Metzora, מצורע

04/04/2014 20:10

Aspectos da 28ª

O texto desta Parashá é:

Metzora, מצורע -(Levictus 14:1-15:33) >>Sigf. Visão da paz

 

 

 

O texto da Haftará é:

 (II Reis 7:1-3:20)

Salmo 120

 

Leitura da Torá: Parashat Metzora, מצורע 

. Essa divisão vale para a Torá, para a Haftará (os profetas) e também para o Tehilim, o Livro dos Salmos.

    Após a discussão ao final da porção da semana passada, a respeito da tsaraat é a manifestação física de uma doença espiritual, uma punição enviada por D'us, primeiro pelo pecado da maledicência, entre outras transgressões e comportamento anti-social.

    Conhecida como metsorá, a pessoa afligida por uma mancha parecida com tsaraat na pele está sujeita a uma série de exames por um cohen, que declara se o paciente está tahor ou tamê. Se for tamê, ele será isolado para fora do acampamento, um castigo apropriado para alguém cuja língua infame fez com que pessoas se separassem umas das outras. Após descrever os vários tipos, cores e manifestações da doença na pele, cabeça e barba da pessoa, a porção conclui com uma discussão sobre as vestes contaminadas por tsaraat.

    A Parashá Metsorá (ibid. 14:1-15:33)) continua a discussão de tsaraat , detalhando o processo de purificação de três partes da metsorá, ministrada por um cohen, completa com imersões, Corbanot, e a raspagem de todo o corpo. Após uma demorada descrição da tsaraat em casas e a ordem de demolir toda a residência caso a doença tenha se espalhado, o capítulo final da porção discute várias categorias de emissões humanas naturais, que tornam uma pessoa impura em graus variáveis.

Dores do parto

    Ao escrever um romance, o escritor certamente será cuidadoso para arranjar a trama de maneira lógica e ordenada, fazendo as transições de um tópico a outro de maneira suave. Da mesma forma, poder-se-ia esperar que a Torá, sendo a fonte da vida para o povo judeu e tendo muito mais importância que um romance, seguisse a mesma linha. Entretanto, a seção introdutória da porção desta semana da Torá parece divergir desta consistência requerida. 

    A Parashá Tazria começa com uma discussão das leis sobre o status de uma mulher que acaba de dar à luz, e os vários procedimentos que devem ocorrer com ela e a criança. A Torá então imediatamente prossegue com uma descrição detalhada dos diferentes tipos de manchas e descolorações que podem tornar um indivíduo um metsorá. Estes dois assuntos – a mulher que acaba de dar à luz e uma pessoa que está sofrendo de tsaraat – poderiam parecer totalmente desconectados. Por que então estão colocados tão próximo um do outro?

    Para responder esta pergunta, seria lógico examinar primeiro os detalhes destas duas leis. Em Vayicrá 12:7, lemos que uma mulher que teve um filho deve trazer uma oferenda: "O Cohen oferecê-la-á perante D'us e expiará por ela, e ela ficará purificada da fonte de seu sangue; esta é a lei para aquela que dá à luz um menino ou uma menina." Esta lei provoca uma pergunta óbvia: Qual foi o pecado desta mulher que necessita de expiação?

    Os sábios fornecem uma resposta interessante a este problema: enquanto está sob a tensão e dor do parto, pode ser que esta mulher tenha jurado jamais retornar a seu marido, a fonte e causa de seu sofrimento atual. Portanto, quando a mulher se recobra totalmente, volta para seu marido e assim negligencia seu juramento anterior, na verdade está quebrando este voto. Embora a Torá reconheça que este juramento foi feito sob grande angústia e dor, mesmo assim a mulher não pode ser totalmente absolvida de realizar qualquer tipo de penitência. Afinal, fez um juramento e isso não pode ser desprezado. Portanto, a Torá possibilita à mulher a oportunidade de obter completo perdão ao trazer uma oferenda.

