Pekudey, פקודי
Esta semana lemos a Porção final de Shemot, um livro que começa com o povo judeu escravizado pelo faraó no Egito e agora termina com a compleição da construção do Mishcan no deserto.
Os comentaristas referem-se a este segundo livro como o Livro da Redenção, e este é seu tema desde o início da Parashá Shemot até o final de Pecudê. A Redenção não foi conseguida somente ao escapar da escravidão; receber a Torá no Monte Sinai deu um propósito a esta liberdade, e o repouso da Presença de D'us entre Sua nação (o resultado da conclusão do Mishcan) assinala o clímax da salvação.
A Parashá Pecudê começa com uma contabilidade completa do ouro, prata e cobre doados pelo povo para uso no Mishcan. A Torá prossegue descrevendo os tecidos e a confecção das várias vestes a serem usadas pelo Cohen Gadol (Sumo-sacerdote) durante o serviço. Após a inspeção de Moshê e aprovação dos muitos utensílios e partes desmontadas, Moshê estabelece o Mishcan em Rosh Chôdesh Nissan enquanto cada parte é ungida e colocada no lugar que lhe foi destinado. E como D'us havia prometido, Sua glória preenche o Mishcan.
Ordem no Tabernáculo
por Joshua Gottlieb
"Não tenho tempo!" Esta declaração é a frase mais comum na sociedade atual. Temos muitas coisas para fazer durante o dia, e quando cai a noite estamos inevitavelmente atrasados com nossas tarefas. Como poderemos administrar melhor nosso tempo e realizar mais todos os dias?
A respeito da construção do Mishcan, a porção desta semana da Torá declara: "Betsalel, filho de Uri que era filho de Chur, da tribo de Judá, fez tudo que D'us ordenou a Moshê" (Shemot 38:22). Este versículo provoca uma grande dúvida: Como Betsalel pôde fazer tudo que D'us ordenou a Moshê? Betsalel não estava presente quando D'us instruiu Moshê a construir o Mishcan!?
Rashi, um do maiores comentaristas da Torá, explica que o versículo nos ensina que, através de Ruach Hacôdesh, inspiração Divina, Betsalel sabia até mesmo as coisas que Moshê não lhe dissera. Embora não estivesse presente quando D'us deu as ordens a Moshê, Betsalel ainda foi capaz de construir o Mishcan exatamente de acordo com as especificações de D'us. Rashi prova que Betsalel soube de tudo através do Ruach Hacôdesh pelo fato de que quando Moshê disse a Betsalel para primeiro fazer os utensílios do Mishcan, e apenas então construir a estrutura do Mishcan em si, Betsalel corrigiu Moshê e informou-o de que deveria ser feito do outro modo.
O versículo de fato nos ensina que Betsalel sabia como construir o Mishcan através de seu próprio Ruach Hacôdesh. Entretanto, ele refuta a prova de Rashi e insiste que, na realidade, Moshê disse tudo a Betsalel, na ordem correta.
Por que é importante saber se a estrutura do Mishcan ou os utensílios foram feitos em primeiro lugar?
Os Sábios explicam que assim vemos a importância de colocarmos tudo em sua ordem correta. Jamais teremos tempo suficiente a cada dia para cumprir tudo aquilo que gostaríamos. Portanto, devemos estabelecer prioridades em nossa vida, para que possamos realizar tanto quanto possível com o tempo que nos foi reservado.
Moshê informa Benê Yisrael de como foram utilizadas as doações
Betsalel, Oholiav e seus ajudantes haviam terminado de fazer o Mishcan e todos seus objetos. Somente faltava costurar os bigdei kehuná, as vestes dos cohanim.
Moshê decidiu: "Calcularei exatamente a quantidade total de ouro, prata e cobre que foi doada, e informarei ao povo para qual objeto do Mishcan se utilizaram estes materiais. Não quero que ninguém suspeite que guardei uma parte de ouro ou prata para mim."
Moshê reuniu todos e se sentou. Colocou Betsalel e Oholiav a seu lado como testemunhas.
Anunciou: "Calculei as quantidades totais de material que vocês doaram para o Mishcan e vou dizer-lhes para que objeto foram utilizados: Vocês doaram um total de 29 kikar (300 shêkel) e 730 shêkel de ouro. Doaram 100 kikar e 1775 shêkel de prata. Os 100 kikar de prata foram empregados para os 100 soquetes do Mishcan - um kikar para cada soquete".
Nesse ponto Moshê parou e não continuou a falar. Não podia, porque ainda havia restado 1775 shêkel de prata, e Moshê não conseguia lembrar-se quais objetos haviam sido feitos com eles. Moshê ficou muito preocupado. Talvez alguém pensasse que ele havia desviado o restante da prata? Mas D'us ajudou Moshê, pois era o mais confiável e honesto dos homens, e Ele não queria que uma suspeita infundada recaísse sobre Moshê.
"Os 1775 shêkel foram usados para os ganchos de prata e os ornamentos de prata em cima dos pilares do pátio!" - soou uma Voz Celestial. Cada pilar do pátio tinha um gancho de prata preso ao topo, no qual as cortinas que rodeavam o pátio eram presas com argolas.
Moshê ficou tão feliz por D'us tê-lo livrado das falsas suspeitas que entoou quinze louvores a D'us:
"Tu serás louvado com cânticos e louvores; júbilo e música; força e domínio; vitória, grandeza e poder; elogios e glória; santidade e majestade; bênçãos e agradecimentos."
Repetimos estes quinze louvores na prece de Yishtabach toda manhã.
Moshê continuou a dizer ao povo: "Vocês doaram um total de 70 kikar e 2.400 shêkel de cobre. O cobre foi usado para fazer o altar de cobre, sua grade de cobre, e seus objetos. Foi também usado para fazer as cavilhas, os adanim, de cobre do pátio e as cavilhas do portão de entrada". Moshê também explicou ao povo que as lãs que haviam doado tinham sido usadas para fazer coberturas especiais para envolver os objetos do Mishcan antes de cada viagem.
Betsal'el, Oholiav e seus ajudantes costuram as bigdei kehuná
Os únicos objetos que ainda faltavam para o Mishcan.eram as vestes dos cohanim. Betsalel, Oholiav e seus ajudantes as fizeram exatamente como D'us havia ordenado a Moshê. Eles teceram o êfod, o avental do cohen gadol, de uma meada com cinco linhas de diferentes cores. Uma das linhas era de ouro: este era obtido cortando o ouro em lâminas finas e depois em linhas.
Betsalel e Oholiav teceram os choshên, o peitoral, cortaram as doze pedras preciosas que portava e gravaram sobre elas os nomes das doze tribos. Em seguida inseriram as pedras preciosas no material tecido. Betsalel e Oholiav também fizeram as demais bigdei kehuná seguindo exatamente as instruções de D'us: a cutonet, a camisa longa; o me'il, a jaqueta com sininhos; os chapéus, mitznêfet e migba'at; o avnet, cinturão, e o tsits, a faixa.
