Yon Kippur

22/09/2014 00:35

    Iom Kipur, Dia da Expiação ou do Perdão, 10º dia de tishrei, marca a culminância dos 10 Dias de Penitência e é considerado um dos pontos máximos do calendário judaico. O jejum e a abstenção de todo prazer físico são uma expressão extrema da intenção de submeter a natureza material ao domínio do espírito. Embora sejam dias solenes, não são tristes, pois em Iom Kipur  recebe-se o presente mais sublime de Deus: Seu perdão. Quando uma pessoa perdoa outra, é por causa de um profundo senso de amizade e amor, que não leva em conta o efeito de qualquer coisa errada que tenha sido feita. O perdão de Deus é uma expressão de seu amor incondicional. Quanto mais plenamente demonstrarmos nossa união essencial agindo com amor e amizade entre nós mesmos, mais plenamente o amor de Deus se revelará.

 

Iom Kipur enfatiza os seguintes ensinamentos do judaísmo:

1. O pecado é uma fraqueza do homem e está sempre sob seu domínio, caso o homem deseje dominá-lo; não é obra de poderes malignos que tramam a decadência do homem. 
2. O homem tem certeza de que seu Pai o receberá sempre bem e perdoará seus pecados, se ele realmente se arrepender. 
3. Não existe nenhum intermediário entre Deus e o homem. Para que o homem seja perdoado basta que ele realmente se arrependa e se proponha a levar uma nova vida. 
4. Deve-se pedir perdão ao próximo antes de pedir a Deus.

Teshuvá - Tefilá - Tzedaká 

O credo judaico não reconhece o dogma do pecado original, pois considera o homem bom e puro por natureza e livre: Deus põe em suas mãos os meios de renovar-se sempre e indica os caminhos que levam à graça: teshuvá, tefilá e tzedaká

Teshuvá - implica arrependimento, regresso. Não existe erro ou pecado que não possa se cancelar através da Teshuvá. Consiste em 3 etapas:1.Hakarat há’het=reconhecimento do erro; 2. Teshuvá =o arrependimento;3.Azivat há’het = não voltar a cometer o mesmo erro. Tefilá = reza, oração. Tzedaká = significa, ao mesmo tempo, justiça e caridade, porque no exercício da caridade realiza-se a justiça.


 

Leis e costumes de Iom Kipur

1. No dia anterior a Iom Kipur, pela manhã, faz-se a cerimônia de kaparot, com um galo ou galinha.

2. Deve-se  comer bem na véspera de Iom Kipur, assim como jejuar no dia seguinte. Ao entardecer, faz-se a última refeição, que deve ser de fácil digestão como carne de aves, que deve ser concluída antes do anoitecer.

4. É proibido comer, beber, lavar-se, barbear-se, calçar sapatos de couro, perfumar-se, etc.

5. Em Iom Kipur celebram-se serviços em memória dos mortos (Yzkor). Costuma-se realizar o Yzkor no último dia de cada Iom Tov (Pessah, Shavuot, Shemini Atseret). Porém em Iom Kipur é especial. Mesmo os que normalmente não freqüentam a sinagoga fazem questão de ir. Eles vêm relembrar as almas de seus queridos pais (ou avós ou outros parentes), que já se encontram no Olam haEmet (Mundo da Verdade). Geralmente essas orações são feitas mais ou menos no meio de Iom Kipur.

6. A oração que inicia os serviços de Iom Kipur é o Kol Nidrei. O fim do jejum e doIom Kipur é marcado pelo toque do shofar após a Tefilá Nehilá.

7. Na oração min’há, além da leitura da Torá, lê-se o livro de Jonas, devido ao relato da teshuvá do povo em Nínive e para relembrar que os homens podem mudar seu destino e o Julgamento Divino através de uma Teshuvá sincera.

8. Em Iom Kipur fala-se o Vidui (confissão). Todos recitam juntos, pois considera-se que todos os judeus formam uma unidade, um só corpo. Assim, quando uma pessoa comete um pecado, o corpo inteiro é afetado. Da mesma forma, quando alguém faz uma mitzvá, traz benefício para o povo como um todo. O vidui é como um reconhecimento do erro e uma expressão de remorso, como se disséssemos que não deveríamos ter cometido esta falha.

9. Ao findar Iom Kipur faz-se com uma refeição familiar festiva.

10. Imediatamente após o término de Iom Kipur começa-se a construir a Sucá.

Pergunta:

Como é proibido jejuar no Shabat, jejuamos em Yom Kipur se cair no Shabat?

Resposta:

    Sua pergunta está correta; todos os outros dias de jejum são adiados até domingo quando caem no Shabat.No entanto, ao contrário de todos os outros jejuns, o de Yom Kipur não é adiado, sendo plenamente observado mesmo no Shabat. A Torá chama Yom Kipur de “Shabat shabaton” – “O Shabat dos Shabats”, implicando que tem precedência sobre o Shabat.

    Segundo os ensinamentos chassídicos, o fato de Yom Kipur cair no Shabat não nos “priva” dos prazeres – comer, beber, descansar etc. – que o Shabat normalmente nos proporciona. A natureza extremamente sagrada de Yom Kipur atinge os mesmos objetivos, embora de maneira mais elevada, mais espiritual.

    Aqui estão duas explicações sobre esse tópico, extraídas das obras chassídicas:

1 – O Rei David diz: “Veja, o olho de D'us é dirigido para aqueles que O temem, aqueles que esperam Sua bondade, para resgatar sua alma da morte e sustentá-los em fome. As palavras hebraicas “para sustentá-los em fome” também podem ser traduzidas como “para sustentá-los com fome”. Num sentido espiritual, fome refere-se ao anseio da alma pela proximidade com D'us, um anseio que deriva do fato de que a alma é “uma parte do D'us acima”e sempre deseja reunir-se com sua Fonte. Em Yom Kipur, quando a alma, seus desejos e necessidades são banidos, somente essa fome, essa busca pela espiritualidade, é suficiente para saciar e satisfazer a pessoa. No dia mais sagrado do ano, somos abastecidos não por carboidratos e proteínas, mas pela revelação de nossa própria essência e seu relacionamento intrínseco com D'us.

2 – A necessidade física humana de nutrição vem da necessidade da alma de ser energizada pelas centelhas divinas inerentes dentro de cada criação física. Isso é porque a alma tem muitos níveis, e somente os mais baixos são expressos no corpo, e esses níveis de alma exigem a nutrição espiritual derivada de vários alimentos. A essência da alma, porém, é muito mais elevada que essas centelhas, e portanto não tem necessidade de ser fortificada pelo seu consumo. Assim, em Yom Kipur, quando essa essência está revelada e expressa em todo judeu, não há necessidade de comer ou beber.

Que possamos todos vivenciar um Yom Kipur elevado, um Yom Kipur que lance seu sagrado brilho – e tenha um efeito concreto – sobre o Ano Novo inteiro e abençoado.

 
 

NOTAS
  A exceção a essa regra é o Jejum de Esther, que, se cair no Shabat, é antecipado e observado na quinta-feira anterior (porque o domingo é Purim).
  A única diferença na observância entre um Yom Kipur num dia de semana e no Shabat é que (nas comunidades askenazitas) a prece Avinu Malkeinu, que normalmente é recitada quatro vezes no decorrer dos serviços de Yom Kipur, é recitada somente uma vez no Shabat Yom Kipur, na conclusão da prece final Neilah.
  Levítico 16:31.
  Salmos 33:18-19
  Job 31:2; Tanya cap. 2
  Likutei Torah (por R. Shneur Zalman de Liadi), Cântico dos Cânticos 14 b
  Likutei Torah, Drushim para Shemini Atseret 87 a.

 

Significado

 

Após o pecado do bezerro de ouro, Moshê (Moisés) rezou e, no dia dez do mês hebraico de Tishrei, D'us concedeu pleno perdão ao povo judeu.

Yom Kipur é o Dia da Expiação, sobre o qual declara a Torá: "No décimo dia do sétimo mês afligirás tua alma e não trabalharás, pois neste dia, a expiação será feita para te purificar; perante D'us serás purificado de todos teus pecados."

Esclarecendo a natureza de Yom Kipur, o Rambam escreve: "É o dia de arrependimento para todos, para o indivíduo e para a comunidade; é o tempo do perdão para Israel. Por isso todos são obrigados a se arrepender e a confessar os erros em Yom Kipur."

A expiação obtida através de Yom Kipur é muito mais elevada que aquela conseguida através do arrependimento, pois neste dia os judeus e D'us são apenas um. O judeu une-se com D'us para revelar um vínculo intocável pelo pecado, sem obstáculos.

Teshuvá, o retorno do judeu ao bom caminho, não está restrito apenas a Yom Kipur. Há muitas outras épocas que são propícias para que isto ocorra, e na verdade, um judeu pode, e deve, ficar em estado de reflexão, alerta e arrependimento todos os dias do ano.

 



 

A obtenção do perdão

Os Rabis afirmam que a pessoa deve primeiro arrepender-se, e então obterá a expiação especial de Yom Kipur (que é infinitamente mais elevada que aquela conseguida apenas pela teshuvá).

Mas como Yom Kipur consegue isto? A expiação não é meramente a remissão da punição pelo pecado; significa também que a alma de um judeu é purificada das máculas causadas pelo pecado. Além disso, não apenas nenhuma impressão das transgressões permanece, como as transgressões são transformadas em méritos.

Que isto possa ser atingido através de teshuvá é compreensível; um judeu sente genuíno remorso pelas falhas cometidas erradicando o prazer que extraiu dos pecados.

Sua alma é então purificada. O próprio pecado deve ser visualizado como uma contribuição ao processo de teshuvá.

Uma transgressão separa a pessoa de D'us. O sentimento de ser afastado de D'us age como um lembrete para o retorno, para estabelecer um vínculo mais intenso com o Criador.