    Se mudarmos nossa atenção agora ao segundo ponto em questão, a aflição da tsaraat, descobrimos que a Torá inicia sua discussão da pessoa atacada por esta doença sem nenhum tipo de introdução; o leitor é lançado imediatamente numa discussão abrangente das várias formas e manifestações da tsaraat. A Torá não menciona a causa do tsaraat em lugar algum, dessa forma deixando a pessoa imaginar qual pecado poderia precipitar esta doença no corpo ou na propriedade de alguém. Rashi oferece uma resposta baseada sobre o Talmud, de que a causa primária do tsaraat é o grave crime de lashon hará. A fim de avaliar a gravidade de suas ações, aquele que fala lashon hará é afligido com tsaraat. Não apenas a pessoa afetada deve lidar com lesões cobrindo seu corpo, como também é forçada a separar-se da comunidade em geral, e suportar um longo processo de cura, assinalado por repetidas visitas do Cohen, para determinar o status e o desenvolvimento da doença.

    Espera-se que toda esta angústia e tormento ajudarão a reconhecer seu mau procedimento e leve-a ao arrependimento. Neste ponto, podemos facilmente entender a justaposição destes assuntos aparentemente tão desconexos. A Torá aqui deseja nos ensinar o poder da palavra. Enquanto a sociedade ocidental professa crenças como "as pedras podem quebrar meus ossos, mas as palavras não podem ferir-me", o Judaísmo atribui muito mais importância e significado à palavra falada. 

    Toda palavra pronunciada deve ser cuidadosamente medida. Mesmo um juramento feito em meio as dores do parto deve ser contabilizado. Até um comentário aparentemente inofensivo sobre um judeu deve ser tratado. As palavras têm um significado. Não podemos permitir que nossa boca aja livremente, sem qualquer preocupação quanto ao resultado. Assim como a Torá nos foi outorgada no Monte Sinai, não por um rolo que caiu do céu, mas através da palavra sagrada de D'us, assim também devemos nos purificar e santificar nossas palavras.

Como um metsorá torna-se puro?

    Como já explicamos, um das razões principais que causavam tsaraát era o lashon hará.

    A palavra metsorá (aquele que tem tsaraát), é parecida com a palavra motsirá, (alguém que fala o mal). Se o metsorá fez teshuvá enquanto estava fora do acampamento, D’us fazia as manchas brancas na pele desaparecerem.

    O metsorá se sentia aliviado quando percebia que as marcas tinham desaparecido. Ele então chamava um cohen. O cohen caminhava até fora do acampamento para examiná-lo. O cohen dizia: "Começaremos a torná-lo tahor (puro). Hoje é o primeiro dia de sua tahará (purificação). No oitavo dia você oferecerá corbanot, ficará completamente puro e poderá juntar-se à sua família."
    Após a oferenda dos corbanot o judeu tornava-se puro novamente e podia reunir-se à família. Ele sentia-se quase como alguém que havia morrido e voltara a viver. Este homem jamais falaria lashon hará novamente! Certamente prestaria mais atenção às suas futuras palavras.

O Midrash explica:

Por que duas aves, um graveto de cedro e ezov (grama) eram usados para purificar o metsorá? Por que a Torá nos ordenou usar aves para purificar o metsorá? D’us, assim, está lhe dizendo: "Você agiu como um pássaro! Um pássaro chilreia constantemente! Você também falou e falou, sem prestar atenção no que dizia."

Por que um pássaro é abatido e o outro é libertado?

O pássaro colocado em liberdade significa: Se você usar sua língua com palavras de Torá e bondade, estará usufruindo da vida de modo correto.

A grama e o cedro são totalmente opostos. O cedro é a mais alta das árvores e o ezov, o mais baixo dos arbustos. O metsorá é lembrado: Por que você falou lashon hará? Porque pensou que era um cedro – melhor que os outros. Para evitar falar lashon hará no futuro, deve sentir-se humilde como a grama.

Por que D’us trazia tsaraát às casas?