Um relato:
Como os bigdei kehuná (vestes) salvaram o Bet Hamicdash da destruição
O reino do jovem imperador Alexandre Magno era imenso: governava sobre algumas partes da Europa, Ásia e África. E se propunha a conquistar todo o mundo! Seria muito ofensivo para o exército de Alexandre submeter-se ao pequeno país de Êrets Yisrael.
Alexandre Magno sentiu-se incomodado com os soldados judeus, certa vez que lhes pedira para ajudá-lo em uma guerra. Os judeus se negaram, pois haviam feito um trato com outro imperador, o rei da Pérsia. Responderam, pois, a Alexandre, que não podiam enviar-lhe ajuda, caso o fizessem estariam violando o tratado com o rei da Pérsia.
Porém, um grupo de inimigos dos judeus, os Cutim (samaritanos), que viviam em Êrets Yisrael, enviaram soldados em apoio a Alexandre Magno. E os Cutim falaram mal dos judeus a Alexandre Magno:
"Os judeus pretendem rebelar-se contra ti!" - protestaram ao imperador. "Destrua seu Templo Sagrado e a cidade rebelde na qual encontra-se situado: Jerusalém!"
Alexandre acreditou em suas palavras e concordou em destruir o Bet Hamicdash.
Quando os judeus souberam disto, todos em Êrets Yisrael se entristeceram. Avisaram ao Cohen Gadol, Shimon, que Alexandre estava para destruir o Bet Hamicdash. Shimon sabia que somente uma medida drástica impediria que o exército de Alexandre conquistasse Jerusalém.
Shimon logo ficou sabendo que Alexandre e seus homens marchavam para Jerusalém. Vestido com as oito vestes de Cohen Gadol saiu ao encontro de Alexandre. Ia acompanhado das grandes figuras de Jerusalém e de jovens cohanim com tochas acesas. Shimon e seu grupo marcharam durante toda a noite e na manhã seguinte se aproximaram dos homens de Alexandre.
"Quem são estas pessoas?" - perguntou o imperador aos Cutim.
"São os judeus que se rebelam contra ti, Majestade", responderam.
Quando Alexandre se encontrou frente a frente com Shimon, aconteceu algo espantoso: o imperador famoso no mundo inteiro, perante quem todos se inclinavam, desceu do cavalo e fez uma profunda reverência ante o adornado e resplandecente tsadic (homem justo).
Seus homens não acreditaram no que viam.
"Por que tu, Alexandre Magno, deverias te inclinar perante este judeu?" - perguntaram ao imperador. Alexandre explicou: "Na noite antes de cada batalha, se este homem me aparecesse em sonhos, ganharíamos esta batalha no dia seguinte. Este homem, que parece um anjo, ajudou-me a ganhar minhas guerras!"
Alexandre perguntou a Shimon: "Por que saíste ao meu encontro?"
Shimon respondeu" "Soubemos que desejas destruir nosso Bet Hamicdash. Porém, não compreendes que é neste Templo Sagrado que rezamos sempre a D'us para que tenhas êxito nas tuas batalhas. Nossos inimigos te enganaram e te deram falsas informações sobre nós!"
"Quem são teus inimigos?" - perguntou Alexandre.
"Os Cutim", respondeu Shimon.
"Neste caso," disse Alexandre, "decreto que faças com eles o que quiseres."
O Bet Hamicdash e Jerusalém salvaram-se da destruição graças a Alexandre ter ficado tão impressionado pelo aspecto de Shimon, vestido com suas gloriosas bigdei kehuná (vestes).
Em geral, não é permitido usar as bigdei kehuná fora do Bet Hamicdash. Mas neste caso, Shimon abriu uma exceção, pois o Templo e as vidas dos judeus corriam perigo. Segundo outra opinião de nossos Sábios, as vestes usadas por Shimon eram exatamente iguais na aparência às bigdei kehuná, mas não eram sagradas. Eram apenas uma imitação das vestes dos cohanim, mas não haviam sido feitas para que os cohanim as usassem no Bet Hamicdash.
Moshê arma o Mishcan
O povo de Israel levou até Moshê as partes do Mishcan que havia feito. Quando Moshê as conferiu, viu que Benê Yisrael havia feito tudo exatamente como D'us tinha lhes ordenado. Abençoou-os do seguinte modo: "Que a Shechiná (Santidade) de D'us habite no Mishcan que vocês fizeram!"
As tarefas relacionadas com o Mishcan foram terminadas a 25 de Kislêv do ano 2448. Não obstante, D'us ordenou a Moshê: "Aguarda outros três meses antes de armá-lo." Como D'us pulou o dia 25 de Kislêv e não dedicou o Mishcan neste dia, disse: "Farei uma dedicação diferente nesta data de 25 de Kislêv; os Chashmonaim renovarão o Segundo Bet Hamicdash; será o primeiro dia de Chanucá".
D'us ordenou a Moshê que aguardasse até Rosh Chôdesh Nissan para armar o Mishcan, pois Nissan é um mês de júbilo. Em Nissan, Avraham ficou sabendo que Yitschac nasceria; em Nissan, os judeus foram redimidos do Egito e em Nissan seremos redimidos no futuro.
Quando chegou o momento de armar o Mishcan os grandes homens de Klal Yisrael trataram de levantar suas vigas. Mas para sua grande surpresa, não puderam fazê-lo. Assim que as encaixavam, se soltavam! Foram, pois, a Betsalel e Oholiav e lhes disseram: "Talvez vocês devam armar o Mishcan já que foram vocês que o construíram." Betsalel e Oholiav também tentaram armá-lo, mas as vigas se soltavam.
Por que D'us permitiu que isso sucedesse? Viu que Moshê estava com o coração apertado, pois não lhe havia permitido construir nenhum objeto do Mishcan. D'us decidiu que, em troca, concederia a Moshê a honra de armar todo o Mishcan.
"Veja D'us", - disse Moshê: " Ninguém consegue armar as vigas do Mishcan!"
"Não se preocupe", D'us respondeu a Moshê: "Tente você".
Um milagre aconteceu: Moshê foi pegando as vigas do Mishcan e parecia que ele as estava armando, mas na verdade elas estavam se encaixando sozinhas.