O que é a expiação obtida através de Yom Kipur? Se a expiação significa apenas a remissão da punição, seria compreensível que "o próprio dia" pudesse abolir a punição que de outra forma seria devida pelos pecados de alguém através do ano.

Mas a expiação, como dizemos, significa também a purificação das manchas da alma. Como pode "o próprio dia," sem a força transformadora de teshuvá, atingir este ponto?

 



 

Três níveis no vínculo de um judeu com D'us

O pecado afeta o vínculo de um judeu com D'us, e há três diferentes níveis neste vínculo:

1 – O relacionamento estabelecido por um judeu através do cumprimento das mitsvot: a aceitação do jugo celestial por parte do judeu e sua prontidão em seguir as diretivas de D'us estabelecem um vínculo entre ele próprio e D'us.

2 – Uma conexão íntima, mais profunda que a primeira. Como este vínculo transcende aquele forjado pela aquiescência com a vontade de D'us, permanece válido mesmo quando alguém transgride aquela vontade e por causa disso prejudica o primeiro nível do relacionamento, que a teshuvá tem o poder de purificar as manchas na alma, causadas pelo pecado – o que enfraqueceu o nível inferior da conexão.

3 – O vínculo unindo a essência de um judeu com a Essência de D'us. Isto não é restrito a nenhum vínculo, e transcende toda a expressão humana. Ao contrário dos dois anteriores, este relacionamento não pode ser produzido pelo serviço do homem a D'us, mesmo o serviço de teshuvá, pois as ações do homem, não importa quão elevadas, são inerentemente limitadas. Pelo contrário, este é um vínculo intrínseco à alma judaica, que é "uma parte do D'us acima" – e neste nível, o judeu e D'us são completamente um só.

Como este vínculo transcende todos os limites, não pode ser afetado pelas ações do homem. Assim como não pode ser produzido pelo serviço do homem a D'us, da mesma forma não pode ser prejudicado pela omissão do serviço ou através do pecado. Pecados e máculas não podem tocar este nível.

 

A unidade entre o judeu e D'us

Em Yom Kipur, este vínculo entre a essência de um judeu e a Essência de D'us revela-se em cada judeu – e por isso todas as manchas em sua alma causadas pelos pecados são automaticamente removidas.

Esta é a diferença entre a expiação de Yom Kipur e aquela de qualquer outra época. Na última, o pecado causa manchas na alma, e por isso a pessoa deve trabalhar ativamente para conseguir a expiação – arrependendo-se, o que produz um relacionamento mais profundo entre o homem e D'us. A maior expiação de Yom Kipur, entretanto, vem com a revelação de um vínculo tão elevado que, em primeiro lugar, nenhuma mancha pode ocorrer.

Este conceito é expresso no serviço de Yom Kipur do Cohen gadol, o Sumo Sacerdote, que representava todo o judaísmo. Um dos momentos mais importantes daquele serviço era sua entrada no Santo dos Santos, sobre o qual a Torá diz: "Nenhum homem deve estar no Ohel Moed quando ele entra para fazer expiação." O Talmud comenta que isto se refere até mesmo aos anjos. Ninguém, homem ou anjo, poderia ficar no Santo dos Santos naquela hora, pois o serviço de Yom Kipur é a revelação da unidade essencial entre os judeus e seu Criador. Apenas o judeu e D'us estão lá – sozinhos.



Revelação da essência do judeu

Tal revelação é possível não apenas no Templo Sagrado, através do Cohen Gadol, mas para todo judeu em suas preces de Yom Kipur. Este é o único dia do ano que tem cinco serviços de prece, correspondendo aos cinco níveis da alma.

Na última prece do serviço, Ne'ilah, o quinto e mais elevado nível da alma é revelado, um nível que é a quintessência da alma. "Ne'ilah" significa "trancar", indicando que naquela hora os judeus estão trancados sozinhos com D'us. A essência de um judeu é mesclada e unida à essência de D'us.

Yom Kipur, então, é um dia no qual não existem fatores externos, quando apenas a essência do judeu espalha seu brilho.

Teshuvá pode erradicar o pecado e as manchas na alma; Yom Kipur transcende inteiramente o conceito de pecado e arrependimento – e por isso traz uma expiação mais elevada que em qualquer outra época.

 

YOM KIPUR
Do pôr-do-sol de sexta-feira, 3/10 (às 17h45)
ao anoitecer de sábado, 4/10 (às 18h40)
Dia do Perdão
VÉSPERA DE YOM KIPUR – sexta-feira, 
 

 
Caparot
• Na madrugada da véspera de Yom Kipur (ou nos dias precedentes) é realizado o 
ritual de caparot.
• Segura-se um galo branco (para os homens) ou uma galinha branca (para as mulheres), 
enquanto é recitada uma breve prece (veja o texto completo nas págs. 22 e 23).
• As aves são ritualmente abatidas e uma soma equivalente a seu real valor é doada 
aos pobres.
• Pode-se também fazer caparot com dinheiro, doando-o a seguir para tsedacá. 
Fazendo as Pazes
• Yom Kipur perdoa pecado cometido contra D’us; transgressões praticadas contra 
o próximo são perdoadas somente após ter se desculpado pessoalmente.
Outros Costumes da Véspera de Yom Kipur
• É mitsvá todos os homens irem ao micvê na véspera de Yom Kipur para entrar 
com pureza no Dia Sagrado.
 
 
 
VÉSPERA DE YOM KIPUR
A véspera de Yom Kipur inicia com o antigo costume de Caparot, que é realizado antes do raiar do dia. Um homem ou menino pega um galo, uma mulher ou menina, uma galinha, segura na mão, recitando a prece Benê Adam, girando a ave nove vezes sobre a cabeça. A prece continua: "Seja esta a minha expiação..." Isto é feito com o intuito de evocar um arrependimento sincero, para que não tenhamos destino semelhante ao da ave, graças à misericórdia de D'us que nos perdoa após o arrependimento verdadeiro. O valor correspondente ao da ave é doado aos pobres. Este costume pode também ser feito com dinheiro.

Texto para caparot
(Transliterado e traduzido)

BENÊ ADÁM YOSHEVÊ CHÔSHECH VETSALMÁVET, ASSIRÊ ÔNI UVARZÊL. YOTSIÊM MECHÔSHECH VETSALMÁVET, UMOSROTEHÊM YENATÊC. EVILÍM MIDÊRECH PISH’AM, UMEAVONOTEHÊM YIT’ÁNU. COL ÔCHEL TETAÊV NAFSHÁM, VAYAGUÍU AD SHAARÊ MÁVET. VAYIZ’AKÚ EL A-DO-NAI BATSÁR LAHÊM, MIMETSUCOTEHÊM YOSHIÊM, YISHLÁCH DEVARÔ VEYIRPAÊM, VIMALÊT MISHECHITOTÁM. YODÚ LA-DO-NAI CHASDÔ, VENIFLEOTÁV LIVNÊ ADÁM. IM YÊSH ALÁV MAL’ÁCH MELÍTS ECHÁD MINÍ ÁLEF, LEHAGUÍD LEADÁM YOSHRÔ. VAYCHUNÊNU, VAYÔMER; PEDAÊHU MERÊDET SHÁCHAT, MATSÁTI CHÔFER.

Filhos do homem, que moram na escuridão e à sombra da morte, presos pela miséria e por cadeias de ferro – Ele os tirará da escuridão e da sombra da morte e quebrará seus grilhões. Pecadores insensatos, afligidos por causa de seus caminhos pecaminosos e suas iniqüidades; sua alma abomina todo alimento e eles chegam aos portões da morte – clamam ao Eterno em sua angústia; Ele os salva de suas aflições. Envia Sua palavra e os cura; Ele os salva de seus túmulos. Agradeçam ao Eterno por Sua bondade, e [proclamem] Suas maravilhas para com os filhos do homem. Se há para um homem [pelo menos] um anjo intercessor dentre mil [acusadores], para falar de sua retidão em seu favor, então Ele lhe será gracioso e dirá: Salva-o de descer para o túmulo; Eu achei expiação [para ele]. o Gire a ave ao pronunciar as palavras "CHALIFATÍ" (minha permuta), "TEMURATÍ" (meu subtituto), "CAPARATÍ" (minha expiação):


Homem:

ZÊ CHALIFATÍ, ZÊ TEMURATÍ, ZÊ CAPARATÍ.ZÊ HATARNEGÔL YELÊCH LEMITÁ(quando feito com dinheiro substitua as palavras sublinhadas por: ZÊ HAKESSÊF YELÊCH LITSDACÁ), VAANÍ ELÊCH LECHAYÍM TOVÍM ARUCHÍM ULSHALÔM.

Esta é minha permuta, este é meu substituto, esta é minha expiação. Este galo irá para a morte (quando feito com dinheiro substitua as palavras anteriores por: "este dinheiro será doado à caridade") e eu irei para uma boa e longa vida e para a paz. 
 


Mulher:

ZÔT CHALIFATÍ, ZÔT TEMURATÍ, ZÔT CAPARATÍ. ZÔT HATARNEGÔLET TELÊCH LEMITÁ (quando feito com dinheiro substitua as palavras sublinhadas por: ZÊ HAKESSÊF YELÊCH LITSDACÁ), VAANÍ ELÊCH LECHAYÍM TOVÍM ARUCHÍM ULSHALÔM.

Mulher grávida:

Faz caparot com um galo e duas galinhas e recita o texto no plural: ÊLU CHALIFATÊNU, ÊLU TEMURA-TÊNU, ÊLU CAPARATÊNU. ÊLU HATARNEGÔLÍM YELECHÚ LEMITÁ (quando feito com dinheiro substitua as palavras sublinhadas por: ZÊ HAKESSÊF YELÊCH LITSDACÁ), VAANÁCHNU NELÊCH LECHAYÍM TOVÍM ARUCHÍM ULSHALÔM.

