Pekudey, פקודי

26/02/2014 02:53

 

Aspectos da 23ª

O texto desta Parashá é:

Pekudey, פקודי-(ÊXODO 38:21 - 40:38) >>Sigf. Recenseamentos

 

 

 

O texto da Haftará é:

 (Ez 45:16 - 46:18)

Salmo 73

 

Leitura da Torá: Parashat Pekudey, פקודי

 

        Esta semana lemos a Porção final de Shemot, um livro que começa com o povo judeu escravizado pelo faraó no Egito e agora termina com a compleição da construção do Mishcan no deserto.

        Os comentaristas referem-se a este segundo livro como o Livro da Redenção, e este é seu tema desde o início da Parashá Shemot até o final de Pecudê. A Redenção não foi conseguida somente ao escapar da escravidão; receber a Torá no Monte Sinai deu um propósito a esta liberdade, e o repouso da Presença de D'us entre Sua nação (o resultado da conclusão do Mishcan) assinala o clímax da salvação.

        A Parashá Pecudê começa com uma contabilidade completa do ouro, prata e cobre doados pelo povo para uso no Mishcan. A Torá prossegue descrevendo os tecidos e a confecção das várias vestes a serem usadas pelo Cohen Gadol (Sumo-sacerdote) durante o serviço. Após a inspeção de Moshê e aprovação dos muitos utensílios e partes desmontadas, Moshê estabelece o Mishcan em Rosh Chôdesh Nissan enquanto cada parte é ungida e colocada no lugar que lhe foi destinado. E como D'us havia prometido, Sua glória preenche o Mishcan.

Ordem no Tabernáculo

por Joshua Gottlieb

        "Não tenho tempo!" Esta declaração é a frase mais comum na sociedade atual. Temos muitas coisas para fazer durante o dia, e quando cai a noite estamos inevitavelmente atrasados com nossas tarefas. Como poderemos administrar melhor nosso tempo e realizar mais todos os dias?

        A respeito da construção do Mishcan, a porção desta semana da Torá declara: "Betsalel, filho de Uri que era filho de Chur, da tribo de Judá, fez tudo que D'us ordenou a Moshê" (Shemot 38:22). Este versículo provoca uma grande dúvida: Como Betsalel pôde fazer tudo que D'us ordenou a Moshê? Betsalel não estava presente quando D'us instruiu Moshê a construir o Mishcan!?

        Rashi, um do maiores comentaristas da Torá, explica que o versículo nos ensina que, através de Ruach Hacôdesh, inspiração Divina, Betsalel sabia até mesmo as coisas que Moshê não lhe dissera. Embora não estivesse presente quando D'us deu as ordens a Moshê, Betsalel ainda foi capaz de construir o Mishcan exatamente de acordo com as especificações de D'us. Rashi prova que Betsalel soube de tudo através do Ruach Hacôdesh pelo fato de que quando Moshê disse a Betsalel para primeiro fazer os utensílios do Mishcan, e apenas então construir a estrutura do Mishcan em si, Betsalel corrigiu Moshê e informou-o de que deveria ser feito do outro modo.

        O  versículo de fato nos ensina que Betsalel sabia como construir o Mishcan através de seu próprio Ruach Hacôdesh. Entretanto, ele refuta a prova de Rashi e insiste que, na realidade, Moshê disse tudo a Betsalel, na ordem correta.

        Por que é importante saber se a estrutura do Mishcan ou os utensílios foram feitos em primeiro lugar?

Os Sábios explicam que assim vemos a importância de colocarmos tudo em sua ordem correta. Jamais teremos tempo suficiente a cada dia para cumprir tudo aquilo que gostaríamos. Portanto, devemos estabelecer prioridades em nossa vida, para que possamos realizar tanto quanto possível com o tempo que nos foi reservado.

Moshê informa Benê Yisrael de como foram utilizadas as doações

    Betsalel, Oholiav e seus ajudantes haviam terminado de fazer o Mishcan e todos seus objetos. Somente faltava costurar os bigdei kehuná, as vestes dos cohanim.

    Moshê decidiu: "Calcularei exatamente a quantidade total de ouro, prata e cobre que foi doada, e informarei ao povo para qual objeto do Mishcan se utilizaram estes materiais. Não quero que ninguém suspeite que guardei uma parte de ouro ou prata para mim."

Moshê reuniu todos e se sentou. Colocou Betsalel e Oholiav a seu lado como testemunhas.

    Anunciou: "Calculei as quantidades totais de material que vocês doaram para o Mishcan e vou dizer-lhes para que objeto foram utilizados: Vocês doaram um total de 29 kikar (300 shêkel) e 730 shêkel de ouro. Doaram 100 kikar e 1775 shêkel de prata. Os 100 kikar de prata foram empregados para os 100 soquetes do Mishcan - um kikar para cada soquete".

    Nesse ponto Moshê parou e não continuou a falar. Não podia, porque ainda havia restado 1775 shêkel de prata, e Moshê não conseguia lembrar-se quais objetos haviam sido feitos com eles. Moshê ficou muito preocupado. Talvez alguém pensasse que ele havia desviado o restante da prata? Mas D'us ajudou Moshê, pois era o mais confiável e honesto dos homens, e Ele não queria que uma suspeita infundada recaísse sobre Moshê.