Quando as paredes e a cobertura do Mishcan estavam armadas, Moshê trouxe as luchot (tábuas) que havia guardado numa caixa de madeira em sua tenda, e as pôs no aron. Então, cobriu o aron com o capôret (coberta). Colocou o shulchan (mesa) no Mishcan e pôs o lêchem hapanim (pão) sobre o shulchan (mesa). Colocou a menorá junto ao shulchan. No pátio do Mishcan, pôs o mizbêach haolá (altar) e o kiyor (lavabo). Assim que o Mishcan estava armado sobre a terra, D'us ordenou aos anjos do céu: "Armem um Mishcan no céu, idêntico ao da terra!"
A Shechiná (Santidade) desce e se estabelece no Mishcan
Em Rosh Chôdesh Nissan, quando o Mishcan estava armado e pronto, as nuvens de D'us o rodearam por todos os lados e por cima. O interior também estava preenchido por uma nuvem, e nela repousava a Shechiná de D'us. Assim, D'us demonstrou a seu povo que se havia estabelecido no Mishcan. Em seguida, a Shechiná de D'us pousou no aron do Côdesh Hacodashim (Santo dos Santos).
Sabem o que significa a palavra Mishcan?
Origina-se da raiz "lishcon", descansar. Mishcan significa descanso para a Shechiná.
A Torá, no princípio desta Parashá, chama o Mishcan de Mishcan Haedut do testemunho. Que tipo de testemunho era? O que atestava?
O Mishcan era uma prova de que D'us havia perdoado Benê Yisrael por ter feito um bezerro de ouro. D'us havia retirado Sua Shechiná quando eles pecaram; Suas nuvens de glória desapareceram e reapareceram no dia em que começaram a trabalhar no Mishcan. O Mishcan era um sinal de amor de D'us pelo Povo de Israel; um sinal de que Ele estava sempre entre eles.
Construir o Mishcan é tão importante como criar o mundo
O Mishcan de D'us era tão importante como a criação do mundo. Vemos na Torá que ambos se assemelham:
_No primeiro dia da Criação D'us estendeu o céu como uma cortina. De maneira análoga, D'us ordenou: "Estendereis cortinas sobre o Mishcan".
_No segundo dia da Criação D'us disse: "Que se estabeleça o céu para separar as águas superiores das águas inferiores." No Mishcan, o parôchet (cortina) separava o Côdesh Hacodashim (Santo dos Santos) do côdesh.
_No terceiro dia da Criação D'us ordenou: "Que se reúna toda a água". No Mishcan D'us ordenou: "Fareis um kiyor (lavabo) onde juntareis água."
_No quarto dia da Criação, D'us ordenou: "Que o sol, a lua e as estrelas fiquem fixas no céu." No Mishcan havia uma menorá de ouro que irradiava luz.
_No quinto dia da Criação, D'us criou os peixes e as aves. No Mishcan (tabernáculo) havia keruvim (anjos) com as asas abertas.
_No sexto dia, D'us criou Adam e o pôs no Gan Eden. No Mishcan, D'us ordenou: "Que Aharon seja Meu Cohen Gadol e entre na seção do Côdesh Hacodashim."
Poderíamos dizer que de certa forma, Aharon foi ainda maior que o primeiro homem, Adam. Pois quando Adam pecou, D'us o expulsou do Gan Eden; porém, apesar do pecado do bezerro de ouro, D'us permitiu a Aharon entrar no Mishcan.
_O sétimo dia, Shabat, foi bendito por D'us e santificado. Da mesma maneira, quando o Mishcan estava terminado, Moshê bendisse os judeus e ungiu o Mishcan e seus receptáculos com shêmen hamishchá (óleo para unção) para santificá-lo.
Também comparamos o Mishcan com o mundo ao comparar a seção Côdesh Hacodashim (Santo dos Santos) com o céu e a seção côdesh com a terra. A Shechiná de D'us repousava no aron do Côdesh Hacodashim, assim como repousa nos céus. E a seção côdesh tinha um shulchan, uma mesa com comida, do mesmo modo que a terra produz alimentos.
Por que D'us ordenou que se construísse o Mishcan de maneira semelhante à terra? Para demonstrar que, graças a avodá (serviço) que os cohanim realizavam no sagrado Mishcan, D'us manteria o mundo com vida. Precisamente o zechut (mérito) do Mishcan fazia o mundo existir.
Porque é importante estudar sobre o Mishcan
Embora hoje não tenhamos mais Mishcan nem Bet Hamicdash, é uma grande mitsvá estudar a planta e a forma do Mishcan e todas suas partes e receptáculos.
Nossos Sábios nos dizem que o profeta Yechezekel recebeu uma nevuá, profecia de D'us. Nesta nevuá lhe era mostrado a planta do Terceiro Bet Hamicdash, que será construído depois da chegada de Mashiach. D'us descreveu a Yechezekel a planta exata do Terceiro Bet Hamicdash; todas suas partes e medidas.>>Ezequiel 40-46
Yechezekel perguntou ao Criador: "Por que tenho que transmitir aos judeus esta profecia? De qualquer forma não podem construir o Bet Hamicdash agora. Deixe-me aguardar e lhes relatarei quando chegar o momento de construi-lo." Mas D'us respondeu a Yechezekel: "Não, não quero que aguardes. Se Benê Yisrael estudar agora os planos para a reconstrução do Bet Hamicdash, vou recompensá-los como se realmente o tivessem construído!" O mesmo se aplica a nós. Se estudarmos as plantas do Mishcan e do Bet Hamicdash, D'us nos recompensa como se estivéssemos realmente construindo uma sagrada Morada para Ele.
O que podemos fazer para que a Shechiná (Santidade) retorne a nosso meio
Na época em que existiam o Mishcan e o Bet Hamicdash, a Shechiná de D'us descia do céu e descansava no aron do Côdesh Hacodashim (Santo dos Santos). Depois da destruição do Bet Hamicdash, a Shechiná de D'us afastou-se deste mundo.
O que podemos fazer, pois, para que a Shechiná volte a ficar entre nós?
A resposta poderá ser encontrada em Pirkê Avot (3:6, em alguns sidurim é 3:7).
"Se dez pessoas se sentam juntas e estudam a Torá, a Shechiná de D'us vem repousar sobre elas. E também se cinco, três ou somente duas pessoas estudam juntas a Torá, a Shechiná repousa sobre elas. E até mesmo se um só judeu - em qualquer lugar da terra - se senta para estudar a Torá, a Shechiná repousa sobre ela."
Quanto mais pessoas sentarem e estudarem juntas a Torá, tanto maior será a medida de Shechiná que desce e pousa sobre elas. Cada um de nós tem o poder de fazer com que a Presença Divina retorne à terra de imediato!
D'us fornece o "antídoto"
Se alguém olhar rapidamente para a porção da Torá desta semana, Pecudê, pode perceber que há uma frase que parece se repetir muitas vezes. A Torá nos informa as partes do Mishcan foram construídas e montadas "como D'us tinha ordenado a Moshê", de acordo com as plantas e especificações delineadas e ensinadas a Moshê por D'us. De fato, esta frase aparece de uma forma ou de outra por dezoito vezes no decorrer de toda a porção da Torá.