Esta é minha permuta, este é meu substituto, esta é minha expiação. Esta galinha irá para a morte (quando feito com dinheiro substitua as palavras anteriores por: "este dinheiro será doado à caridade") e eu irei para uma boa e longa vida e para a paz.

Estas são minhas permutas, estes são meus substitutos, estas são minhas expiações. Estas aves irão para a morte (quando feito com dinheiro substitua as palavras anteriores por: "este dinheiro será doado à caridade") e nós iremos para uma boa e longa vida e para a paz. 
 


• Repita todo o texto acima três vezes, girando a ave (ou o dinheiro) um total de nove vezes sobre a cabeça.

Bolo de Mel


No serviço matinal, há também um costume interessante: o rabino ou atendente da sinagoga distribui pedaços de bolo de mel aos frequentadores, após terem feito uma pequena oração a D'us dizendo: "Se foi destinado que eu receba caridade durante o próximo ano, que seja cumprido com este ato para que eu nunca tenha de implorar por caridade." Esta atitude humilde faz-nos pensar nos pobres desafortunados e nos enche de gratidão a D'us por nos ter feito doadores e não recebedores, no que se refere à caridade.
 
 
 


Preces e jejum

Minchá, a oração da tarde, é realizada mais cedo e recitada com espírito de humildade e arrependimento e, na Amidá (reza silenciosa) dizemos o Al Chet (uma confissão dos pecados que possamos ter cometido, consciente ou inconscientemente, no decorrer do ano).

Na véspera de Yom Kipur, é uma mitsvá, preceito, fazer duas refeições, uma no almoço e outra à tarde.
 
 
 


Bênção dos Filhos

É realizado o tradicional costume do pai abençoar seus filhos, antes de irem à sinagoga. O pai põe as mãos sobre a cabeça de cada criança, uma por vez, e lhe dá uma bênção.
 
 
• Após Shacharit (a Prece Matinal) é costume pedir à alguém um pedaço de lêcach 
(bolo de mel). A intenção é, caso seja decretado que durante o ano a pessoa deva 
receber caridade, que cumpra sua pena ao pedir este lêcach. Aquele que entrega o 
lêcach deve desejar um ano bom e doce.
 
 
 
________________
Dia do Perdão
Após o pecado do bezerro de ouro, Moshê rezou e, em dez de Tishrê, D’us concedeu pleno 
perdão ao povo judeu. Desde então foi fixado como dia do perdão para todo o sempre.
Caparot
Quando a pessoa faz caparot deve ter em mente que merecia, por seus erros, o mesmo 
destino da ave, inspirando-a a uma sincera teshuvá. D’us, em Sua grande misericórdia, lhe 
concederá uma nova chance.
 
• Antes de Minchá (a Prece Vespertina) deve-se dar bastante tsedacá. Neste 
momento deve-se dar também o resgate das caparot. É costume distribuir caixinhas ou 
pratos pela sinagoga para coletar esta tsedacá. O Báal Shem Tov afirmou: “O barulho 
das moedas nos pratos destrói as forças negativas.”
 
As Refeições
• Na véspera de Yom Kipur é mitsvá fazer duas refeições fartas – uma no almoço e 
outra à tarde. Dizem nossos sábios: “Todo aquele que come e bebe na véspera e jejua 
em Yom Kipur é considerado como se jejuasse dois dias seguidos.”
• Costuma-se usar chalá redonda, mergulhando os pedaços no mel, após a ablução 
das mãos e recitação das bênçãos “Al netilat yadáyim” e “Hamotsi” (vide pág. 21).
• Na última refeição antes do jejum não se come peixe. Costuma-se comer creplach, 
tradicionais pasteizinhos de carne (vide receita na pág. 17).
• Os alimentos desta refeição devem ser de fácil digestão.
• Deve-se convidar pessoas pobres para a mesa, principalmente na última refeição, 
para que a mesa sirva como capará (expiação).
 
 
 
 
Abençoando os Filhos
• Os pais costumam abençoar os filhos com a Bênção Sacerdotal antes de ir à 
sinagoga, desejando que sejam selados para uma longa vida, com temor a D’us: 
 
D’us te abençoe e te proteja. D’us faça 
Sua face brilhar sobre ti e seja gracioso 
para contigo. D’us eleve Sua face para 
ti e te dê paz. 
 
Para os meninos acrescenta-se as palavras: 
 
Que D’us te faça como Efráyim e 
Menashê.
 
Para as meninas acrescenta-se as palavras: 
 
Que D’us te faça como Sará, Rivcá, 
Rachel e Leá.
 
Pede-se com lágrimas que D’us aceite estas orações. Também os filhos devem 
neste momento decidir seguir o caminho correto e os passos dos homens justos.
 

É um lindo costume abençoar seus filhos toda sexta-feira à noite; é um momento repleto de amor e significado, especialmente quando você entende a fonte por trás dessa tradição.

 

 

A Bênção para Filhos

Yaacov foi um dos Patriarcas do povo judeu. Teve 12 filhos que se tornariam os líderes das 12 tribos de Israel. O penúltimo filho era Yossef, que teve dois filhos, Efraim e Menashe.

Pouco antes de Yaacov falecer, ele chamou todos os filhos para uma bênção final. Como uma recompensa especial para Yossef, que permaneceu justo durante toda a provação do exílio, ele convoca primeiro seus dois filhos e lhes dá uma bênção especial, bem como duas porções da Terra de Israel.

Naquele dia Yaacov os abençoou, dizendo: "No futuro, Israel (o povo judeu) usará vocês como uma bênção. Eles dirão: ‘Que D'us te faça como Efraim e Menashe’. (Bereshit 48:20)

A bênção de Yaacov foi que eles seriam uma bênção, um exemplo para o povo judeu o tempo todo. A partir daquele dia, eles se tornariam modelos para os filhos judeus em toda parte, pois representavam qualidades a serem eternamente imitadas.

Quais eram essas qualidades?

Efraim e Menashe foram os primeiros irmãos entre os nossos antepassados a viverem sem rivalidade. Antes deles vieram Yitschac e Ishmael, Yaacov e Essav, e, obviamente, os irmãos de Yossef que o venderam como escravo – todos relacionamentos permeados de conflitos e competição.

Efraim e Menashe foram irmãos que viveram em harmonia, pois sua vida foi o maior exemplo de trabalhar para o bem da sua comunidade e do seu povo. As decisões não eram baseadas em "O que é bom para mim?" mas sim em "O que é bom para o povo judeu?" Preocupações com o ego foram deixadas de lado em favor de algo maior.

As palavras do rei David soam verdadeiras: "Como é bom e agradável os irmãos se sentarem pacificamente juntos" (Tehilim 133:1). Esta é a esperança que D'us acalenta para todo o povo judeu.

Além disso, dos 12 filhos e suas famílias, estes foram os únicos a crescer até a maturidade fora da Terra de Israel. Porém apesar das grandes dificuldades, eles permaneceram firmes em seu apego ao Judaísmo.

Não podemos garantir sempre que nossos filhos não serão expostos a um ambiente negativo. Portanto, damos a eles a bênção para serem como aqueles que não foram tentados pelo ambiente imoral e mantiveram seu comportamento ético e justo.

Assim as qualidades mostradas por Efraim e Menashe foram unidas em sua busca pelo bem de todos, e também para possuir a força de caráter para manter os calores judaicos num ambiente não-judeu – e se tornaram a referência para a criação de filhos até milênios mais tarde.

 

 

A Bênção para Filhas

Sarah, Rivca, Rachel e Lea… as mães do povo judeu. Cada uma delas possuiu qualidades únicas que desempenharam papel essencial na força e futuro da nação. Porém houve algo mais que todas elas partilharam, algo que as mulheres judias de todos os tempos devem se esforçar para imitar.

Cada uma delas viveu sabendo que a suprema realização é permitir que os outros realizem seu potencial como indivíduo e como membros do povo judeu. A Torá está repleta de narrativas dessas mulheres, registrando suas opiniões, sua natureza doadora, sensibilidade, liderança e habilidade especial de inspirar os outros. Além disso, todas as matriarcas foram mulheres notáveis e justas, procedentes de lares de pessoas perversas – aquilo que hoje chamamos de "um mau ambiente".

Um exemplo disso é a história das irmãs Rachel e Lea. Um dia entrou na vida delas um homem chamado Yaacov, destinado a ser um dos pais do povo judeu. Yaacov apaixonou-se por Rachel e pediu a Laban, pai da moça, sua mão em casamento. Laban concordou mas, no último instante, disse às filhas que seria Lea a casar-se com Yaacov.

Rachel poderia ter reagido com ressentimento e ciúme, mas em vez disso ajudou Lea a casar-se com Yaacov, pois reconheceu que sua irmã precisava fazer isso para cumprir seu propósito na vida e tornar-se uma das matriarcas do povo judeu.

Este ato de doação altruísta, no qual as necessidades da pessoa (que podem ser tão importantes como as nossas) têm prioridade, é a qualidade que Rachel e as outras mães do povo judeu realmente exemplificaram.

Porém não se tratava apenas de auto-sacrifício, pois Rachel sabia que fazer a coisa certa, permitir que Lea tomasse seu lugar, era bom para sua própria realização. Pois quando damos a outros que precisam de nós e os ajudamos a realizar seu potencial, isso preenche nossas próprias necessidades e nossos desejos de crescer.

Observamos isso hoje em nossos relacionamentos, seja com amigos ou no local de trabalho. Quando as necessidades de outros são nossa prioridade, nosso próprio senso de ser é incomensuravelmente aumentado, e nossos relacionamentos se tornam mundos de doação, onde florescem o amor e a auto-estima.