    "Os 1775 shêkel foram usados para os ganchos de prata e os ornamentos de prata em cima dos pilares do pátio!" - soou uma Voz Celestial. Cada pilar do pátio tinha um gancho de prata preso ao topo, no qual as cortinas que rodeavam o pátio eram presas com argolas.

    Moshê ficou tão feliz por D'us tê-lo livrado das falsas suspeitas que entoou quinze louvores a D'us:

"Tu serás louvado com cânticos e louvores; júbilo e música; força e domínio; vitória, grandeza e poder; elogios e glória; santidade e majestade; bênçãos e agradecimentos."

    Repetimos estes quinze louvores na prece de Yishtabach toda manhã.

    Moshê continuou a dizer ao povo: "Vocês doaram um total de 70 kikar e 2.400 shêkel de cobre. O cobre foi usado para fazer o altar de cobre, sua grade de cobre, e seus objetos. Foi também usado para fazer as cavilhas, os adanim, de cobre do pátio e as cavilhas do portão de entrada". Moshê também explicou ao povo que as lãs que haviam doado tinham sido usadas para fazer coberturas especiais para envolver os objetos do Mishcan antes de cada viagem.

Betsal'el, Oholiav e seus ajudantes costuram as bigdei kehuná

 

    Os únicos objetos que ainda faltavam para o Mishcan.eram as vestes dos cohanim. Betsalel, Oholiav e seus ajudantes as fizeram exatamente como D'us havia ordenado a Moshê. Eles teceram o êfod, o avental do cohen gadol, de uma meada com cinco linhas de diferentes cores. Uma das linhas era de ouro: este era obtido cortando o ouro em lâminas finas e depois em linhas.

    Betsalel e Oholiav teceram os choshên, o peitoral, cortaram as doze pedras preciosas que portava e gravaram sobre elas os nomes das doze tribos. Em seguida inseriram as pedras preciosas no material tecido. Betsalel e Oholiav também fizeram as demais bigdei kehuná seguindo exatamente as instruções de D'us: a cutonet, a camisa longa; o me'il, a jaqueta com sininhos; os chapéus, mitznêfet e migba'at; o avnet, cinturão, e o tsits, a faixa.

Um relato:

Como os bigdei kehuná (vestes) salvaram o Bet Hamicdash da destruição

 

    O reino do jovem imperador Alexandre Magno era imenso: governava sobre algumas partes da Europa, Ásia e África. E se propunha a conquistar todo o mundo! Seria muito ofensivo para o exército de Alexandre submeter-se ao pequeno país de Êrets Yisrael.

    Alexandre Magno sentiu-se incomodado com os soldados judeus, certa vez que lhes pedira para ajudá-lo em uma guerra. Os judeus se negaram, pois haviam feito um trato com outro imperador, o rei da Pérsia. Responderam, pois, a Alexandre, que não podiam enviar-lhe ajuda, caso o fizessem estariam violando o tratado com o rei da Pérsia.

    Porém, um grupo de inimigos dos judeus, os Cutim (samaritanos), que viviam em Êrets Yisrael, enviaram soldados em apoio a Alexandre Magno. E os Cutim falaram mal dos judeus a Alexandre Magno:

    "Os judeus pretendem rebelar-se contra ti!" - protestaram ao imperador. "Destrua seu Templo Sagrado e a cidade rebelde na qual encontra-se situado: Jerusalém!"

    Alexandre acreditou em suas palavras e concordou em destruir o Bet Hamicdash.

    Quando os judeus souberam disto, todos em Êrets Yisrael se entristeceram. Avisaram ao Cohen Gadol, Shimon, que Alexandre estava para destruir o Bet Hamicdash. Shimon sabia que somente uma medida drástica impediria que o exército de Alexandre conquistasse Jerusalém.

Shimon logo ficou sabendo que Alexandre e seus homens marchavam para Jerusalém. Vestido com as oito vestes de Cohen Gadol saiu ao encontro de Alexandre. Ia acompanhado das grandes figuras de Jerusalém e de jovens cohanim com tochas acesas. Shimon e seu grupo marcharam durante toda a noite e na manhã seguinte se aproximaram dos homens de Alexandre.

    "Quem são estas pessoas?" - perguntou o imperador aos Cutim.

    "São os judeus que se rebelam contra ti, Majestade", responderam.

    Quando Alexandre se encontrou frente a frente com Shimon, aconteceu algo espantoso: o imperador famoso no mundo inteiro, perante quem todos se inclinavam, desceu do cavalo e fez uma profunda reverência ante o adornado e resplandecente tsadic (homem justo).

    Seus homens não acreditaram no que viam.

    "Por que tu, Alexandre Magno, deverias te inclinar perante este judeu?" - perguntaram ao imperador. Alexandre explicou: "Na noite antes de cada batalha, se este homem me aparecesse em sonhos, ganharíamos esta batalha no dia seguinte. Este homem, que parece um anjo, ajudou-me a ganhar minhas guerras!"