Por que D'us achou necessário repetir tal detalhe tantas vezes?
Nossos rabinos ensinam que o Mishcan deveria servir como expiacão pelo horrível pecado do bezerro de ouro. Como sabemos, o povo judeu não teve inicialmente a intenção de que o bezerro fosse uma forma de idolatria. Era para ser um "elo" intermediário em sua adoração por D'us; um objeto tangível através do qual o serviço deles ao Criador pudesse ser ampliado e revitalizado. Eles acreditavam que isso fosse necessário porque erradamente pensaram que Moshê, seu representante perante D'us, tivesse morrido sobre a montanha.
Deixando de levar em consideração o segundo princípio dos Dez Mandamentos, "Não farás imagem esculpida," os Filhos de Israel usaram seu próprio julgamento, decidindo introduzir uma adição não solicitada a seu relacionamento com D'us. Foi por este erro de julgamento que o Criador reagiu tão zelosamente, ameaçando destruir toda a nação, porque o conceito de um único D'us é o dogma central e primário do Judaísmo.
D'us ordenou a construção do Mishcan para fornecer ao povo judeu uma estrutura física muito necessária para servirem a Ele, e também para fazer contraste ao bezerro de ouro que eles haviam recentemente idolatrado. A aparência exterior do Mishcan poderia parecer a um observador casual como sendo muito semelhante ao bezerro de ouro, pois várias de suas estruturas eram feitas de ouro puro, assim como o bezerro. Os querubins de ouro que repousavam sobre a Arca eram estruturas físicas magníficas.
Entretanto, com todas as semelhanças aparentes, a única grande dificuldade entre a catástrofe e a santificação estava na ordem de D'us a Moshê. O bezerro de ouro foi uma tentativa do povo de ganhar a proximidade Divina, através de seu método, deixando de levar em consideração que haviam sido advertidos clara e especificamente contra tal ação.
De forma oposta, a construção do Mishcan foi precipitada pela ordem e supervisão de D'us. Foi por esta razão que nossa porção da Torá repete e enfatiza, a cada passo da construção, que o Mishcan estava sendo feito "conforme D'us ordenou a Moshê."
Versículo 39:33-43
"E eles trouxeram o Santuário a Moshê, a tenda e todos os móveis, seus pegadores, suas pranchas, suas barras, seus pilares, seus alicerces… E Moshê viu toda a obra, e contemple, fizeram como D’us havia ordenado… e Moshê os abençoou…"
"E Moshê os abençoou" – Ele disse: "Que seja a vontade de D’us que Sua presença habitará na obra de suas mãos."
Comentário do Rashi
Freqüentemente, a pessoa sente-se inadequada face a um desafio espiritual e pode argumentar que simplesmente não está equipada para atingir "elevadas" conquistas. Por exemplo, pode argumentar que enquanto a perfeição de seu comportamento é uma questão de escolha e violação, ele carece da força mental e emocional de transformar seu caráter. Isso, ele afirma, é melhor deixado para indivíduos de uma estatura espiritual mais alta que ele próprio.
Diz a Torá: Faça a sua parte. Aplique-se a construir o edifício externo, e o Todo Poderoso providenciará a "alma" para ali habitar. Faça o melhor possível para transformar-se num recipiente adequado, e D’us irá enchê-lo com os recursos sublimes que agora lhe parecem tão fugidios.
Hipocrisia
Certa vez, chassidim foram até o Rabi Schneur Zalman de Liadi falar sobre o comportamento inadequado de um determinado indivíduo classificado como hipócrita. "Ele se considera um chassid," disseram ao Rebe, e "assumiu todos os tipos de costumes e práticas piedosas. Age como se fosse um verdadeiro santo. Mas é todo superficial – internamente, sua mente e seu coração são tão rudes e grosseiros como sempre."
"Bem," disse o Rebe, "neste caso, que ele encontre o final que o Talmud prediz para este tipo de pessoa."
Os 'informantes' ficaram desapontados. Tinham apenas desejado 'advertir' o Rebe sobre aquela pessoa. Mas agora, que tipo de calamidade havia o Rebe chamado sobre o homem?
Rabi Schneur Zalman explicou: "na mishná final do tratado Pe'á, o Talmud discute os critérios para um mendigo ser apto a receber caridade. A seção conclui com a advertência: ‘Aquele que não é manco ou cego mas age como se fosse, não morrerá de velhice até que se torne de fato cego ou manco.’
"Da mesma forma," concluiu o Rebe, "aquele que julga a si próprio ser mais do que é em assuntos de integridade e devoção, terminará por descobrir que aqueles traços se tornaram entranhados em seu caráter e em seu próprio ser."
Se na Torá está escrito que não devemos se quer proferir o nome de outros deuses, não seria avodá zará proferir o nome dos meses do calendário judaico, que na verdade tem origem no nome de deuses da Babilônia?
RESPOSTA:
Se você olhar na Torá, verá que os meses hebraicos não têm nomes. Em vez de nomes, têm números, contando a partir do mês de Nissan, que é descrito como "o primeiro mês" (Shemot 12:2).
Os nomes populares que usamos hoje em dia são de origem babilônica, adaptados pelos judeus em alguma época durante o Exílio na Babilônia, cerca de 400 antes da Era Comum.
Ironicamente, alguns destes são nomes de ídolos da Babilônia. Por exemplo, o mês de Tamuz (o quarto mês) é o nome de um ídolo que parecia (através de ilusão de ótica) como se estivesse chorando. Isso foi conseguido colocando-se chumbo mole no interior de seus olhos, e acendendo-se um pequeno fogo lá dentro, que derretia o chumbo. Isso explica a referência em Yechezkel 8:14: "Havia mulheres sentadas, fazendo o Tamuz chorar."
Há outras opiniões talmúdicas sobre o nome deste mês. Maimônides afirma que Tamuz foi um falso profeta que morreu no primeiro dia do mês. Como muitos pagãos comemoram o dia de sua morte, o mês inteiro tornou-se conhecido por aquele nome.
Rashi diz que o nome Tamuz é uma palavra aramaica que quer dizer "calor", pois este é um mês quente de verão (no Hemisfério norte) - veja Daniel 3:19.
Outro ponto interessante: Tamuz-17 era o nome do reator nuclear iraquiano destruído por Israel em 1981. Foi denominado assim porque 17 de Tamuz é o dia em que as muralhas de Jerusalém foram rompidas por Nabucodonosor (Nevuchadnetsar) antes da destruição do Primeiro Templo, e Sadam Hussein é famoso por gabar-se de ser o herdeiro da dinastia destronada de Nabucodonosor.
