justificai o aflito e o necessitado. Livrai o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios” (Salmos 82:3-4).

“Matam a viúva e o estrangeiro, e ao órfão tiram a vida.” “E trará sobre eles a sua própria iniqüidade; e os destruirá na sua própria malícia; o Senhor nosso Deus os destruirá” (Salmos 94: 6, 23).

6. Ao julgar uma vida humana difícil e trágica como mais maligna do que tirar uma vida, abortistas contradizem os ensinamentos bíblicos de que Deus ama mostrar seu poder de Graça através do sofrimento, não apenas ajudando as pessoas a evitarem o sofrimento

Isso não quer dizer que devemos procurar o sofrimento para nós mesmos ou para os outros. Quer dizer que o sofrimento é retratado na Bíblia como necessário e ordenado por Deus, apesar de não agradar a Deus a difícil situação deste mundo arruinado (Ezequiel 18:32), e especialmente aqueles que irão para o mundo vindouro  e vivem vidas de deuses . Este sofrimento nunca é visto como mera tragédia. Também é visto como meio para crescimento em Deus e meio para tornar-se forte nesta vida , para tornar-se glorioso na vida que estará por vir

  7. É um erro justificar o aborto no fato de que todas estas crianças irão para o holam habá ou terão uma vida completa na sua ressurreição.

    Esta é uma boa esperança quando o coração está partido por causa das penitências e está à procura de perdão. Mas é maldade justificar o ato de matar com a felicidade da eternidade daquele que irá morrer. A mesma justificativa poderia ser usada para matar crianças de 1 ano de idade, ou qualquer outra pessoa que acreditasse no paraíso. A Bíblia apresenta a seguinte questão: “Permaneceremos no pecado, para que a misericórdia abunde?). E também: “Façamos males para que venham bens?” .Em ambos os casos ressoa um NÃO. É presunçoso tomar o lugar de Deus e querer controlar o Olam habá(Paraíso) ou Guerinon(Tormento). Nosso dever é saber fazer a s escolhas certas, para que as consequencias do erro e enganos não caia sobre nossas cabeças.