Todas estas mulheres partilharam um relacionamento especial com o Todo Poderoso, e usaram os dons que Ele lhes deu para o bem de outros e para o povo judeu. Quando abençoamos nossas filhas na sexta-feira à noite, estamos pedindo a D'us para dotá-las com as qualidades de suas ancestrais, e nos lembramos o que é a verdadeira doação.


Como Fazer

1 – Há costumes diferentes em casas diferentes. Algumas pessoas se levantam e vão até o lugar onde estão os filhos, outras chamam os filhos para ir até elas. Em algumas casas o pai dá a bênção a cada filho; em outras são ambos os pais.

2 – Qualquer que seja o caso, a mão é colocada sobre a cabeça da criança e a bênção apropriada é recitada para as meninas e para os meninos.

3 – Em seguida, é simpático sussurrar algo pessoal no ouvido da criança, elogiando algo que ela tenha feito durante a semana. É seu momento especial com seu filho – use-o como uma maneira de estabelecer uma conexão pessoal.

Na véspera de Yom Kipur, antes de se dirigir à sinagoga para oração de Col Nidrê, os pais abençoam seus filhos, recitando a seguinte prece:

Para o filho:

Yesimecha Elo-him kê Efraim vechi-Menashe.
“Que D'us te faça como Efraim e Menashe”.

Para a filha:

Yesimech Elo-him ke-Sara, Rivka, Rachel vê Lea
“Que D'us te faça como Sarah, Rivca, Rachel e Lea”.

Seguido das Seguintes Bênçãos:

Vaydaber Ado-nai el Moshê lemor: Daber el Aharon veel banav lemor: Co tevarechu et Benê Yisrael, amor lahêm:
'Yevarechechá Ado-nai, veyishmerêcha. Yaer Ado-nai panav elêcha, vichunêca. Yissá Ado-nai panav elêcha, veyassêm lechá shalom.' Vessamu et shemi al Benê Yisrael, va'Ani avarechêm."

D'us falou a Moshê, dizendo: Fala a Aharon e a seus filhos, dizendo: Assim abençoareis os Filhos de Israel, dizendo-lhes:
'Ado-nai te abençoe e te guarde. Faça Ado-nai resplandecer Sua face sobre ti e te agracie. Dirija Ado-nai Sua face sobre Ti e te dê paz.' Eles colocarão Meu nome sobre os Filhos de Israel; e Eu os abençoarei."

 

 
YOM KIPUR 
• Comemora-se Yom Kipur em 10 de Tishrê.
• O jejum de Yom Kipur inicia-se antes do pôr-do-sol da véspera, sexta-feira, 3/10, 
às 17h45 e termina ao completo anoitecer de sábado, 4/10, às 18h40.
• As atividades criativas proibidas no Shabat também o são em Yom Kipur, 
inclusive carregar em propriedade pública. Portanto deve-se tomar cuidado para não 
transportar o livro de orações, talit e óculos de leitura ou qualquer outro objeto. Estes 
devem ser deixados na sinagoga antes do início do jejum.
• Em Yom Kipur os tefilin não são colocados.
 
• Além de abster-se de comer e beber, em Yom Kipur também é proibido:
 Usar perfumes, óleos, desodorantes, maquiagem ou loções.
 Lavar-se.
 Calçar sapatos de couro (mesmo que sejam parcialmente de couro).
 Manter relações conjugais.
 
Acendimento das Velas e Início do Jejum – às 17h45
• Deve-se colocar uma toalha de Shabat sobre a mesa antes de acender as velas, 
arrumar as camas e vestir roupas festivas em honra a Yom Kipur.
• Antes do acendimento das velas de Yom Kipur, é costume acender uma vela de 24 
horas pelos pais falecidos. Esta pode ser acesa em casa, para aproveitar a sua chama 
na havdalá após Yom Kipur.
 
Meninas a partir de bat-mitsvá, doze anos de idade, e meninos a partir de bar-mitsvá, treze anos, precisam jejuar o dia inteiro e cumprir todas as leis referentes a este dia. Pessoas doentes devem consultar um rabino ortodoxo.

Desde antes do pôr-do-sol da véspera até o completo anoitecer do dia seguinte, é proibido: comer e beber; lavar-se (ao levantar-se pela manhã, é permitido lavar apenas os dedos e passá-los nos olhos); passar cremes, óleo ou maquiagem (no rosto ou no corpo); calçar sapatos (mesmo que parcialmente) de couro; e ter relações conjugais
 
Comer e Beber
A proibição de comer e beber em Yom Kipur recai até mesmo sobre uma quantia mínima. 
Existe, porém, uma quantia estipulada de comida ou bebida que, se ingerida, consiste em 
transgressão de uma proibição maior. No caso de um doente que deve comer, conforme veremos 
adiante, deve ser-lhe dada, na medida do possível, uma quantia menor que esta quantia. No 
caso de líquidos, deve ser dado ao doente o equivalente a menos de uma bochecha cheia a cada 
nove minutos, ou pelo menos a quatro minutos, se for suficiente. No caso de alimentos sólidos, 
deve-lhe ser dado menos de 30 centímetros cúbicos no prazo acima, se possível. É preferível 
beber a comer neste dia em caso de doença.
As crianças que já entendem a santidade do dia não costumam comer guloseimas neste 
dia.
Até mesmo enxaguar a boca não é permitido.
Se a pessoa não tem força suficiente para ir à sinagoga em jejum, deve permanecer em casa, 
de cama, mas jamais comer para ter forças para ir à sinagoga ou rezar. Se a pessoa sabe que se 
for à sinagoga passará mal, talvez precisando comer no meio do jejum, não deve ir. 
 
• Ao acender as velas recita-se as bênçãos:
 
 
Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, 
Rei do Universo, que nos santificou 
com Seus mandamentos e nos ordenou 
acender a vela do Shabat e do Dia do 
Perdão.
Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, 
Rei do Universo, que nos deu vida, nos 
manteve e nos fez chegar até a presente 
época.

 
AS PRECES
Col Nidrê
• Em Yom Kipur deve-se deixar de lado as preocupações materiais para dedicar-se 
às preces. Inicia-se Arvit (a Prece Noturna) com o cântico de Col Nidrê, que exime o 
indivíduo, de antemão, de qualquer promessa que, porventura, venha a esquecer de 
cumprir no ano entrante. 
• Antes de Col Nidrê, a Torá é retirada. A Torá deve ser beijada, pedindo-lhe perdão 
por desrespeitá-la durante o ano.
 
A Confissão
• Durante cada uma das preces de Yom Kipur recita-se a confissão (vidui), 
enumerando os pecados cometidos e pedindo perdão a D’us.
As Orações do Dia
• As orações da manhã se constituem de Shacharit (a Prece Matinal) uma leitura da 
Torá e Mussaf (a Prece Adicional) que inclui a Bênção Sacerdotal.
Yizcor
• Antes de Mussaf recita-se Yizcor em memória de entes queridos falecidos.
 

________________
Col Nidrê
A reza de Col Nidrê, com sua tradicional melodia, tem origem na época da Inquisição, 
quando muitos judeus foram forçados a se converter através de torturas. Na noite de Yom 
Kipur rezavam Col Nidrê com pesar e emoção, anulando o que haviam afirmado contra a 
religião judaica.
Yizcor
Yom Kipur perdoa também os mortos e seu perdão ocorre quando o filho promete dar 
caridade em sua honra. Recitar Yizcor lembra o dia da morte, despertando assim para teshuvá.
 
AS PRECES
Col Nidrê
• Em Yom Kipur deve-se deixar de lado as preocupações materiais para dedicar-se 
às preces. Inicia-se Arvit (a Prece Noturna) com o cântico de Col Nidrê, que exime o 
indivíduo, de antemão, de qualquer promessa que, porventura, venha a esquecer de 
cumprir no ano entrante. 
• Antes de Col Nidrê, a Torá é retirada. A Torá deve ser beijada, pedindo-lhe perdão 
por desrespeitá-la durante o ano.
A Confissão
• Durante cada uma das preces de Yom Kipur recita-se a confissão (vidui), 
enumerando os pecados cometidos e pedindo perdão a D’us.
As Orações do Dia
• As orações da manhã se constituem de Shacharit (a Prece Matinal) uma leitura da 
Torá e Mussaf (a Prece Adicional) que inclui a Bênção Sacerdotal.
Yizcor
• Antes de Mussaf recita-se Yizcor em memória de entes queridos falecidos.
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Col Nidrê
A reza de Col Nidrê, com sua tradicional melodia, tem origem na época da Inquisição, 
quando muitos judeus foram forçados a se converter através de torturas. Na noite de Yom 
Kipur rezavam Col Nidrê com pesar e emoção, anulando o que haviam afirmado contra a 
religião judaica.
Yizcor
Yom Kipur perdoa também os mortos e seu perdão ocorre quando o filho promete dar 
caridade em sua honra. Recitar Yizcor lembra o dia da morte, despertando assim para teshuvá.
 
 
 
Col Nidrê

 

Chegando à sinagoga os homens vestem o Talit, xale de reza, ainda à luz do dia além da túnica branca (Kitel). Esta vestimenta simboliza a pureza sem pecado, pois neste dia somos comparados a anjos: não comemos, não bebemos, mas rezamos o tempo todo, e estamos livres de nossos pecados.

O serviço começa com a retirada dos Rolos da Torá por membros veneráveis da comunidade, que então tomam um lugar a cada lado do chazan, cantor. O chazan então lentamente recita o Col Nidrê três vezes em um tom solene, e todos repetem.

O serviço da noite segue-se à prece de Col Nidrê, com preces adicionais especiais que são rezadas apenas na noite de Yom Kipur.

 

Col Nidrê

Uma renúncia às promessas

Que judeu não se inspira por esta mais solene prece? E qual alma judaica não se emociona quando o chazan, cantor, mesmo que baixinho, começa a entoar estes antigos versos em sua melodia tradicional? Poucas outras ocasiões podem evocar tão profunda emoção espiritual no coração de um judeu.