De qualquer forma, o nome Tamuz não significa exclusivamente um ídolo, portanto isto não nos impede a usar este nome.
Pêssach: um mandamento divino
No primeiro dia do mês de Nissan, duas semanas antes do Êxodo do Egito,
D'us disse a Moshê e Aharon: "Este mês será para vocês o começo dos meses; será o primeiro mês do ano para vocês. Vão e falem à toda a congregação de Israel: no décimo dia deste mês, cada homem deverá tomar um cordeiro, conforme a casa de seus pais, um cordeiro para cada família; e deverá mantê-lo até o décimo quarto dia do mesmo mês; e toda a assembléia da congregação de Israel deve abatê-lo ao anoitecer. Deverão pegar o sangue e transportá-lo para as casas onde deverão comê-lo. Comerão a carne naquela noite, tostada ao fogo, com pão ázimo; comê-lo-ão com ervas amargas... E não deixarão sobrar nada até a manhã; mas aquilo que sobrar até a manhã deverá ser queimado com fogo. E assim deverão comê-lo: com a cintura cingida, com sapatos nos pés e o cajado na mão; e devem comê-lo com pressa, - é o Pêssach do Senhor. E quando Eu vir o sangue, passarei sobre vocês, e não haverá praga que os destrua, quando Eu golpear a terra do Egito. E este dia será para vocês um memorial, e deverão celebrá-lo como uma festa do Senhor, através de todas as gerações.
".... vocês deverão comer pão ázimo, e jogar fora todo fermento de suas casas. E seus filhos dirão a vocês: O que isto significa? Vocês dirão: É o sacrifício de Pêssach a D'us, que passou sobre as casas dos filhos de Israel no Egito quando Ele golpeou os egípcios e poupou nossas moradas."
Tudo isso foi dito por Moshê aos filhos de Israel, e eles fizeram como D'us lhes ordenara.
Veio a meia-noite de quatorze para quinze de Nissan, e D'us golpeou todos os primogênitos na terra do Egito, do primeiro filho do faraó ao do prisioneiro nas masmorras; e todos os primogênitos dos animais, como Moshê havia avisado. Houve um lamento pungente e ensurdecedor, pois em cada casa um ente amado caíra golpeado de morte. Então o faraó procurou Moshê e Aharon naquela mesma noite, e lhes disse: "Levantem-se, saiam de perto de meu povo, vocês e os filhos de Israel; vão, sirvam ao Senhor como desejam; tomem seus rebanhos, como disseram, e vão, e me abençoem também." Finalmente o orgulho do Faraó fora quebrado.
Enquanto isso, os hebreus estavam se preparando para sua apressada partida. Com os corações batendo, reuniram-se em grupos para comer o cordeiro pascal. Participaram da refeição da meia-noite, preparada conforme as instruções de Moshê. As mulheres tiraram dos fornos os pães ázimos, que foram comidos com a carne grelhadas dos cordeiros. O sol já havia se erguido no horizonte quando, à palavra de comando, toda a nação dos hebreus avançou. Mas nem mesmo em meio ao perigo, esqueceram o penhor dado por seus ancestrais a Yossef, e carregaram seus restos mortais com eles, para enterrá-los mais tarde na Terra Prometida.
Dessa maneira os filhos de Israel foram libertados do jugo de seus opressores no dia 15 de Nissan, no ano 2448 após a criação do mundo. Havia 600.000 homens acima de 20 anos de idade que, com suas mulheres, crianças e rebanhos, cruzaram a fronteira do Egito para serem uma nação livre. Muitos egípcios e outros não-judeus juntaram-se aos triunfantes filhos de Israel, esperando partilhar de seu glorioso futuro. Os filhos de Israel não deixaram o Egito de mãos vazias. Além de seus próprios bens, os aterrorizados egípcios haviam entregado a eles seus valores em prata e ouro, vestimentas, num esforço de apressar sua partida. Dessa maneira D'us cumpriu em cada detalhe Sua promessa a Avraham de que seus descendentes deixariam o exílio com grandes riquezas em recompensa aos 210 anos de trabalhos forçados.
Liderando o povo judeu na sua jornada durante o dia havia uma coluna de nuvem, e à noite, uma coluna de fogo iluminando o caminho. Estes mensageiros Divinos não apenas guiavam os filhos de Israel, como também preparava o caminho à sua frente, tornando-o fácil e seguro.
Astrologia Judaica?
Outros Doze Signos do Céu
Sêfer Yetsirá, um dos primeiros livros judaicos jamais escritos, revela os segredos da Astrologia Judaica. Por toda a Torá, Talmud e Código da Lei Judaica existem descrições fascinantes de como D'us canaliza Sua força de vida em nosso mundo, através de corpos celestiais. Ao mesmo tempo, quando alguém está conectado à Torá e cumpre seus mandamentos, ele ou ela está diretamente plugado com o Sobrenatural, suplantando as influências das forças astrológicas.
Os filhos de Yaacov, que tornaram-se as Doze Tribos de Israel, são na verdade 12 raízes de alma diferentes, das quais descende o povo judeu. Estas raízes correspondem aos 12 signos do Zodíaco, os doze meses judaicos, as 12 letras do alfabeto hebraico, e aos doze atributos da alma, tais como visão, ira, fala e pensamento.
Temos a capacidade de nos aperfeiçoar a qualquer tempo, mas a Cabalá delineia algumas épocas mais auspiciosas para se trabalhar em determinados atributos. Por exemplo, os dias festivos judaicos não apenas comemoram eventos históricos, como são o resultado de forças e energias celestiais. No mês de Nissan, quando celebramos Pêssach, o atributo da fala está em evidência - concedendo-nos a força adicional para refinar nosso atributo da comunicação.
Segundo o mapa astrológico, o mês em que você nasceu indica uma força oculta que você deve desenvolver, ou uma fraqueza que pode superar; entretanto, você não está trancado na "personalidade" do seu mês. Cada um de nós recebe estas forças e fraquezas. Podemos refiná-las, uma a uma, durante o ciclo do ano judaico, assim como nos esforçamos por uma vida onde o físico, o mental e o emocional estejam integrados com o espiritual.
Outros Doze Signos do Céu
Sêfer Yetsirá, um dos primeiros livros judaicos jamais escritos, revela os segredos da Astrologia Judaica. Por toda a Torá, Talmud e Código da Lei Judaica existem descrições fascinantes de como D'us canaliza Sua força de vida em nosso mundo, através de corpos celestiais. Ao mesmo tempo, quando alguém está conectado à Torá e cumpre seus mandamentos, ele ou ela está diretamente plugado com o Sobrenatural, suplantando as influências das forças astrológicas.