D’us às vezes também enviava manchas de tsaraát às paredes das casas. Isto acontecia por uma série de razões:

1 – Uma casa judia é especial. As portas têm mezuzot, e a cada sete dias transforma-se em um palácio, recebendo o Shabat. O dono de um verdadeiro lar judeu abre suas portas àqueles que necessitam de comida, tsedacá, um empréstimo, ou qualquer outro tipo de ajuda. Entretanto, se um judeu tem uma bela casa, mas nega-se a ajudar àqueles que precisam de dinheiro ou objetos, de uma refeição ou um lugar para dormir, D’us o pune. No tempo do Bet Hamicdash, D’us fazia com que aparecesse tsaraát nas paredes da casa.

O cohen então tinha que lacrar aquela casa. E o dono nem ao menos podia entrar em sua própria residência, da mesma forma que a havia fechado para outros que pediram ajuda. E se as manchas de tsaraát continuavam voltando, a casa tinha de ser demolida. Desta maneira, ele era punido por não compartilhar sua casa e seus pertences com outros judeus.

2 – Tsaraát nas paredes era uma recompensa: Tsaraát às vezes atingia as paredes de uma casa cujo dono não cometera uma falha. Para esse, a tsaraát era uma recompensa. Descobriam ouro, prata e objetos de valor que haviam sido escondidos nas paredes. Isto jamais teria sido descoberto se não fosse pelas manchas de tsaraát aparecendo nas paredes. 

Coluna de Mexericos

    Parashá Tazria e Parashá Metsorá tratam principalmente das leis a respeito do metsorá, aquele afligido com a doença espiritual de tsaarat. Como foi mencionado acima, a causa principal do tsaarat foi o pecado grave de lashon hará. Aqueles que contraíram as desagradáveis lesões que cobrem parte da pele foram enviados para fora do acampamento por um grande período de tempo. Assim como a doença era de natureza espiritual, assim também ocorria com a cura. Quando D'us via que o indivíduo estava verdadeiramente arrependido, a doença desaparecia e ele podia novamente retornar para a sociedade.

    Examinemos esta doença mais de perto. Um indivíduo acaba de ser atacado por uma doença terrível. Foi forçado a deixar sua família e viver fora do acampamento, sentindo constrangimento e vergonha. Qual o propósito desta punição? Não teriam sido mais apropriadas umas desculpas públicas em um jornal judaico local?

   Devemos entender que o castigo Divino não é motivado por vingança, mas sim uma forma de terapia. O metsorá é banido do acampamento porque falou mal de outras pessoas. Na sua situação momentânea, fora dos limites do acampamento e distante do contato humano, o indivíduo afligido clama por companhia. De certo modo, ele está em uma solitária. 

    Conseqüentemente, aprenderá a apreciar o som da voz humana e quão afortunados somos por compartilhar este mundo com outras pessoas. Quando compreender a importância da fraternidade e união, o metsorá entenderá o verdadeiro poder das palavras, e o efeito catastrófico que elas podem exercer sobre os outros se for usada de forma inadequada. Ele sentirá um reavivamento moral. 

Como você provavelmente já percebeu, esta doença não existe mais. Talvez D'us soubesse que a maioria de nós seríamos afetados por ela. Entretanto, a lição ainda permanece. Devemos ser cuidadosos em nossos contatos diários com outras pessoas. Infelizmente, tornamo-nos acostumados a escutar a maledicência e dar ouvidos a fofocas. Na próxima vez que alguém falar: 
"Você sabe o que aconteceu com…?", devemos mudar de assunto ou afastar-nos, pois como dizem os sábios, quem dá ouvidos a mexericos é tão culpado como aquele que falou. Devemos levar a sério a lição do metsorá, e apreciar o imenso significado do companheirismo humano.