Porém, quantos de nós investigaram sob a superfície desta prece?

Quantos de nós fizeram uma simples pergunta: o que Col Nidrê tem a ver com Yom Kipur? Por que, poderíamos perguntar, o mais santo e solene dia do ano é iniciado com uma declaração a qual parece faltar o caráter espiritual?

Uma explicação sobre a natureza de Col Nidrê com uma certa inclinação psicológica pode ser sugerida com base nos ensinamentos da Chassidut. Promessas e juramentos são métodos pelos quais encorajamos a nós mesmos a seguir um código de comportamento mais rigoroso. Se alguém acha difícil lidar com as indesejáveis pressões externas pelo caminho "natural", ao exercitar a força de vontade e sentido inatos de moralidade e retidão, pode ser compelido a fazer um voto a fim de sedimentar as defesas naturais contra o mal.

Uma promessa é, portanto, um meio de ganhar força na luta perene para a supremacia do bem sobre o mal. Dá ao indivíduo um impulso psicológico. E, como lemos nos ensinamentos de Cabalá e Chassidut, a declaração de um juramento instila novas energias espirituais não automaticamente encontradas dentro do alcance humano.

Contudo, em Yom Kipur não há necessidade para estes juramentos e promessas. Nesta época de reverência, estas mesmas forças psicológicas e espirituais engendradas pelo juramento estão a nosso alcance, simplesmente pela virtude da santidade do dia. Yom Kipur significa que não dependemos de métodos artificiais para despertar o espírito judaico. Por conseguinte, declaramos nulos e inválidos todas as promessas e juramentos. E, ao fazermos isto, afirmamos nossa ligação natural com D'us, que é sentida por todo judeu neste mais santo dos dias.

A literatura chassídica Chabad discute explicitamente o papel de Col Nidrê de várias maneiras diferentes. Em Licutê Torá o primeiro Rebe de Chabad explica que nêder (promessa) representa a ligação da alma do indivíduo a elementos indesejáveis. O vocábulo usado na Torá para descrever um certo tipo de promessa, "assur", pode ser traduzido como "amarrado" ou "algemado".

Com freqüência, a alma Divina é amarrada e emaranhada pelos limites do corpo e da alma física e animalesca. Isso evita que a alma atinja a ascensão desejada às esferas superiores. Em Yom Kipur, pela teshuvá (sincero arrependimento e retorno a D'us) colocamos em prática a liberação de nossa alma de sua armadilha corpórea. Isto, então, é um dos significados da anulação das promessas em Yom Kipur; permitir que a alma se liberte.

O Tsemach Tsêdec (terceiro Rebe de Chabad), em sua copiosa obra Or Hatorá, lança luz sobre a recitação de Col Nidrê no princípio de Yom Kipur de maneira diferente. Ele se refere a um dos fenômenos mais incríveis inerente ao processo de anulação de promessas. Quando a promessa é rescindida pelo chacham (sábio) ou pelo Bet Din (Tribunal Rabínico), o que era anteriormente proibido transforma-se num item ou ato permissível. Ao anular as promessas em Yom Kipur, ocorre uma transformação recíproca: o próprio D'us transforma nossos pecados em méritos.

A realização suprema de Yom Kipur traz à tona apenas isto: a remoção total de qualquer traço mau dentro de nós mesmos, até o ponto em que a "escuridão é transformada em luz". Assim, Col Nidrê recitada no início de Yom Kipur faz mais do que simbolizar a transformação do mal em bem; introduz as próprias forças necessárias para fazer aflorar esta metamorfose. Apenas quando geramos aquelas energias de transformação pela anulação das promessas é que D'us permite a forças semelhantes transformarem nossos pecados em méritos.

Até este ponto, as explicações sobre Col Nidrê oferecidas pelos Rebes de Chabad aqui citadas, concentram-se em certos elementos no processo de anulação das promessas. O foco está no "fenômeno da transformação" inerente ao processo de anular as promessas.

Isto salienta a importância do início do mais santo dos dias do ano com Col Nidrê. Porém, há mais um enfoque para a questão global com relação ao papel de Col Nidrê em Yom Kipur, centrado em toda a anatomia do processo de anulação de promessas. Mais uma vez esta análise foi tirada, e livremente adaptada, da obra chassídica Or Hatorá do Tsemach Tsêdec.

Segundo esta explicação, a maioria das proibições da Torá nunca pode ser cancelada ou posta de lado. A exceção notável a esta regra são as proibições criadas pela fala: a promessa.

Este tipo de interdição pode ser transformada pelo sábio, como indicado na Torá. A razão pode ser compreendida na relação da fala (que cria a proibição) com a faculdade de chochmá (sabedoria; o atributo do sábio, chacham, que tem o poder de renunciar à promessa pela fala).

A Chassidut explica como a faculdade da fala não é uma capacidade intelectual. Nem é inerente aos órgãos da fala produzir todos os sons diferentes de todas as letras e vogais. Pelo contrário, é a própria vontade da alma manifesta no "intelecto oculto" da alma (conhecido na literatura cabalística e chassídica como a faculdade de chochmá, em contraste com o intelecto compreensível, conhecido como a faculdade de biná), que é a fonte e base da fala. A habilidade da fala supera, e muito, o intelecto que decide o que dizer.

Como tal, a fim de cancelar os efeitos decorrentes da faculdade da fala, a Torá afirma que o sábio - o indivíduo que personifica e em que é dominante este transcendente "intelecto oculto" conhecido como chochmá - deve ser evocado. Apenas ao envolver a faculdade de chochmá, o manancial da fala, podem ser neutralizados os efeitos da fala.

Com esta breve análise, o Tsemach Tsêdec segue para esclarecer o papel de renunciar às promessas no início de Yom Kipur, o dia em que pedimos a D'us para perdoar nossas iniqüidades passadas. Visto que todas as proibições derivam das declarações da Torá, da faculdade Divina da fala, por assim dizer, é possível neutralizar os efeitos destas proibições ao atingir o aspecto da Divindade que transcende o âmbito da fala e intelecto. Cumprimos os mandamentos de D'us porque Ele assim nos ordenou.

Contudo, o próprio D'us não precisa deles e não é afetado por nosso cumprimento ou não. Como afirma o Midrash, as mitsvot são dadas para nos refinar. Dentro do quadro do intelecto de D'us que dita a necessidade e a eficácia das mitsvot, sua violação é um assunto sério. Provoca uma alteração cósmica, bem como uma degradação pessoal, mas não afeta, de qualquer modo, o próprio D'us. Ele está além dos domínios do intelecto.

É este o nível de Divindade que introduzimos em Yom Kipur, quando anulamos as promessas em Col Nidrê; o nível tão transcendente que nenhuma violação da Torá tem qualquer referência, como se nunca tivesse ocorrido. Este processo é um reflexo espelhado do processo de anulação de promessas. Renunciar a uma promessa é, portanto, uma introdução da faculdade transcendente supra-racional da alma (por meio do sábio).

Isto nos libera das estruturas das promessas geradas pela faculdade inferior da fala e intelecto revelado. Assim também, no processo de arrependimento em Yom Kipur está a revelação das mais sublimes manifestações de D'us, que depois anula todos os efeitos deletérios de nossas transgressões.

O paralelo pode ser levado mais um passo à frente. Como no caso da promessa, não basta ao sábio repudiar a promessa por si; deve haver também uma total renúncia da promessa pela própria pessoa que deve demonstrar absoluto arrependimento por ter feito a promessa; do mesmo modo, a manifestação destas forças transcendentes da Divindade em Yom Kipur devem ser acompanhadas por remorso sincero por todas as más ações passadas.

Col Nidrê, mais do que qualquer outra prece talvez, nos introduz às várias dimensões de teshuvá, com o cancelamento simultâneo e transformação dos pecados.

Possa D'us nos conceder nossos mais sinceros desejos expressos durante Col Nidrê e possamos ser inscritos e selados para um ano bom e doce.


Tradução da Prece de Col Nidrê

Todas as promessas, proibições [auto-impostas], juramentos, consagrações, restrições, interdições, ou [quaisquer outras] expressões equivalentes de promessa, que possamos prometer, jurar, dedicar [para uso sagrado], ou proibirmo-nos, desde esse Yom Kipur até o próximo Yom Kipur, que venha a nos para bem, [desde já] nos arrependemos de todos eles; assim sendo estão todos absolvidos, perdoados, cancelados, declarados nulos e sem valor, sem força nem efeito. Que nossas promessas não sejam consideradas promessas; que nossas proibições [auto-impostas] não sejam consideradas proibições; e que nossos juramentos não sejam considerados juramentos.

 
 
POR Y. HECHEL GREENBERG

Shacharit, Yizkor e Mussaf

Shacharit

Shacharit, a Prece Matinal é iniciada cedo. As preces são recitadas lenta e cuidadosamente lidas do Machzor, o livro-guia das orações de Rosh Hashaná e Yom Kipur. São retirados dois rolos da Arca para a leitura da Torá. No primeiro - é lido o início de Acharê Mot ("após a morte" - dos dois filhos de Aharon, o Sumo Sacerdote).

Diz-se que aquele que sinceramente derrama lágrimas pela grande perda dos dois filhos de Aharon não sofrerá tal perda na vida! Esta porção nos diz do sacrifício e do serviço de Yom Kipur feitos pelo Sumo Sacerdote no Templo Sagrado.

Yizkor

Yizkor ("que Ele se lembre") é recitado após a leitura da Torá, quando seus familiares mais próximos falecidos são lembrados em uma prece especial. Aqueles cujos pais estão vivos, saem da sinagoga durante esta oração. Muitos que recitam o Yizkor não conseguem evitar de sentirem remorso por terem se afastado do modo de vida tradicional que seus pais e avós levaram; sabem que seus pais teriam desejado que fossem mais leais e mais devotados à Torá e à tradição, e resolvem firmemente agradá-los no futuro, muito mais que no passado.