Os filhos de Yaacov, que tornaram-se as Doze Tribos de Israel, são na verdade 12 raízes de alma diferentes, das quais descende o povo judeu. Estas raízes correspondem aos 12 signos do Zodíaco, os doze meses judaicos, as 12 letras do alfabeto hebraico, e aos doze atributos da alma, tais como visão, ira, fala e pensamento.
Temos a capacidade de nos aperfeiçoar a qualquer tempo, mas a Cabalá delineia algumas épocas mais auspiciosas para se trabalhar em determinados atributos. Por exemplo, os dias festivos judaicos não apenas comemoram eventos históricos, como são o resultado de forças e energias celestiais. No mês de Nissan, quando celebramos Pêssach, o atributo da fala está em evidência - concedendo-nos a força adicional para refinar nosso atributo da comunicação.
Segundo o mapa astrológico, o mês em que você nasceu indica uma força oculta que você deve desenvolver, ou uma fraqueza que pode superar; entretanto, você não está trancado na "personalidade" do seu mês. Cada um de nós recebe estas forças e fraquezas. Podemos refiná-las, uma a uma, durante o ciclo do ano judaico, assim como nos esforçamos por uma vida onde o físico, o mental e o emocional estejam integrados com o espiritua
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Áries (Nissan) |
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Este primeiro mês do Zodíaco Judaico é governado pela letra hê (h), o sopro da fala, a partir da qual evoluem todos os outros sons. Os seres humanos distinguem-se das outras criaturas pelo poder da fala, sua capacidade de comunicar seus pensamentos aos outros. Assim, "falar corretamente" é o início do crescimento espiritual. A celebração deste mês é Pêssach. Durante a refeição de Pêssach, empregamos nosso poder da fala para seu propósito mais elevado: comunicarmos a nossos filhos (e à criança que existe dentro de nós) a experiência da miraculosa presença de D'us em nossa vida e nossa história. A tribo deste mês é Yehudá, o líder real, do qual descendem os monarcas judeus. O sacrifício de Pêssach no Templo foi um cordeiro, o que reflete o signo de Áries. |
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Touro (Iyar) |
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Iyar é o mês entre nosso renascimento espiritual em Nissan e nossa nova maturidade - que atingimos ao receber a Torá - em Sivan. Da mesma forma, a letra deste mês, vav (v), representa a linha reta da verdade. O signo de Touro, representado pelo animal do mesmo nome, significa a individualidade e a teimosa devoção à esta verdade, o pré-requisito para a maturidade. Iyar é portanto o mês do "pensamento correto," o atributo no qual nos concentramos em preparação para receber a Torá. A tribo deste mês, Yissachar, destacava-se pela sua amorosa devoção ao estudo de Torá. |
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Gêmeos (Sivan) |
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Este é o mês do "movimento correto," de aprender como caminhar nas trilhas da Torá que recebemos novamente em Shavuot. A Torá é nossa arma contra o mal; este mês é governado pela letra zayin (z), que significa "arma." Andar nos caminhos da Torá é sintetizado pela tribo deste mês, Zevulum, a tribo de navegadores que apoiou a tribo Yissachar em seu estudo de Torá. Estes dois irmãos tinham carreiras diferentes mas trabalhavam juntos, simbolizados pelo signo astrológico de Gêmeos. O conceito de gêmeos também evoca a imagem das duas tábuas no Monte Sinai, e a associação de D'us e o povo judeu na Torá. |
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Câncer (Tamuz) |
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O mês é governado pela letra chet (ch), que significa "temor." Câncer, o caranguejo, é uma criatura passiva que tende a correr e esconder-se. O desafio dos meses do verão é usar nossas faculdades de pensamento, fala e ação de forma temente a D'us, e afastarmo-nos de situações que obstruam nossa consciência Divina. A conseqüência por negar nossa consciência Divina é a triste comemoração da destruição do Templo neste mês e no próximo. A tribo deste mês é Reuven, cujo nome origina-se da palavra para "visão," a faculdade que aperfeiçoamos neste mês. "Enxergar erradamente" leva à destruição e ao luto; através da "visão correta" aumentamos a santidade do mundo, concentrando-nos naquilo que é positivo. |
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Leão (Av) |
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Neste mês, cultivamos a "audição correta," mencionada no nome da tribo deste mês, Shimeon, que vem da palavra para "audição." A Nove de Av, pranteamos o Templo Sagrado, destruído por nações, Babilônia e Roma, que se assemelhavam a leões - daí a associação com o signo de leão. A letra que governa este mês, tet (t) tem o significado negativo de "areia movediça," mas é também a primeira letra da palavra "bom" (tov), pois podemos atingir os níveis mais elevados transformando os níveis mais baixos no bem. |
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Virgem (Elul) |
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Corrigir os atributos dos meses anteriores nos leva ao mês do retorno, Elul, quando nos concentramos na "ação correta." Fazemos um inventário e nos preparamos espiritualmente para as Grandes Festas. O desejo de atingir uma nova inocência em nosso relacionamento com D'us é expressado pelo signo deste mês, Virgem. A letra regente deste mês, yud (y), significa "mão," lembrando-nos que nosso sincero arrependimento por nossas falhas e resoluções para o futuro devem se refletir em nossas ações. A tribo deste mês, Gad, era formada de arqueiros que aperfeiçoaram a faculdade da ação, desafiando as forças do mal e conquistando a Terra de Israel. |
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Libra (Tishrei) |
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Neste mês do "sentimento correto," D'us pesa e avalia nossas ações passadas, determinando como Ele distribuirá as bênçãos da vida no ano vindouro. Isto está refletido pelo signo Libra, as balanças. A nova inocência, que introduzimos em nosso relacionamento com D'us durante o mês precedente de Elul, é agora realizada através de uma sucessão de dias festivos, começando com Rosh Hashaná. Tishrei é, portanto, o mês da união conjugal entre D'us e Israel. Este mês do "sentimento correto" é governado pela letra hebraica lamed (l), a primeira letra da palavra "coração" (lev). O nome da tribo deste mês, Efraim, significa "frutífero," expressando que nossa união com D'us tem repercussões positivas por todo o ano vindouro. |
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Escorpião (Cheshvan) |