    Dentre os inúmeros detalhes de tsaraat discutidos na Parashá Tazria, encontramos um em particular que parece ser totalmente contrário à lógica humana. A Torá nos diz que se uma pessoa está totalmente coberta, da cabeça aos pés, com as manchas brancas indicativas de tsaraat , ele é considerado como não passível de sofrer da temida doença, e permanece tahor (Vayicrá 13:13). Qualquer problema de menor monta, limitado apenas a uma área do corpo torna-o completamente tamei, e as leis de tsaraat tornam-se aplicáveis. Como é possível que alguém com uma dose limitada da doença seja considerado completamente afligido, enquanto um com a maior erupção imaginável permaneça totalmente são?

    Sabemos que o objetivo principal de D'us ao fazer que alguém contraia tsaraat é servir de advertência de que a pessoa não está sendo suficientemente escrupulosa em seu cumprimento de uma de muitas mitsvot, incluindo as injunções contra falar lashon hará e comportar-se arrogantemente. A pessoa, portanto, contrai uma horrível moléstia que resulta em sua remoção do acampamento por um longo período de completo isolamento. Esta pode ser a oportunidade perfeita para que ele reflita sobre sua trajetória na vida, e reavalie seus atos. Tal tratamento e solidão são necessários, especialmente para descobrir "pequenos" erros de julgamento, os enganos que de outra forma poderiam passar despercebidos. 

Portanto, por um caso menos grave de tsaraat , o isolamento é requerido para induzir a uma séria introspecção. Entretanto, se o caso do tsaraat é tão sério que o afeta da cabeça aos pés, desta maneira alardeando seus erros tanto para si como para todos as outras pessoas, um período de isolamento mais longo não é necessário para provocar o arrependimento.


Hoje em dia, quando não mais merecemos ter sinais tão claros de D'us, é vital que examinemos nossos atos, fazendo nosso próprio teste para determinar se de fato estamos cumprindo a orientação determinada pela Torá. Embora o caminho correto nos seja freqüentemente tão claro como a tsaraat que cobria alguém da cabeça aos pés, muitas vezes as decisões devem ser tomadas após avaliação cuidadosa, e eliminando muitos de nossos preconceitos e inclinações – as pequenas manchas de tsaraat . Apenas com nossa definitiva internalização destes valores, podemos com segurança evitar os perigos de metsorá.

Filhos espirituais

    Moshe Shlomo nunca entendeu por que, quando pediu ao Báal Shem Tov que o abençoasse com filhos, o Rebe ignorou o pedido, em vez disso abençoando-o com prosperidade nos negócios e com fortuna. "Quando o Báal Shem Tov (também conhecido como Besht) abençoou-me com riquezas" – disse Moshe Shlomo à mulher, Rivca – "isso aconteceu, pois hoje de fato sou um homem próspero. Por que, então, ele não reza para que tenhamos filhos?"

Um dia o Besht chamou o casal e disse: "Por que estão tão tristes? D’us os abençoou com muitas coisas. Há muitas boas ações que vocês podem fazer com seu dinheiro, como de fato fazem." E com isso, o Besht perguntou ao casal se desejavam acompanhá-lo numa viagem. Obviamente, eles concordaram.

Quando chegaram a uma cidadezinha perto de Brody, o Besht sugeriu que caminhassem pela cidade. Viram um grupo de crianças brincando e o Besht perguntou a um dos meninos: 
"Qual é o seu nome?"

"Baruch Moshe" – veio a resposta.

"E o seu?" perguntou o Besht, voltando-se para outra criança. "Baruch Moshe" – veio novamente a resposta. "E o seu?" perguntou ele a uma terceira criança. Este menino também se chamava Baruch Moshe. Todos os garotos a quem o Besht perguntou o nome eram chamados de Baruch Moshe.

Uma garotinha, irmã de um dos meninos, prontificou-se a dizer seu nome. "Sou Bracha Leah" – disse ela. Todas as outras meninas tinham o mesmo nome.

Moshe Shlomo e Rivca não conseguiam esconder sua surpresa. O Besht, no entanto, não parecia nem um pouco impressionado. Eles continuaram a percorrer a rua da aldeia, abordando cada criança que encontravam para perguntar seu nome. A resposta era invariavelmente "Baruch Moshe" ou "Bracha Leah". 