Mussaf

Mussaf (prece adicional), é então recitada, começando com Hineni ("Aqui estou, um pobre homem destituído de boas ações, etc.") recitado pelo chazan, cantor. Inclui um recital da maneira que o Sumo Sacerdote costumava oficiar no Templo Sagrado em Yom Kipur, e a confissão especial e expiação que ele oferecia em nome do povo de Israel. Era uma visão inesquecível vê-lo em suas túnicas alvas saindo do Santo dos Santos, onde tinha permissão de entrar apenas neste dia do ano.

Leituras da Torá

 

Porção: Vayicrá XVIII – Haftará: Livro de Yoná
Pela manhã

Dois rolos da Torá são tirados na manhã de Yom Kipur para a leitura. No primeiro, seis homens (e quando coincidir com Shabat - sete) são chamados à Torá. O Maftir (leitura adicional) é lido no segundo rolo.

A leitura na Torá é sobre o serviço solene no Templo Sagrado, no Dia de Expiação, conduzido pelo próprio Sumo Sacerdote. Este era o único dia do ano em que o Sumo Sacerdote tinha permissão de entrar no Santo dos Santos para oferecer incenso e lá recitar uma prece, em nome de todo o povo.

A Haftará, Porção dos Profetas, fala sobre o verdadeiro significado do arrependimento. O profeta chama para o caminho do arrependimento. Embora D'us seja exaltado e habite nas Alturas, diz o profeta, Ele está também com os contritos e humildes de espírito. D'us proclama paz àquele que está longe e àquele que está perto, assegurando a todos a cura do espírito.

Mas apenas jejuar não é suficiente. "Na verdade eu escolhi este jejum: para romper as ligaduras da iniqüidade... para repartires o pão com o faminto... quando vires o desnudo, cubra-o, e não te esconda de tua própria carne." Mas isto não é tudo. Nenhum arrependimento pode ser completo sem uma melhor apreciação e a observância do Shabat: "Que teus pés descansem no Shabat de fazer tua ocupação no Meu dia santo; e chamarás o Shabat um deleite... e deves honrá-lo abstendo-se de teus caminhos comuns, de procurar teu prazer e de pronunciar palavras vãs - então acharás deleite no Senhor..."


Porção: Vayicrá XVIII – Haftará: Livro de Yoná
Na parte da tarde

A leitura da Torá de Minchá, Prece da Tarde, fala da pureza da vida judaica. A Torá nos adverte a não seguir os modos imorais dos egípcios e nativos canaanitas, "que a terra não te vomite também, como vomitou as nações que vieram antes de ti."

A Haftará consiste em todo o Livro de Yoná, cuja história certamente lhe é familiar. Contém uma mensagem oportuna sobre a importância do arrependimento e da prece. Se o pecado faz com que a terra vomite seus habitantes, o arrependimento fez com que o peixe vomitasse Yoná de volta à terra seca e o trouxesse de volta à vida.

A pessoa nunca deve se desesperar. A prece e o arrependimento levam das trevas à luz, da sombra da morte a uma nova vida.

Leituras da Torá

Coletânea de Contos

Prece com intenção

Um notável professor judeu visitou certa vez Rabi Aryê Levin, um dia antes de Yom Kipur. Confessou que estava aborrecido, por não sentir-se diferente do habitual, apesar da chegada de Yom Kipur.

Rabi Aryê levantou-se num repente, agarrou as mãos do professor, e disse-lhe: "Invejo-o. Está preocupado sobre não ser capaz de rezar, ao passo que todas minhas preces são mecânicas. Com sua sensibilidade, estou certo de que na verdade rezará corretamente amanhã."

Domínio público e particular

Rabi Yisrael Salanter caminhava pela rua certo dia, pouco antes de Yom Kipur, quando encontrou outro judeu. Rabi Yisrael perguntou ao homem sobre sua saúde, e o homem começou a chorar histericamente.

Depois que Rabi Yisrael o acalmou, perguntou ao homem o que o aborrecia tanto. "Rebe," disse o homem, "estou apavorado pelo meu julgamento em Yom Kipur."

Percebendo que o comportamento do homem estava afetando outras pessoas na rua também, Rabi Yisrael disse-lhe: "Seu coração é um domínio privado. Dentro dele, pode chorar tanto quanto quiser. Por outro lado, seu rosto é de domínio público, e você não tem o direito de incomodar os outros com seus problemas pessoais."

Pecado e arrependimento

Quando Rabi Yechiel, neto de Rabi Baruch de Medzibush, era uma criança pequena, perguntou ao avô: "Se D'us sabe de tudo, por que Ele chamou Adam, o primeiro homem, após o pecado e disse: 'Onde está você?' "

Rabi Baruch ouviu, mas nada respondeu.

Algum tempo depois, Rabi Baruch perguntou ao pequeno Yechiel: "Quer brincar de esconde-esconde?"

O menino ficou encantado e correu para esconder-se. Esperou e esperou, mas nada do avô aparecer para procurá-lo. Finalmente, desistiu e saiu do esconderijo.

O avô, percebeu ele, estava sentado à sua mesa e não tinha ainda tentado procurá-lo. O pequeno Yechiel começou a chorar. "Vovô, esqueceu de mim! Nem ao menos tentou procurar-me!" chorou ele.

"Isto," disse Rabi Baruch, "é a resposta à sua pergunta. É claro que D'us sabia onde Adam estava. Adam, entretanto, cometera dois pecados: comer o fruto da árvore e tentar se esconder do Senhor do Universo. Se D'us não tivesse ido 'procurar' Adam, este não teria conseguido sobreviver, por causa de sua vergonha. Ao 'procurar' por Adam, Hashem deu-lhe a oportunidade de fazer contato com Ele novamente, para que pudesse uma vez mais ficar face a face com seu Criador."

Um passo por vez

Rabi Yisrael Zalman de Charchov, um discípulo de Rabi Avraham de Slonim, certa vez reclamou com Rabi Avraham:

"Rebe, trabalhei tanto durante toda minha vida para fazer teshuvá (arrependimento), e mesmo assim não consigo notar a menor alteração em meu caráter. Que posso fazer?"

Rabi Avraham replicou: "Imagine um homem que está preso no barro até os tornozelos. A cada passo que dá, afunda novamente no barro. Talvez pense que não está conseguindo nada com estes passos, mas a verdade é que cada passo o aproxima mais da terra seca."

O pecado foi perdoado

Rabi Simcha Bunim de Psishcha estava certa vez sentado com seus chassidim, quando resolveu perguntar: "Como sabem que um pecado foi perdoado?" Todos os chassidim aventuraram-se em diversas respostas, mas nenhuma satisfez Rabi Simcha Bunim.

Finalmente, ele mesmo respondeu a pergunta. "Um pecado foi perdoado," disse ele, "quando a pessoa não mais o repete."

Rabi Zushia, o "Pecador"

Quando Rabi Zusha de Anipoli presenciava uma pessoa cometendo um pecado, jamais a repreendia. Em vez disso, esperava até que a pessoa estivesse perto dele e começava a dizer para si mesmo: "Zusha, como você pôde cometer tal e tal pecado? Zusha, não percebe que terá de prestar contas de suas ações no Mundo Vindouro? Que vergonha, Zusha!"

Repetia isso inúmeras vezes, chorando amargamente, até que a outra pessoa percebia a gravidade de seu pecado e se arrependia.

Repetindo a si mesmo

O Maguid de Kelm tinha um certo número de sermões que repetia freqüentemente. Um pecador que não se arrependera certa vez perguntou-lhe: "Rabi, por que sempre repete os mesmos sermões de novo e de novo?" "Por que," retorquiu o Maguid, "você repete os mesmos pecados de novo e de novo?"

Nosso dever

Um homem foi certa vez chorando ao Rabi Asher de Stolin. Havia cometido um daqueles pecados para os quais o arrependimento não é suficiente para purgar a ofensa.

Rabi Asher disse-lhe: "Que diferença deveria fazer para você? É seu dever arrepender-se de qualquer forma, e não se preocupar se seu arrependimento é aceito ou não. Se teme perder seu lugar no Mundo Vindouro, saiba que uma hora de arrependimento neste mundo vale mais que todo o Mundo Vindouro."

A corrente que amarra

Na época da expulsão dos judeus da Espanha, inúmeros judeus fingiram converter-se ao catolicismo para salvar suas vidas. Dentre esses estava Don Manuel, conselheiro muito próximo ao Rei Fernando.

Por fim, a Inquisição descobriu que Don Manuel era na verdade um judeu praticante, e ele foi condenado à morte na fogueira.

Na hora aprazada para a punição de Don Manuel, o próprio Rei Fernando compareceu para presenciá-la. O soberano ofereceu a Don Manuel uma última chance. "Don Manuel," disse o rei, "se me prometer que irá tornar-se um bom católico e jamais adotar novamente quaisquer práticas judaicas, pouparei sua vida."

Don Manuel olhou em volta freneticamente e começou a gritar: "A corrente! A corrente! Como pode uma corrente ser quebrada?"

"Que corrente?" disse o rei. "Don Manuel, não há corrente alguma segurando-o." "A corrente!" gritou Don Manuel. "A corrente que me liga a meus pais Avraham, Yitschac e Yaacov (Abraão, Isaac e Jacó) - como pode a corrente ser quebrada? Como posso concordar em permitir que aquela corrente seja quebrada?" Então, com Shemá Yisrael nos lábios, Don Manuel caminhou para a morte.