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Em Cheshvan, integramos a inspiração de Tishrei à vida real. Não há dias festivos, somente a vida do dia-a-dia. O valor numérico da letra hebraica deste mês - nun (n) - é 50, indicando os 50 níveis de consciência Divina que podemos atingir quando estamos espiritualmente ativos, e os 50 níveis de impureza nos quais podemos afundar se deixarmos que a vida "simplesmente passe." O veneno do escorpião é frio, simbolizando o perigo de abordar a vida sem paixão. O nome da tribo deste mês, Menashe, também soletra "sopro" (neshimá), conectando-o ao sentido que refinamos neste mês, o olfato. O olfato é considerado o mais espiritual dos sentidos, indicando o potencial deste mês para um elevado senso de espiritualidade. |
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Sagitário (Kislev) |
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Durante este mês, trabalhamos em "correto relaxamento" ou sono, que resulta de nossa dedicação à "ação correta" durante nossas horas de atividade. O nome da letra deste mês, samech (s), significa "confiança." Nossa confiança verdadeira em D'us nos dá a certeza de afirmar nossa santidade e resistir àqueles que a desafiam. Isso está refletido na celebração de Chanucá, e o signo astrológico de Sagitário, o arqueiro. "Relaxamento correto," usando o descanso como um meio para a ação adequada, nos ajuda a canalizar nossos esforços ("mirando" nosso arco) na direção correta. Da mesma forma, a tribo deste mês, Binyamin. possuía valentes guerreiros. Seu território continha o local do Templo Sagrado, aonde nossas preces e sonhos são dirigidos. |
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Capricórnio (Tevet) |
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Este mês, cultivamos "a ira correta". O Talmud nos diz para sempre considerarmos os outros favoravelmente, e que a ira é algo que quase sempre deve ser evitado. Mas existe também uma ira positiva, o senso de o que rejeitar. O nome da tribo deste mês, Dan, significa "julgar." A letra deste mês, ayin, significa "olho". Temos dois olhos para discernir constantemente o que aceitar na vida, e o que rejeitar. A capacidade de constantemente rejeitar o negativo é simbolizada por Capricórnio, a cabra, conhecida por sua tenacidade. |
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Aquário (Shevat) |
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A festa deste mês, Tu Bishvat, é celebrada comendo-se frutos da árvore, refletindo o atributo deste mês, "alimentar-se corretamente." A letra deste mês, tsadic (ts), significa "justo," lembrando-nos do versículo "os justos alimentam-se para nutrir a alma." O verdadeiro teste de nossa espiritualidade é se tornamos a alimentação (e todas as nossas outras atividades mundanas) uma experiência espiritual, ou se nos rendemos à gratificação sensorial. Purificando nossas atitudes quanto à materialidade, tornamo-nos conduítes para distribuir a benevolência de D'us ao mundo. Isso está refletido no signo de Aquário, o distribuidor de água. O território de Asher, a tribo deste mês, produzia alimentos em abundância. |
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Peixes (Adar) |
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Os peixes vivem nos recessos ocultos do mar. A Festa principal deste mês é Purim, que celebra a mão oculta de D'us na história. A letra deste mês, cuf (c), significa "macaco". Reconhecemos que D'us está oculto ao fazermos máscaras em Purim, imitando (macaqueando) qualquer pessoa que quisermos. A celebração de Purim derruba as inibições que ocultam nossa essência interior. Normalmente, transformar o mal em santidade é um processo metódico. Entretanto, nossos Sábios ensinam que "o júbilo derruba todas as fronteiras". Através do "riso correto," atributo deste mês, transformamos obstáculos em oportunidades, um decreto para a destruição em um dia de celebração. Efetuamos esta transformação com a velocidade da tribo deste mês, Naftali, o mais rápido dos filhos de Yaacov. |
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O Shabat é um presente Divino, um dia destinado a renovação de nossas forças e energias e diretriz da semana que irá começar. Para alcançar essa inspiração, e descanso espiritual, a Torá instituiu uma série de trabalhos (melachá, pl., melachot), os quais somos proibidos de fazer no Shabat.
>>Os pontos Em cor Verde, São os mais apropriados e práticos. (Opinião Do site Monoteísta)
4. "Agrupar a colheita" - agrupar cereais, frutos ou vegetais no local onde cresceram.
7. "Selecionar e separar" alimento não utilizável (indesejado) do utilizável (desejado) ou separar de acordo com diferentes tipos. 8. "Moer" - desfazer algo sólido em pedaços muito pequenos. 9. "Peneirar" - separar alimento utilizável (desejado) do não utilizável (indesejado) por meio de peneira, coador ou similar. 10. "Fazer massa" - formar massa consistente, misturando ingredientes. 11. "Assar/cozinhar/fritar" - colocar alimento sobre fogo ou qualquer fonte de calor, como chama aberta, chapa elétrica, brasa, chapa de metal pré-aquecida ou até em banho-maria na panela que já esteve por cima do fogo ou da chapa. Exige-se muita prudência ao aquecer alimentos no Shabat para não chegar a transgredir esta proibição, que inclui inúmeros detalhes. *Não Preparar Comida durante o Shabat 12. "Tosquiar" - aparar pelos que cresceram no corpo do animal ou do homem. 13. "Lavar" - tornar tecido ou roupa mais limpo. 14. "Desembaraçar a lã não trabalhada". A lã extraída do carneiro quando tosado encontra-se embaraçada e repleta de elementos estranhos como terra e areia. Antigamente passava-se uma espécie de pente para retirar impurezas e desembaraçá-la. 15. "Tingir" - alterar ou fortificar a coloração. 16. "Fiar" - esticar e enrolar manual ou mecanicamente lã ou outra matéria prima já penteada e tingida. 17. "Esticar o fio para prepará-lo para tecer" - esticar os fios entre os dois extremos da roca (máquina de fiar). 18. "Passar o fio entre dois anéis". No tear, os fios são passados por vários anéis que se alternam entre si, subindo e descendo, para compor o tecido. 19. "Tecer" - entrelaçar fios no sentido horizontal por entre fios esticados verticalmente. Com este trabalho confecciona-se o tecido propriamente dito. 20. "Desfazer os fios a fim de retocá-los". 21. "Atar" - dar nó que não se desfaz facilmente. 22. "Desatar" - desfazer um nó (o qual não teria sido permitido fazer no Shabat). 23. "Costurar" - unir dois tecidos ou materiais em geral. 24. "Rasgar intencionando suturar" - rasgar qualquer material para uni-lo depois. 25. "Caçar" - aprisionar um animal vivo e impedir que se livre. 26. "Abater" - Tirar a vida de um animal. *Não Costurar, Lavar, Pescar ou caçar no Shabat
27. "Pelar o couro" - retirar pele de animal morto.
28. "Curtir o couro" - preparar couro, usando sal, cal, ou outros meios. 29. "Alisar o couro" - retirar pêlos e imperfeições do couro. 30. "Demarcar o couro" para cortá-lo. 31. "Cortar" seguindo uma certa medida. *Não trabalhar com Couro (Exeto para salvar sua vida)
32. "Escrever" ou esculpir letras, figuras ou sinais que sirvam como códigos de comunicação.