    Alexandre perguntou a Shimon: "Por que saíste ao meu encontro?"

    Shimon respondeu" "Soubemos que desejas destruir nosso Bet Hamicdash. Porém, não compreendes que é neste Templo Sagrado que rezamos sempre a D'us para que tenhas êxito nas tuas batalhas. Nossos inimigos te enganaram e te deram falsas informações sobre nós!"

    "Quem são teus inimigos?" - perguntou Alexandre.

    "Os Cutim", respondeu Shimon.

    "Neste caso," disse Alexandre, "decreto que faças com eles o que quiseres."

    O Bet Hamicdash e Jerusalém salvaram-se da destruição graças a Alexandre ter ficado tão impressionado pelo aspecto de Shimon, vestido com suas gloriosas bigdei kehuná (vestes).

    Em geral, não é permitido usar as bigdei kehuná fora do Bet Hamicdash. Mas neste caso, Shimon abriu uma exceção, pois o Templo e as vidas dos judeus corriam perigo. Segundo outra opinião de nossos Sábios, as vestes usadas por Shimon eram exatamente iguais na aparência às bigdei kehuná, mas não eram sagradas. Eram apenas uma imitação das vestes dos cohanim, mas não haviam sido feitas para que os cohanim as usassem no Bet Hamicdash.

    Moshê arma o Mishcan

 

    O povo de Israel levou até Moshê as partes do Mishcan que havia feito. Quando Moshê as conferiu, viu que Benê Yisrael havia feito tudo exatamente como D'us tinha lhes ordenado. Abençoou-os do seguinte modo: "Que a Shechiná (Santidade) de D'us habite no Mishcan que vocês fizeram!"

    As tarefas relacionadas com o Mishcan foram terminadas a 25 de Kislêv do ano 2448. Não obstante, D'us ordenou a Moshê: "Aguarda outros três meses antes de armá-lo." Como D'us pulou o dia 25 de Kislêv e não dedicou o Mishcan neste dia, disse: "Farei uma dedicação diferente nesta data de 25 de Kislêv; os Chashmonaim renovarão o Segundo Bet Hamicdash; será o primeiro dia de Chanucá".

    D'us ordenou a Moshê que aguardasse até Rosh Chôdesh Nissan para armar o Mishcan, pois Nissan é um mês de júbilo. Em Nissan, Avraham ficou sabendo que Yitschac nasceria; em Nissan, os judeus foram redimidos do Egito e em Nissan seremos redimidos no futuro.

    Quando chegou o momento de armar o Mishcan os grandes homens de Klal Yisrael trataram de levantar suas vigas. Mas para sua grande surpresa, não puderam fazê-lo. Assim que as encaixavam, se soltavam! Foram, pois, a Betsalel e Oholiav e lhes disseram: "Talvez vocês devam armar o Mishcan já que foram vocês que o construíram." Betsalel e Oholiav também tentaram armá-lo, mas as vigas se soltavam.

    Por que D'us permitiu que isso sucedesse? Viu que Moshê estava com o coração apertado, pois não lhe havia permitido construir nenhum objeto do Mishcan. D'us decidiu que, em troca, concederia a Moshê a honra de armar todo o Mishcan.

    "Veja D'us", - disse Moshê: " Ninguém consegue armar as vigas do Mishcan!"

    "Não se preocupe", D'us respondeu a Moshê: "Tente você".

    Um milagre aconteceu: Moshê foi pegando as vigas do Mishcan e parecia que ele as estava armando, mas na verdade elas estavam se encaixando sozinhas.

    Quando as paredes e a cobertura do Mishcan estavam armadas, Moshê trouxe as luchot (tábuas) que havia guardado numa caixa de madeira em sua tenda, e as pôs no aron. Então, cobriu o aron com o capôret (coberta). Colocou o shulchan (mesa) no Mishcan e pôs o lêchem hapanim (pão) sobre o shulchan (mesa). Colocou a menorá junto ao shulchan. No pátio do Mishcan, pôs o mizbêach haolá (altar) e o kiyor (lavabo). Assim que o Mishcan estava armado sobre a terra, D'us ordenou aos anjos do céu: "Armem um Mishcan no céu, idêntico ao da terra!"

A Shechiná (Santidade) desce e se estabelece no Mishcan

 

    Em Rosh Chôdesh Nissan, quando o Mishcan estava armado e pronto, as nuvens de D'us o rodearam por todos os lados e por cima. O interior também estava preenchido por uma nuvem, e nela repousava a Shechiná de D'us. Assim, D'us demonstrou a seu povo que se havia estabelecido no Mishcan. Em seguida, a Shechiná de D'us pousou no aron do Côdesh Hacodashim (Santo dos Santos).

    Sabem o que significa a palavra Mishcan?

    Origina-se da raiz "lishcon", descansar. Mishcan significa descanso para a Shechiná.

    A Torá, no princípio desta Parashá, chama o Mishcan de Mishcan Haedut do testemunho. Que tipo de testemunho era? O que atestava?