O Besht foi até um homem idoso sentado num banco. "Pode me explicar por que toda criança aqui se chama Baruch Moshe ou Bracha Leah?"

O homem sorriu e começou: "Há cerca de cem anos, havia nesta aldeia um açougueiro chamado Yitschac, que estudava Torá e praticava boas ações. Ele tinha um filho, a quem chamava Baruch Moshe. A criança foi enviada ao cheder, mas logo ficou evidente que não era nenhum erudito. Por mais que tentasse, nada do que lhe era ensinado ficava em sua mente. Aulas particulares também de nada adiantaram. Um ano depois de seu bar mitsvá, Baruch Moshe saiu da escola para ser aprendiz no açougue do pai. Ali demonstrou uma aptidão que jamais exibira na escola.

"Passaram-se os anos, e Baruch Moshe casou-se com Leah Bracha. Tinham uma vida feliz juntos e granjearam o respeito da comunidade. Quando os pais de Baruch Moshe faleceram, ele quis homenageá-los aprendendo Mishná em sua memória. Porém, por mais que tentasse, não conseguiu aprender sequer a Mishná mais simples. Desesperado, desistiu, e em vez disso passou apenas a sentar-se na sinagoga quando o rabino dava uma aula, sem entender sequer a metade do que estava sendo dito.

Certo dia, uma frase especial chamou a atenção de Baruch Moshe. Ele ouviu o rabino dizer que aquele que ensina Torá ao filho de um amigo pode ser considerado como se ele fosse o pai da criança. Estas palavras causaram-lhe uma pontada de sofrimento. ‘Já é triste o bastante não termos filhos nossos. É duplamente triste saber que nunca serei capaz de ensinar os filhos dos outros, assim merecendo o privilégio de chamá-los de meus.’ Um profundo suspiro escapou dos lábios de Baruch Moshe.

"O rabino chamou-o de lado e disse: ‘Não se desespere. Você e sua mulher ainda são jovens. Talvez sejam abençoados com filhos.’

"Baruch Moshe foi dominado pela emoção. ‘Não sei se jamais teremos filhos. E quando você disse quando se ensina os filhos alheios pode-se chamá-los de seus fiquei duplamente triste, pois sou um ignorante. O que será de mim?’ E começou a chorar.

"’Caro Baruch Moshe’ – disse compassivamente o rabino. ‘Minhas palavras não foram ditas apenas no sentido literal. Você pode ser um instrumento no ensino dos filhos de outras pessoas! Contratando professores para os filhos dos pobres e patrocinando as escolas para que possam aceitar mais alunos, você estará sendo pai espiritual dessas crianças.’

"Os olhos de Baruch Moshe brilharam. Isso era algo que certamente estava ao seu alcance. Correu para casa, e explicou à mulher tudo que o rabino tinha dito. Na manhã seguinte, Baruch Moshe saiu e reuniu todas as crianças pobres da aldeia cujos pais não podiam enviá-las ao cheder. Contratou um professor especialmente para elas, visitando-as freqüentemente para ver se estavam progredindo nos estudos. E fazia generosas doações para as escolas já existentes.

"Com o passar dos anos, Baruch Moshe e Bracha Leah aumentaram seu apoio para o estudo de Torá das crianças. Eu mesmo, como ocorreu com todos de minha geração, fui educado na yeshivá fundada por este casal maravilhoso.

"Baruch Moshe e Bracha Leah faleceram há quinze anos. Não deixaram nenhum filho biológico, mas deixaram literalmente centenas de crianças que ajudaram a educar e que receberam seu nome. Sentimos que era nosso privilégio imortalizar sua memória, dando aos nossos filhos o nome de seus pais espirituais. E, todos os anos, no aniversário de sua morte, nós nos reunimos para recitar o Kadish pelas suas almas tão nobres."