33. "Apagar" - anular qualquer escrita ou código comunicável com a intenção de reescrever no mesmo local. 34. "Construir" - ação ligada à montagem ou construção. 35. "Destruir ou demolir" com a intenção de reconstruir no local. 36. "Acender fogo" - aumentar, prolongar ou propagá-lo. 37. "Apagar fogo" ou diminui-lo. * Não fazer uso do fogo para trabalhar 38. "Terminar a manufatura de qualquer objeto" (denominado "bater com martelo", pois o ferreiro termina sua obra com uma última martelada) - dar o "toque final" para que um objeto possa ser utilizado. * Não Concluir trabalhos no Shabat
39. "Transportar de propriedade particular para pública e vice-versa" - transportar, jogar, entregar, empurrar ou fazer qualquer tipo de transferência de uma área de propriedade pública para uma de propriedade privada ou vice-versa, a não ser vestir roupas e outros adornos como kipá, óculos de grau, jóias, etc. Também é proibido carregar qualquer objeto num perímetro equivalente à distância de 1,92 m, em área de propriedade pública. * Não fazer mudanças trabalhos no Shabat a. A proibição de realizar no Shabat tarefas que destoam da santidade do dia; por exemplo um moÌnho cujo dono é judeu não pode funcionar no Shabat; não é permitido assistir TV, ao passar por um aparelho que esteja ligado mesmo que este não nos pertença. >>Os pontos Em cor Verde, São os mais apropriados e práticos. (Opinião Do site Monoteísta) Quem definiu que este é o (único) jeito certo? |
O Templo de Jerusalém (em hebraico בית המקדש, beit hamiqdash) é o nome dado ao principal centro de culto do povo de Israel, onde se realizavam as diversas ofertas e sacrifícios conhecidas como o korbanot.
Uma reconstituição do Templo de Salomão
O primeiro templo usado pelos hebreus foi o Tabernáculo, chamado de Templo do Senhor.
O Templo de Jerusalém situava-se no cume do Monte Moriá (também chamado Monte do Templo), no leste de Jerusalém.
De acordo com a Bíblia, o Primeiro Templo foi construído no local onde Abraão havia oferecido Isaque como sacrifício. O templo foi construído durante o reinado de Salomão, utilizando o material que havia sido acumulado em grande abundância por seu antecessor, oRei Davi. Após a construção do templo, ele permaneceu treze anos sem ser usado, por motivos desconhecidos. Foi saqueado várias vezes e acabou por ser totalmente incendiado e destruído por Nabucodonosor II, que levou todos seus tesouros para a Babilônia.
Pelos cálculos de James Ussher, a ordem para a construção do Primeiro Templo foi dada pelo Rei Davi em 1015 a.C.. As fundações do templo foram lançadas em 21 de Maio de 1012 a.C., no segundo dia do segundo mês (Zif), quatrocentos e oitenta anos depois da saída de Israel do Egito. A construção terminou em 1005 a.C., mas sua dedicação foi adiada até o ano seguinte, por este ser um ano dejubileu (o nono jubileu), e, segundo Ussher, exatamente três mil anos desde a criação do mundo.
O Segundo Templo foi reconstruído após o retorno do cativeiro na Babilônia, sob orientação de Zorobabel. O templo começou com um altar, feito no local onde havia o antigo templo, e suas fundações foram lançadas em 535 a.C.. Sua construção foi interrompida durante o reinado de Ciro, e retomada em 521 a.C., no segundo ano de Dario I. O templo foi consagrado em 516 a.C.. Diferentemente do Primeiro Templo, este templo não tinha a Arca da Aliança, o Urim e Tumim, o óleo sagrado, o fogo sagrado, a tábuas dos Dez Mandamentos, os vasos com Maná nem o cajado de Aarão. A novidade deste templo é que havia, na sua corte exterior, uma área para prosélitos que eram adoradores de Deus, mas sem se submeter às leis do Judaísmo.
Nos quinhentos anos desde o retorno, o templo havia sofrido bastante com o desgaste natural e com os ataques de exércitos inimigos.Herodes, querendo ganhar o apoio dos judeus, propôs restaurá-lo. As obras iniciaram-se em 18 a.C., e terminaram em 65. O templo foi destruído em 70.
Atualmente, o cume do Monte Moriá corresponde à região denominada Haram esh-Sherif. No centro, no local onde ficava o antigo templo, existe uma mesquita, chamada de Kubbet es-Sahkra (Domo da Rocha) ou Mesquita de Omar. No centro da mesquita existe uma rocha, onde são feitos sacrifícios.
O Segundo Templo foi o templo que o povo judeu construiu após o regresso a Jerusalém, finda a Cativeiro Babilónico, no mesmo local onde o Templo de Salomão existira antes de ser destruído. Foi destruído no ano 70 pelos romanos.1
Segundo o relato bíblico, a reconstrução do templo foi designada pelo imperador persa Ciro II.
No ano 539 a.C., Ciro apodera-se da Babilónia e ordena o repatriamento dos judeus mantidos em cativeiro e a reconstrução do seu templo, que, segundo a descrição presente no livro de Esdras (capítulo 1, versículos 1 a 4), terá tido lugar sob Zorobabel, sendo apoiada pelo funcionário Esdras e pelos profetas Zacarias e Ageu.
No século I a.C., Herodes o Grande ordena uma remodelação ao templo, considerada por muitos judeus como uma profanação, com o propósito de agradar a César, tendo mandar construir num dos vértices da muralha a Torre Antónia, uma guarnição romana que dava acesso directo ao interior do pátio do templo. Certos autores designam o templo após esta intervenção por "Terceiro Templo". não se podia mudar a arquitetura do templo, Deus havia dado o modelo a Davi, e ordenou que se seguisse o modelo pré-determinado por Ele. A mudança que Herodes fez simbolizava uma profanação para os judeus.
>>Pelas parashaiot já apresentadas, comprendemos que o Mashia precisa ser REI ( Governar sobre o povo de Israel);
>>O Mashia precisa restaurar o Templo, com Arca-da-Aliança contruída, por Betsael;
A profecia que confirma quem é o mashia, se faz em Ezequiel 36 com o ponto central no versículo 37, em que a arca da alinça é encontrda e devolvida ao templo;
Referente ao Rabino Yeshua/Jesus.
>>Ele não é Rei, Pois não governou sobre o povo de Israel;
>>Também não é profeta, pelo fato de cerca de 60% ou mais do povo hebreu viver em terra fora de Israe, é nação livre. O mesmo motivo que impediu de Esdras ser profeta, pois a maior parte do povo, preferiu não retornar para terra.
>>Como também não é sacerdote, pois um Cohanim segue a linhagem de Arão por parte do pai, e a de Jesus pela linhagem de Maria- O que impossibilita.
Yeshua/Jesus é um Rabino compromissado com a Toráh e sujeito as mesmas Leis, que também somos, o seu ensino é positivo, quando aponta para Torah e a Justiça desta.