    O Mishcan era uma prova de que D'us havia perdoado Benê Yisrael por ter feito um bezerro de ouro. D'us havia retirado Sua Shechiná quando eles pecaram; Suas nuvens de glória desapareceram e reapareceram no dia em que começaram a trabalhar no Mishcan. O Mishcan era um sinal de amor de D'us pelo Povo de Israel; um sinal de que Ele estava sempre entre eles.

Construir o Mishcan é tão importante como criar o mundo

 

    O Mishcan de D'us era tão importante como a criação do mundo. Vemos na Torá que ambos se assemelham:

 

_No primeiro dia da Criação D'us estendeu o céu como uma cortina. De maneira análoga, D'us ordenou: "Estendereis cortinas sobre o Mishcan".

_No segundo dia da Criação D'us disse: "Que se estabeleça o céu para separar as águas superiores das águas inferiores." No Mishcan, o parôchet (cortina) separava o Côdesh Hacodashim (Santo dos Santos) do côdesh.

_No terceiro dia da Criação D'us ordenou: "Que se reúna toda a água". No Mishcan D'us ordenou: "Fareis um kiyor (lavabo) onde juntareis água."

_No quarto dia da Criação, D'us ordenou: "Que o sol, a lua e as estrelas fiquem fixas no céu." No Mishcan havia uma menorá de ouro que irradiava luz.

_No quinto dia da Criação, D'us criou os peixes e as aves. No Mishcan (tabernáculo) havia keruvim (anjos) com as asas abertas.

_No sexto dia, D'us criou Adam e o pôs no Gan Eden. No Mishcan, D'us ordenou: "Que Aharon seja Meu Cohen Gadol e entre na seção do Côdesh Hacodashim."

 

    Poderíamos dizer que de certa forma, Aharon foi ainda maior que o primeiro homem, Adam. Pois quando Adam pecou, D'us o expulsou do Gan Eden; porém, apesar do pecado do bezerro de ouro, D'us permitiu a Aharon entrar no Mishcan.

 

_O sétimo dia, Shabat, foi bendito por D'us e santificado. Da mesma maneira, quando o Mishcan estava terminado, Moshê bendisse os judeus e ungiu o Mishcan e seus receptáculos com shêmen hamishchá (óleo para unção) para santificá-lo.

 

    Também comparamos o Mishcan com o mundo ao comparar a seção Côdesh Hacodashim (Santo dos Santos) com o céu e a seção côdesh com a terra. A Shechiná de D'us repousava no aron do Côdesh Hacodashim, assim como repousa nos céus. E a seção côdesh tinha um shulchan, uma mesa com comida, do mesmo modo que a terra produz alimentos.

    Por que D'us ordenou que se construísse o Mishcan de maneira semelhante à terra? Para demonstrar que, graças a avodá (serviço) que os cohanim realizavam no sagrado Mishcan, D'us manteria o mundo com vida. Precisamente o zechut (mérito) do Mishcan fazia o mundo existir.

Porque é importante estudar sobre o Mishcan

 

    Embora hoje não tenhamos mais Mishcan nem Bet Hamicdash, é uma grande mitsvá estudar a planta e a forma do Mishcan e todas suas partes e receptáculos.

    Nossos Sábios nos dizem que o profeta Yechezekel recebeu uma nevuá, profecia de D'us. Nesta nevuá lhe era mostrado a planta do Terceiro Bet Hamicdash, que será construído depois da chegada de Mashiach. D'us descreveu a Yechezekel a planta exata do Terceiro Bet Hamicdash; todas suas partes e medidas.>>Ezequiel 40-46

    Yechezekel perguntou ao Criador: "Por que tenho que transmitir aos judeus esta profecia? De qualquer forma não podem construir o Bet Hamicdash agora. Deixe-me aguardar e lhes relatarei quando chegar o momento de construi-lo." Mas D'us respondeu a Yechezekel: "Não, não quero que aguardes. Se Benê Yisrael estudar agora os planos para a reconstrução do Bet Hamicdash, vou recompensá-los como se realmente o tivessem construído!" O mesmo se aplica a nós. Se estudarmos as plantas do Mishcan e do Bet Hamicdash, D'us nos recompensa como se estivéssemos realmente construindo uma sagrada Morada para Ele.

O que podemos fazer para que a Shechiná (Santidade) retorne a nosso meio

 

    Na época em que existiam o Mishcan e o Bet Hamicdash, a Shechiná de D'us descia do céu e descansava no aron do Côdesh Hacodashim (Santo dos Santos). Depois da destruição do Bet Hamicdash, a Shechiná de D'us afastou-se deste mundo.

    O que podemos fazer, pois, para que a Shechiná volte a ficar entre nós?

    A resposta poderá ser encontrada em Pirkê Avot (3:6, em alguns sidurim é 3:7).

"Se dez pessoas se sentam juntas e estudam a Torá, a Shechiná de D'us vem repousar sobre elas. E também se cinco, três ou somente duas pessoas estudam juntas a Torá, a Shechiná repousa sobre elas. E até mesmo se um só judeu - em qualquer lugar da terra - se senta para estudar a Torá, a Shechiná repousa sobre ela."