Depois de ouvirem esta história, Moshe Shlomo e Rivca entenderam sua missão: educariam as crianças judias, sabendo que com seu apoio estariam "adotando" centenas de crianças. 
Trabalharam com altruísmo, jamais esquecendo o exemplo que tinham recebido de Baruch Moshe e Bracha Leah

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Estudei que não há nenhum homem que nunca tenha pecado, então como
pode ser afirmado que os tsadikim ainda têm o semblante perfeito? Pois todos
cometem averot mesmo que não seja conscientemente.


O Rei Salomão escreve em Cohelet 7:20: "Não existe um justo na terra que faça o bem e não falha (yechta)." Esta palavra 'yechta' tradicionalmente traduzida como 'pecado', também pode ser traduzida como 'falta' (veja Melachim I 1:21).

No Tanya é explicado que um verdadeiro tsadic não peca; o que pode ocorrer é
que 'faltou' no seu serviço Divino, isto é, ele poderia ter feito melhor. Somente ao cometer uma falha, isto é, uma transgressão da vontade de Hashem, a face do homem perde o semblante Divino.

Pode explicar o que significa temor a D'us?

O verdadeiro significado de temer a D'us é o medo da separação – assim como um bebê tem medo de ser deixado sozinho pela mãe, da mesma forma, também, uma alma sadia percebe que determinadas ações colocarão uma barreira entre ela e Hashem.

Compreendendo isto em seu íntimo, com sua mente e coração, toda a sabedoria da pessoa será colocada para realmente evitar aquelas ações.

O temor só pode existir com amor. 

Ao percebermos a grandeza do Criador, a quem devemos nossa existência física e espiritual a cada segundo, onde saúde e vida, doença e morte (que D’us não o permita) estão em Suas mãos, faremos todo o possível para nos mantermos cada vez mais próximos e conectados à fonte. 

Seguindo as instruções que Ele nos apontou, através do cumprimento das mitsvot prescritas na Torá, nosso eterno e imutável Guia de Vida, certamente seremos merecedores de saúde, paz, alegrias e bênçãos. 

Que possamos neste mês, colocar nossas ações na balança, nos arrepender de falhas cometidas, pedir perdão a quem magoamos e começar uma nova folha, limpa, para preenchê-la com bons atos e boas decisões em nossa vida. 

Teshuva

Transgressões em méritos?

Aprendemos que quando uma pessoa faz teshuvá, todas as suas transgressões são perdoadas, melhor ainda, são transformadas em mitsvot. Sendo assim, gostaria de saber, o que acontece quando essa pessoa falece e fica perante o Tribunal Celeste, onde tudo o que ela fez de bom ou de ruim é apresentado como num "filme". Essas transgressões, então, não aparecem nesse filme?

 Tudo que ocorreu em sua vida aparecerá neste "filme", tanto suas boas ações quanto suas falhas. Se o homem já nascesse perfeito qual a razão que D'us teria para enviar sua alma novamente para a terra?

O objetivo de um  ao vir a este mundo é cumprir sua missão ao longo de sua vida. Pode levar um dia, meses ou anos. Ele não sabe qual é seu objetivo aqui, mas reconhece, ou deveria, que ao longo de sua vida lhe foi dado um Manual de Instruções, que é a Torá, pelo Criador do Universo. Através dela poderá escolher entre o bem e o mal, entre o certo e o errado. É desta batalha diária que se deverá sair vencedor. A recompensa de cumprir uma mitsvá é a própria mitsvá e a certeza de estar realizando o plano Divino que resulta em paz e bênçãos. Se nos esforçarmos neste sentido e com sinceridade neste caminho não teremos nada para ocultar na tela. 

Já pensou ter realizado um best seller? I

Imagine podermos usufruir confortavelmente de uma "sessão" especial, sem censura, e sem sentir vergonha. O "Happy End" de nosso roteiro de vida, será o esforço de termos persistido em cumprir a vontade de nosso "Diretor" colocando em prática Seus ensinament
os.