Muito maior

Rabi Simcha Zissel de Kelm costumava dizer: "Aquele que tenta seduzir outra pessoa à adoração de ídolos está sujeito a pena de morte, tenha ou não sucesso. Como sabemos que a misericórdia de D'us é muito maior que Sua ira, imagine a recompensa para aquele que tenta trazer outra pessoa à teshuvá, retorno, mesmo que não o consiga!"

Quem tem o direito de reclamar?

Um jovem que passara muitos anos na Yeshivá de Volozin tornou-se um livre-pensador. Anos depois, estava ele em uma certa estalagem quando encontrou seu antigo diretor.

"Como vai? Como vão as coisas?" perguntou o diretor.

"Muito bem, obrigado," replicou o ex-aluno. "Tenho boa saúde e estou ganhando bem. Não tenho reclamações sobre D'us."

"Não é esta a questão," disse o diretor. "A questão é saber se D'us tem alguma reclamação sobre você."

Seja prático!

Um judeu abastado fez uma viagem especialmente para consultar-se com o Rebe de Lubavitch, Rabi Yossef Yitschac Schneerson, sobre uma grande fusão comercial. Após ouví-lo com atenção, o Rebe sugeriu-lhe que tomasse um determinado rumo.

Em seguida, o Rebe começou a falar ao homem sobre sua vida pessoal, percebendo logo que o homem e sua família eram omissos no cumprimento de mitsvot, preceitos judaicos. O Rebe, naturalmente, insistiu com o homem para que mudasse este aspecto de sua vida.

"Rebe, o senhor não entende," replicou o homem. "Embora suas idéias sejam muito corretas, simplesmente não são práticas para as circunstâncias em que vivo."

"Não consigo entendê-lo," disse o Rebe. "Viajou cinco mil quilômetros em busca de meu conselho nos negócios, e está disposto a aceitar estes conselhos embora eu esteja longe de ser um homem de negócios. Mas quando se trata de mitsvot, área na qual meus antecessores e eu somos especialistas, não quer me dar ouvidos."

Não me deixe fazer uma bênção em vão

Rabi Levi Yitschac de Barditshev disse:

"Por que, quando rezamos em Yom Kipur, concluímos a bênção da Amidá, prece silenciosa, com as palavras: 'Rei que perdoa e desculpa nossos pecados'? E se Ele não perdoar nossos pecados, somos então culpados por termos feito uma bênção em vão?

"Deixe-me contar-lhes uma parábola. Uma criança pequena vê o pai segurando uma maçã. Percebe que, se pedir ao pai a maçã, pode conseguí-la ou não. O que faz a criança inteligente? Faz uma bênção sobre a maçã em voz alta. O pai tem duas possibilidades: ou ignora a criança, desta maneira forçando-a a ser culpada de fazer uma bênção em vão, ou deseja evitar que cometa um pecado e portanto lhe dá a fruta. É claro que, sendo pai, escolherá a segunda opção."

Uma possibilidade diferente

a véspera de Yom Kipur, o Báal Shem Tov foi visto passeando alegremente pela rua. Um homem parou-o e perguntou-lhe por que estava tão contente, quando todos estavam solenes, refletindo sobre o Dia do Julgamento que se aproximava. "Afinal," disse o homem, "se seu veredicto for negativo, você certamente não terá razão para alegrar-se. E se está feliz porque está convencido de que seu veredicto será favorável, isto não é soberbo?"

"O veredito me é completamente irrelevante," replicou o Báal Shem Tov. "Estou contente por existirem, tanto um Juiz, como um julgamento neste mundo."

Uma oração para D'us

Um chassid certa vez precisou passar Yom Kipur em S. Petersburgo, porque tinha um assunto urgente a respeito da população local que precisava resolver no dia seguinte a Yom Kipur.

Na noite solene em que inicia-se Yom Kipur e a prece de Col Nidrê é recitada, dirigiu-se à única sinagoga onde era possível ir à pé. Esta era exclusivamente composta de cantonistas - homens que haviam sido raptados pelas tropas do Czar para servirem no exército russo por um período de vinte e cinco anos. Apenas judeus que serviam o exército russo tinham permissão de viver na capital. Naturalmente, estes homens pouco sabiam, tendo passado a maior parte de suas vidas em áreas remotas do Império Russo.

Ao se aproximarem da prece de Col Nidrê, um velho cantonista levantou-se para falar aos homens presentes, do seguinte modo:

"Meus irmãos, todos sabemos que nesta época, os judeus voltam-se para D'us e Lhe pedem três coisas: filhos, vida e sustento. Pelo que rezaremos? Deveremos rezar por filhos? Claro que não - não podemos casar porque estamos no exército. Rezar pela vida? De que vale nossa vida? Deveremos rezar pelo nosso sustento? Temos nossa comida fornecida pelo Czar. Dessa maneira, queridos irmãos, nada há pelo que devamos rezar e pedir para nós.

"Tudo aquilo pelo que podemos orar é que Yitgadal Veyitcadash Shemê Rabá! - Que o grande nome de D'us seja exaltado e santificado!"

Ouvindo isto, todos irromperam em lágrimas. O chassid relatou que aquele Yom Kipur foi o mais empolgante de toda sua vida.

A Prece Unetaneh Tokef – A História

Há mais de 800 anos, viveu um grande homem na cidade de Maintz. Seu nome era Rabi Amnon. Grande erudito e homem muito piedoso, Rabi Amnon era amado e respeitado tanto pelos judeus quanto pelos não-judeus, e seu nome era conhecido em toda parte. Até o Duque de Hessen, governante do país, admirava e respeitava Rabi Amnon por sua sabedoria, conhecimento e piedade. Muitas vezes o Duque convidou Rabi Amnon para ir ao seu palácio e o consultava sobre assuntos de estado.

Rabi Amnon jamais aceitou qualquer recompensa pelos seus serviços ao Duque ou ao governo. De tempos em tempos, porém, Rabi Amnon pedia ao Duque para facilitar a situação dos judeus no país, para abolir alguns decretos e restrições que existiam na época contra os judeus, e geralmente para permitir que eles vivessem em paz e segurança. Este era o único favor que Rabi Amnon pedia ao Duque, e este jamais negava o seu pedido. Assim, Rabi Amnon e seus irmãos viveram pacificamente durante muitos anos.

Ora, os outros homens que faziam parte do governo sentiam inveja de Rabi Amnon. O mais invejoso de todos era o secretário do Duque, que não tolerava ver a honra e o respeito que Rabi Amnon desfrutava com seu amo, e que estava rapidamente se transformando numa grande amizade entre os dois, O secretário começou a buscar maneiras de desacreditar Rabi Amnon aos olhos do Duque.

Certo dia, o secretário disse ao Duque:
“Sua Alteza, por que não tenta persuadir Rabi Amnon a se tornar cristão como nós? Estou certo de que ao considerar a honra e os muitos favores que ele tem recebido de sua mão generosa, ele alegremente abandonará sua fé e aceitará a nossa.

O Duque pensou que não era uma má ideia. Quando Rabi Amnon foi ao palácio no dia seguinte, o Duque disse a ele:
“Meu bom amigo Rabi Amnon, sei que tem sido leal e devotado a mim durante muitos anos. Agora gostaria de pedir-lhe um favor pessoal. Abandone sua fé, e torne-se um bom cristão como eu. Se o fizer, farei de você o homem mais importante em todo o governo; terá honras e riquezas como nenhum outro, e perto de mim, será o homem mais poderoso em meu país…”

Rabi Amnon ficou pálido. Por um momento não pôde encontrar palavras para responder ao Duque, mas após algum tempo disse:
“Ó ilustre monarca! Durante muitos anos eu o servi fielmente, e o fato de ser um judeu não diminuiu minha lealdade ao senhor nem ao Estado. Pelo contrário, a minha fé me conclama a ser leal e fiel ao país onde moro. Estou disposto e pronto a sacrificar tudo que possuo, até a própria vida, pelo senhor e pelo reino. Há uma coisa, porém, da qual jamais poderei me separar – a minha fé. Estou ligado por um pacto inquebrantável à fé dos meus antepassados. Quer que eu traia meu povo, meu D'us! Você desejaria que um homem que o serve não tenha respeito pela sua religião, pelos vínculos e laços que ele considera mais sagrados! Se eu trair meu D'us, você poderá jamais confiar que não o trairei? Certamente, o Duque não quis dizer isto. O Duque está brincando!”

“Não, não,” disse o Duque, embora parecesse um tanto inseguro, pois internamente o Duque estava satisfeito com a resposta de Rabi Amnon. Rabi Amnon esperava que o assunto estivesse resolvido, mas quando chegou ao palácio no dia seguinte, o Duque repetiu o pedido. Rabi Amnon ficou muito infeliz, e começou a evitar as visitas ao palácio, a menos que fosse absolutamente necessário.

Certo dia o Duque, impaciente pela obstinação de Rabi Amnon, disse com bastante ênfase: ele deveria se tornar cristão, ou sofrer as consequências. Pressionado a responder de imediato, Rabi Amnon implorou ao Duque que lhe concedesse três dias para refletir sobre o assunto. O Duque concordou.

Nem bem Rabi Amnon deixou a companhia do Duque, quando percebeu seu grande pecado. “Meu D'us!” pensou ele. “O que fiz? Estou carente de fé e coragem a ponto de pedir três dias para consideração! Somente pode haver uma resposta! Como pude demonstrar tamanha fraqueza por um instante! Ó generoso D'us, perdoa-me!”

Rabi Amnon chegou em casa desolado. Recolheu-se ao quarto e passou os três dias seguintes em prece e súplicas, implorando perdão a D'us. Quando Rabi Amnon não chegou ao palácio no terceiro dia, o Duque ficou furioso, e ordenou aos seus homens que trouxessem Rabi Amnon acorrentado.