    Quanto mais pessoas sentarem e estudarem juntas a Torá, tanto maior será a medida de Shechiná que desce e pousa sobre elas. Cada um de nós tem o poder de fazer com que a Presença Divina retorne à terra de imediato!

 

D'us fornece o "antídoto"

 

    Se alguém olhar rapidamente para a porção da Torá desta semana, Pecudê, pode perceber que há uma frase que parece se repetir muitas vezes. A Torá nos informa as partes do Mishcan foram construídas e montadas "como D'us tinha ordenado a Moshê", de acordo com as plantas e especificações delineadas e ensinadas a Moshê por D'us. De fato, esta frase aparece de uma forma ou de outra por dezoito vezes no decorrer de toda a porção da Torá.

    Por que D'us achou necessário repetir tal detalhe tantas vezes?

    Nossos rabinos ensinam que o Mishcan deveria servir como expiacão pelo horrível pecado do bezerro de ouro. Como sabemos, o povo judeu não teve inicialmente a intenção de que o bezerro fosse uma forma de idolatria. Era para ser um "elo" intermediário em sua adoração por D'us; um objeto tangível através do qual o serviço deles ao Criador pudesse ser ampliado e revitalizado. Eles acreditavam que isso fosse necessário porque erradamente pensaram que Moshê, seu representante perante D'us, tivesse morrido sobre a montanha.

    Deixando de levar em consideração o segundo princípio dos Dez Mandamentos, "Não farás imagem esculpida," os Filhos de Israel usaram seu próprio julgamento, decidindo introduzir uma adição não solicitada a seu relacionamento com D'us. Foi por este erro de julgamento que o Criador reagiu tão zelosamente, ameaçando destruir toda a nação, porque o conceito de um único D'us é o dogma central e primário do Judaísmo.

    D'us ordenou a construção do Mishcan para fornecer ao povo judeu uma estrutura física muito necessária para servirem a Ele, e também para fazer contraste ao bezerro de ouro que eles haviam recentemente idolatrado. A aparência exterior do Mishcan poderia parecer a um observador casual como sendo muito semelhante ao bezerro de ouro, pois várias de suas estruturas eram feitas de ouro puro, assim como o bezerro. Os querubins de ouro que repousavam sobre a Arca eram estruturas físicas magníficas.

    Entretanto, com todas as semelhanças aparentes, a única grande dificuldade entre a catástrofe e a santificação estava na ordem de D'us a Moshê. O bezerro de ouro foi uma tentativa do povo de ganhar a proximidade Divina, através de seu método, deixando de levar em consideração que haviam sido advertidos clara e especificamente contra tal ação.

    De forma oposta, a construção do Mishcan foi precipitada pela ordem e supervisão de D'us. Foi por esta razão que nossa porção da Torá repete e enfatiza, a cada passo da construção, que o Mishcan estava sendo feito "conforme D'us ordenou a Moshê."

Versículo 39:33-43

 

"E eles trouxeram o Santuário a Moshê, a tenda e todos os móveis, seus pegadores, suas pranchas, suas barras, seus pilares, seus alicerces… E Moshê viu toda a obra, e contemple, fizeram como D’us havia ordenado… e Moshê os abençoou…"
"E Moshê os abençoou" – Ele disse: "Que seja a vontade de D’us que Sua presença habitará na obra de suas mãos."

Comentário do Rashi

Freqüentemente, a pessoa sente-se inadequada face a um desafio espiritual e pode argumentar que simplesmente não está equipada para atingir "elevadas" conquistas. Por exemplo, pode argumentar que enquanto a perfeição de seu comportamento é uma questão de escolha e violação, ele carece da força mental e emocional de transformar seu caráter. Isso, ele afirma, é melhor deixado para indivíduos de uma estatura espiritual mais alta que ele próprio.
    Diz a Torá: Faça a sua parte. Aplique-se a construir o edifício externo, e o Todo Poderoso providenciará a "alma" para ali habitar. Faça o melhor possível para transformar-se num recipiente adequado, e D’us irá enchê-lo com os recursos sublimes que agora lhe parecem tão fugidios.

Hipocrisia

 

    Certa vez, chassidim foram até o Rabi Schneur Zalman de Liadi falar sobre o comportamento inadequado de um determinado indivíduo classificado como hipócrita. "Ele se considera um chassid," disseram ao Rebe, e "assumiu todos os tipos de costumes e práticas piedosas. Age como se fosse um verdadeiro santo. Mas é todo superficial – internamente, sua mente e seu coração são tão rudes e grosseiros como sempre."

"Bem," disse o Rebe, "neste caso, que ele encontre o final que o Talmud prediz para este tipo de pessoa."

    Os 'informantes' ficaram desapontados. Tinham apenas desejado 'advertir' o Rebe sobre aquela pessoa. Mas agora, que tipo de calamidade havia o Rebe chamado sobre o homem?
Rabi Schneur Zalman explicou: "na mishná final do tratado Pe'á, o Talmud discute os critérios para um mendigo ser apto a receber caridade. A seção conclui com a advertência: ‘Aquele que não é manco ou cego mas age como se fosse, não morrerá de velhice até que se torne de fato cego ou manco.’

"Da mesma forma," concluiu o Rebe, "aquele que julga a si próprio ser mais do que é em assuntos de integridade e devoção, terminará por descobrir que aqueles traços se tornaram entranhados em seu caráter e em seu próprio ser."

 

Se na Torá está escrito que não devemos se quer proferir o nome de outros deuses, não seria avodá zará proferir o nome dos meses do calendário judaico, que na verdade tem origem no nome de deuses da Babilônia?

RESPOSTA:

    Se você olhar na Torá, verá que os meses hebraicos não têm nomes. Em vez de nomes, têm números, contando a partir do mês de Nissan, que é descrito como "o primeiro mês" (Shemot 12:2).

    Os nomes populares que usamos hoje em dia são de origem babilônica, adaptados pelos judeus em alguma época durante o Exílio na Babilônia, cerca de 400 antes da Era Comum.

    Ironicamente, alguns destes são nomes de ídolos da Babilônia. Por exemplo, o mês de Tamuz (o quarto mês) é o nome de um ídolo que parecia (através de ilusão de ótica) como se estivesse chorando. Isso foi conseguido colocando-se chumbo mole no interior de seus olhos, e acendendo-se um pequeno fogo lá dentro, que derretia o chumbo. Isso explica a referência em Yechezkel 8:14: "Havia mulheres sentadas, fazendo o Tamuz chorar."

    Há outras opiniões talmúdicas sobre o nome deste mês. Maimônides afirma que Tamuz foi um falso profeta que morreu no primeiro dia do mês. Como muitos pagãos comemoram o dia de sua morte, o mês inteiro tornou-se conhecido por aquele nome.

    Rashi diz que o nome Tamuz é uma palavra aramaica que quer dizer "calor", pois este é um mês quente de verão (no Hemisfério norte) - veja Daniel 3:19.

    Outro ponto interessante: Tamuz-17 era o nome do reator nuclear iraquiano destruído por Israel em 1981. Foi denominado assim porque 17 de Tamuz é o dia em que as muralhas de Jerusalém foram rompidas por Nabucodonosor (Nevuchadnetsar) antes da destruição do Primeiro Templo, e Sadam Hussein é famoso por gabar-se de ser o herdeiro da dinastia destronada de Nabucodonosor.

    De qualquer forma, o nome Tamuz não significa exclusivamente um ídolo, portanto isto não nos impede a usar este nome.

Pêssach: um mandamento divino

    

    No primeiro dia do mês de Nissan, duas semanas antes do Êxodo do Egito,

    D'us disse a Moshê e Aharon: "Este mês será para vocês o começo dos meses; será o primeiro mês do ano para vocês. Vão e falem à toda a congregação de Israel: no décimo dia deste mês, cada homem deverá tomar um cordeiro, conforme a casa de seus pais, um cordeiro para cada família; e deverá mantê-lo até o décimo quarto dia do mesmo mês; e toda a assembléia da congregação de Israel deve abatê-lo ao anoitecer. Deverão pegar o sangue e transportá-lo para as casas onde deverão comê-lo. Comerão a carne naquela noite, tostada ao fogo, com pão ázimo; comê-lo-ão com ervas amargas... E não deixarão sobrar nada até a manhã; mas aquilo que sobrar até a manhã deverá ser queimado com fogo. E assim deverão comê-lo: com a cintura cingida, com sapatos nos pés e o cajado na mão; e devem comê-lo com pressa, - é o Pêssach do Senhor. E quando Eu vir o sangue, passarei sobre vocês, e não haverá praga que os destrua, quando Eu golpear a terra do Egito. E este dia será para vocês um memorial, e deverão celebrá-lo como uma festa do Senhor, através de todas as gerações.

".... vocês deverão comer pão ázimo, e jogar fora todo fermento de suas casas. E seus filhos dirão a vocês: O que isto significa? Vocês dirão: É o sacrifício de Pêssach a D'us, que passou sobre as casas dos filhos de Israel no Egito quando Ele golpeou os egípcios e poupou nossas moradas."

    Tudo isso foi dito por Moshê aos filhos de Israel, e eles fizeram como D'us lhes ordenara.

    Veio a meia-noite de quatorze para quinze de Nissan, e D'us golpeou todos os primogênitos na terra do Egito, do primeiro filho do faraó ao do prisioneiro nas masmorras; e todos os primogênitos dos animais, como Moshê havia avisado. Houve um lamento pungente e ensurdecedor, pois em cada casa um ente amado caíra golpeado de morte. Então o faraó procurou Moshê e Aharon naquela mesma noite, e lhes disse: "Levantem-se, saiam de perto de meu povo, vocês e os filhos de Israel; vão, sirvam ao Senhor como desejam; tomem seus rebanhos, como disseram, e vão, e me abençoem também."     Finalmente o orgulho do Faraó fora quebrado.