O Duque mal pôde reconhecer Rabi Amnon, tanto o homem venerável tinha mudado no decorrer dos três últimos dias. No entanto, o Duque logo deixou de lado qualquer sentimento de simpatia que pudesse ter sentido pelo seu antigo amigo, e lhe disse de modo direto:
“Como ousa desrespeitar minha ordem! Por que não apareceu em tempo de dar-me sua resposta! Para seu próprio bem, espero que tenha decidido fazer como eu lhe pedi. Caso contrário, será ruim para você.”

Embora Rabi Amnon fosse agora um homem fisicamente alquebrado, seu espírito estava mais forte do que nunca. 
“Sua Alteza,” respondeu corajosamente, “só pode haver uma resposta: Continuarei sendo um judeu leal enquanto eu respirar!”

O Duque ficou fora de si, furioso. “É mãos do que a questão de você se tornar cristão. Desobedeceu-me não vindo voluntariamente para me dar sua resposta. Por isto deverá ser castigado…”

“Sua Alteza,” disse Rabi Amnon. “Ao pedir três dias para reflexão, pequei gravemente contra meu D'us.”

Essas palavras corajosas enfureceram ainda mais o Duque. “Por pecar contra o seu D'us”, disse o Duque furioso, “deixe que Ele mesmo se vingue. Vou castigar você por desobedecer minhas ordens. Suas pernas pecaram contra mim, pois se recusaram a vir até mim; portanto suas pernas serão cortadas fora!”

Com poucos sinais de vida, o corpo sem pernas de Rabi Amnon foi enviado de volta para casa, para sua família desolada. Era o dia anterior a Rosh Hashaná.

As notícias sobre o fatídico destino de Rabi Amnon se espalharam por toda a cidade. Todos ficaram horrorizados e tristes. Foi um Dia do Julgamento bastante trágico para os judeus de Maintz, que se reuniram na sinagoga na manhã seguinte.

Apesar de seu terrível sofrimento, Rabi Amnon lembrou-se que era Rosh Hashaná, e pediu para ser levado à sinagoga. Atendendo seu pedido, ele foi colocado na frente da Arca Sagrada.

Todos os congregantes, homens, mulheres e crianças, choraram ao ver seu querido rabino em tamanha agonia, e jamais houve preces tão tristes sendo oferecidas naquele dia de Rosh Hashaná.

Quando o cantor começou a recitar a prece Mussaf, Rabi Amnon fez um sinal pedindo que fosse feito um intervalo enquanto ele oferecia uma prece especial a D'us. O silêncio se instalou entre os congregantes, e Rabi Amnon começou a recitar Unetanneh Tokef (“Vamos expressar a poderosa santidade deste dia”). A congregação repetia cada palavra, e seus corações se elevaram a D'us em prece e lágrimas. “O Kedusha” foi então recitado, seguido pela prece de “Oleinu”. Quando as palavras “Ele é nosso D'us, e nenhum outro” foram atingidas, Rabi Amnon as gritou com as últimas forças que lhe restavam e então morreu.

A prece Unetanneh Tokef é agora uma das mais solenes de Rosh Hashaná e Yom Kipur. Inclui a tocante passagem:
“Em Rosh Hashaná é inscrito, e em Yom Kipur é selado: quantos irão falecer, e quantos nascerão; quem deve viver, e quem morrerá; quem em seu tempo, e quem antes do tempo; quem pelo fogo e quem pela água; que pela espada e quem pela fera; quem pela fome e quem pela sede; quem pela tempestade e quem pela peste; quem engasgado e quem apedrejado… Quem descansará, e quem vagará; quem ficará tranquilo e quem será incomodado; quem ficará em paz e quem deverá sofrer; quem ficará pobre e quem se tornará rico; quem vai cair e quem se erguerá… Mas o arrependimento, prece e caridade revogam o perverso decreto!”

A imorredoura coragem de Rabi Amnon, autor desta prece, serve de inspiração a todos nós.

 

 

Minchá e Neilá

Minchá

O aspecto mais destacado do serviço de Minchá é a leitura da Torá, e especialmente de Maftir (leitura adicional) quando o celebrado livro de Yoná é recitado, o qual nos conta o salvamento da cidade de Ninevê pelo arrependimento. D'us está sempre pronto a perdoar se a pessoa realmente fizer teshuvá, retornar sinceramente ao bom caminho.

Neilá

Após Minchá, segue-se o solene serviço de Neilá (Encerramento), o climax de todas as preces de Yom Kipur. A Arca é mantida aberta durante todo o decorrer dessa prece. O serviço de Neilá é concluído com as exclamações do Shemá e Baruch Shem, nossa proclamação de destemida lealdade e determinação para morrer por nossa fé se necessário, como nossos santos mártires fizeram no passado.

Isto é seguido por aquela famosa declaração da unicidade de D'us: "O Eterno - Ele é o único D'us", pronunciada primeiro por nosso profeta Eliyáhu no Monte Carmel.

O último verso é repetido sete vezes de modo mais ardente. O Shofar é então soado num longo toque, e Yom Kipur é concluído com o voto de: "No próximo ano em Jerusalém!"

Shofar no Final de Yom Kipur

 
Ao término do Serviço de Yom Kipur, o shofar é tocado por várias razões:

É o símbolo da vitória, como o clarim das trombetas dos exércitos vitoriosos ao voltarem do campo de batalha. O shofar anuncia a vitória sobre os nossos pecados e tentações.

O shofar nos lembra a Outorga das Segundas Tábuas. Moshê, Moisés, desceu do Monte Sinai pela última vez em Yom Kipur, trazendo as Segundas Tábuas com os Dez Mandamentos, recebidas com alegria e o som do shofar.

É um sinal de partida da Presença Divina, como está escrito: "D'us ascendeu ao som do shofar".

É um lembrete do shofar que costumava ser tocado em Yom Kipur para anunciar o Ano do Jubileu.

Está escrito que, ao término do jejum de Yom Kipur, uma Voz Celestial proclama: "Vão e comam o pão com alegria, pois D'us aceitou suas preces e os perdoou!" É por isso um Yom Tov e saudamos uns aos outros com "Bom Yom Tov". O toque do shofar serve também para chamar a atenção sobre a importância deste Yom Tov.
 

Arvit e Havdalá

 
Arvit, a Prece Noturna, e a Havdalá (cerimônia realizada ao final de Shabat que separa entre o dia santificado e os dias comuns da semana), introduzem o breve intervalo de quatro dias até a chegada de Sucot. "Bom Yom Tov" é a saudação após a prece, e todos sentem-se felizes e confiantes de que D'us com certeza aceitou nossas preces e inscreveu e selou a todos para um bom ano.

Se a lua pode ser avistada, costuma-se dizer a prece de "Kidush Levaná", sem pesar por ter de prolongar o jejum por mais alguns minutos.

Após quebrar o jejum, costuma-se fazer a primeira preparação para a construção de uma sucá, como um sinal de nosso desejo em cumprir mais uma mitsvá.
 
 
Arvit e Havdalá
Shofar no Final de Yom Kipur

 

 
 
 
 
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Yom Kippur - Orações 
 

 

Orações especiais para Yom Kippur

 

Os principais temas do dia são o arrependimento eo perdão. 
Há cinco serviços durante Yom Kippur. Além de Selichot (preces penitenciais) e Piyutim (poemas litúrgicos) em todo o livro de orações especial, o Machzor, principais destaques incluem: 

Kol Nidrei: 
O culto da noite é precedida pelo canto de Kol Nidrei (literalmente "todos os votos"). Esta é uma revogação formal de todas as promessas feitas durante o ano passado. Antes de embarcar em um dia de oração, Kol Nidrei salienta a importância das palavras que emanam de nossas bocas. É um apelo apaixonado a Deus para anular "votos", tomadas na inocência, ou de outra forma.

Confissão (Vidui): 
O ritual de Yom Kippur é repleta de petições para o perdão dos pecados. Estes são listados como uma série de crimes e são recitados por ambos, o indivíduo ea comunidade. Os pecados são listados no plural implicando que os judeus são responsáveis ​​uns pelos outros. Como cada uma das más ações é recitado, os membros da congregação bater seus corações para enfatizar o lado mais "subjetivo" do pecado. 

Avodah: 
"Recordando o serviço do templo." Isso faz parte do serviço adicional (Mussaf) e é um registro do ritual impressionante de Temple dias em que só o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos no Yom Kippur. As descrições desta cerimônia elaborada e da posterior exaltação do povo oferecem uma rara visão sobre o espírito pungente do dia. Em certos pontos neste recitação, a congregação se prostrar em submissão total a Deus. 

O Livro de Jonas: 
O Livro de Jonas é lido durante o serviço de Minchá (da tarde) no Yom Kippur. Conta a história do profeta Jonas que morava c. 750 aC. 

Jonas tentou fugir a ordem divina para profetizar sobre a destruição das pessoas más de Nínive navegando a partir da Terra de Israel. Durante uma tempestade, Jonas é lançado ao mar, entregue milagrosamente de uma baleia, e ordenou a continuar a sua missão. Deus poupou a cidade quando viu o arrependimento de seu povo. 

Entre outras lições, a história demonstra o poder da expiação e como a compaixão de Deus se estende a todas as Suas criaturas. 

Ne'ilah: 
O serviço de tarde é seguido por Ne'ilah (literalmente Encerramento). Esta é uma coleção de orações que são investidos com significado especial como o Gates of Heaven simbolicamente perto e um ar de alívio e otimismo desce sobre os adoradores cansados ​​que foram derramamento suas almas ao longo do dia. 

O serviço ea rápida conclusão com a explosão do shofar, um apelo para a unidade de todos os judeus na cidade santa de Jerusalém, e uma proclamação da realeza de Deus sobre Israel na chamada famosa: "Shema Yisrael Hashem Hashem Echad Elokeinu "!

Ao voltar para casa, a cerimônia Havdalah é recitado por Yom Kippur.