    Enquanto isso, os hebreus estavam se preparando para sua apressada partida. Com os corações batendo, reuniram-se em grupos para comer o cordeiro pascal. Participaram da refeição da meia-noite, preparada conforme as instruções de Moshê. As mulheres tiraram dos fornos os pães ázimos, que foram comidos com a carne grelhadas dos cordeiros. O sol já havia se erguido no horizonte quando, à palavra de comando, toda a nação dos hebreus avançou. Mas nem mesmo em meio ao perigo, esqueceram o penhor dado por seus ancestrais a Yossef, e carregaram seus restos mortais com eles, para enterrá-los mais tarde na Terra Prometida.

    Dessa maneira os filhos de Israel foram libertados do jugo de seus opressores no dia 15 de Nissan, no ano 2448 após a criação do mundo. Havia 600.000 homens acima de 20 anos de idade que, com suas mulheres, crianças e rebanhos, cruzaram a fronteira do Egito para serem uma nação livre.     Muitos egípcios e outros não-judeus juntaram-se aos triunfantes filhos de Israel, esperando partilhar de seu glorioso futuro. Os filhos de Israel não deixaram o Egito de mãos vazias. Além de seus próprios bens, os aterrorizados egípcios haviam entregado a eles seus valores em prata e ouro, vestimentas, num esforço de apressar sua partida. Dessa maneira D'us cumpriu em cada detalhe Sua promessa a Avraham de que seus descendentes deixariam o exílio com grandes riquezas em recompensa aos 210 anos de trabalhos forçados.

    Liderando o povo judeu na sua jornada durante o dia havia uma coluna de nuvem, e à noite, uma coluna de fogo iluminando o caminho. Estes mensageiros Divinos não apenas guiavam os filhos de Israel, como também preparava o caminho à sua frente, tornando-o fácil e seguro.

Astrologia Judaica?

Outros Doze Signos do Céu

    Sêfer Yetsirá, um dos primeiros livros judaicos jamais escritos, revela os segredos da Astrologia Judaica. Por toda a Torá, Talmud e Código da Lei Judaica existem descrições fascinantes de como D'us canaliza Sua força de vida em nosso mundo, através de corpos celestiais. Ao mesmo tempo, quando alguém está conectado à Torá e cumpre seus mandamentos, ele ou ela está diretamente plugado com o Sobrenatural, suplantando as influências das forças astrológicas.

    Os filhos de Yaacov, que tornaram-se as Doze Tribos de Israel, são na verdade 12 raízes de alma diferentes, das quais descende o povo judeu. Estas raízes correspondem aos 12 signos do Zodíaco, os doze meses judaicos, as 12 letras do alfabeto hebraico, e aos doze atributos da alma, tais como visão, ira, fala e pensamento.

    Temos a capacidade de nos aperfeiçoar a qualquer tempo, mas a Cabalá delineia algumas épocas mais auspiciosas para se trabalhar em determinados atributos. Por exemplo, os dias festivos judaicos não apenas comemoram eventos históricos, como são o resultado de forças e energias celestiais. No mês de Nissan, quando celebramos Pêssach, o atributo da fala está em evidência - concedendo-nos a força adicional para refinar nosso atributo da comunicação.

    Segundo o mapa astrológico, o mês em que você nasceu indica uma força oculta que você deve desenvolver, ou uma fraqueza que pode superar; entretanto, você não está trancado na "personalidade" do seu mês. Cada um de nós recebe estas forças e fraquezas. Podemos refiná-las, uma a uma, durante o ciclo do ano judaico, assim como nos esforçamos por uma vida onde o físico, o mental e o emocional estejam integrados com o espiritual.

Outros Doze Signos do Céu

    Sêfer Yetsirá, um dos primeiros livros judaicos jamais escritos, revela os segredos da Astrologia Judaica. Por toda a Torá, Talmud e Código da Lei Judaica existem descrições fascinantes de como D'us canaliza Sua força de vida em nosso mundo, através de corpos celestiais. Ao mesmo tempo, quando alguém está conectado à Torá e cumpre seus mandamentos, ele ou ela está diretamente plugado com o Sobrenatural, suplantando as influências das forças astrológicas.

    Os filhos de Yaacov, que tornaram-se as Doze Tribos de Israel, são na verdade 12 raízes de alma diferentes, das quais descende o povo judeu. Estas raízes correspondem aos 12 signos do Zodíaco, os doze meses judaicos, as 12 letras do alfabeto hebraico, e aos doze atributos da alma, tais como visão, ira, fala e pensamento.

    Temos a capacidade de nos aperfeiçoar a qualquer tempo, mas a Cabalá delineia algumas épocas mais auspiciosas para se trabalhar em determinados atributos. Por exemplo, os dias festivos judaicos não apenas comemoram eventos históricos, como são o resultado de forças e energias celestiais. No mês de Nissan, quando celebramos Pêssach, o atributo da fala está em evidência - concedendo-nos a força adicional para refinar nosso atributo da comunicação.

    Segundo o mapa astrológico, o mês em que você nasceu indica uma força oculta que você deve desenvolver, ou uma fraqueza que pode superar; entretanto, você não está trancado na "personalidade" do seu mês. Cada um de nós recebe estas forças e fraquezas. Podemos refiná-las, uma a uma, durante o ciclo do ano judaico, assim como nos esforçamos por uma vida onde o físico, o mental e o emocional estejam integrados com o espiritua

 

 

Áries (Nissan)

 

    Este primeiro mês do Zodíaco Judaico é governado pela letra hê (h), o sopro da fala, a partir da qual evoluem todos os outros sons. Os seres humanos distinguem-se das outras criaturas pelo poder da fala, sua capacidade de comunicar seus pensamentos aos outros. Assim, "falar corretamente" é o início do crescimento espiritual. A celebração deste mês é Pêssach. Durante a refeição de Pêssach, empregamos nosso poder da fala para seu propósito mais elevado: comunicarmos a nossos filhos (e à criança que existe dentro de nós) a experiência da miraculosa presença de D'us em nossa vida e nossa história. A tribo deste mês é Yehudá, o líder real, do qual descendem os monarcas judeus. O sacrifício de Pêssach no Templo foi um cordeiro, o que reflete o signo de Áries.

 

Touro (Iyar)

 

    Iyar é o mês entre nosso renascimento espiritual em Nissan e nossa nova maturidade - que atingimos ao receber a Torá - em Sivan. Da mesma forma, a letra deste mês, vav (v), representa a linha reta da verdade. O signo de Touro, representado pelo animal do mesmo nome, significa a individualidade e a teimosa devoção à esta verdade, o pré-requisito para a maturidade. Iyar é portanto o mês do "pensamento correto," o atributo no qual nos concentramos em preparação para receber a Torá. A tribo deste mês, Yissachar, destacava-se pela sua amorosa devoção ao estudo de Torá.

 

Gêmeos (Sivan)

 

Este é o mês do "movimento correto," de aprender como caminhar nas trilhas da Torá que recebemos novamente em Shavuot. A Torá é nossa arma contra o mal; este mês é governado pela letra zayin (z), que significa "arma." Andar nos caminhos da Torá é sintetizado pela tribo deste mês, Zevulum, a tribo de navegadores que apoiou a tribo Yissachar em seu estudo de Torá. Estes dois irmãos tinham carreiras diferentes mas trabalhavam juntos, simbolizados pelo signo astrológico de Gêmeos. O conceito de gêmeos também evoca a imagem das duas tábuas no Monte Sinai, e a associação de D'us e o povo judeu na Torá.

 

Câncer (Tamuz)

 

O mês é governado pela letra chet (ch), que significa "temor." Câncer, o caranguejo, é uma criatura passiva que tende a correr e esconder-se. O desafio dos meses do verão é usar nossas faculdades de pensamento, fala e ação de forma temente a D'us, e afastarmo-nos de situações que obstruam nossa consciência Divina. A conseqüência por negar nossa consciência Divina é a triste comemoração da destruição do Templo neste mês e no próximo. A tribo deste mês é Reuven, cujo nome origina-se da palavra para "visão," a faculdade que aperfeiçoamos neste mês. "Enxergar erradamente" leva à destruição e ao luto; através da "visão correta" aumentamos a santidade do mundo, concentrando-nos naquilo que é positivo.

 

Leão (Av)

 

Neste mês, cultivamos a "audição correta," mencionada no nome da tribo deste mês, Shimeon, que vem da palavra para "audição." A Nove de Av, pranteamos o Templo Sagrado, destruído por nações, Babilônia e Roma, que se assemelhavam a leões - daí a associação com o signo de leão. A letra que governa este mês, tet (t) tem o significado negativo de "areia movediça," mas é também a primeira letra da palavra "bom" (tov), pois podemos atingir os níveis mais elevados transformando os níveis mais baixos no bem.

 

Virgem (Elul)

 

Corrigir os atributos dos meses anteriores nos leva ao mês do retorno, Elul, quando nos concentramos na "ação correta." Fazemos um inventário e nos preparamos espiritualmente para as Grandes Festas. O desejo de atingir uma nova inocência em nosso relacionamento com D'us é expressado pelo signo deste mês, Virgem. A letra regente deste mês, yud (y), significa "mão," lembrando-nos que nosso sincero arrependimento por nossas falhas e resoluções para o futuro devem se refletir em nossas ações. A tribo deste mês, Gad, era formada de arqueiros que aperfeiçoaram a faculdade da ação, desafiando as forças do mal e conquistando a Terra de Israel.

 

Libra (Tishrei)

 

Neste mês do "sentimento correto," D'us pesa e avalia nossas ações passadas, determinando como Ele distribuirá as bênçãos da vida no ano vindouro. Isto está refletido pelo signo Libra, as balanças. A nova inocência, que introduzimos em nosso relacionamento com D'us durante o mês precedente de Elul, é agora realizada através de uma sucessão de dias festivos, começando com Rosh Hashaná. Tishrei é, portanto, o mês da união conjugal entre D'us e Israel. Este mês do "sentimento correto" é governado pela letra hebraica lamed (l), a primeira letra da palavra "coração" (lev). O nome da tribo deste mês, Efraim, significa "frutífero," expressando que nossa união com D'us tem repercussões positivas por todo o ano vindouro.

 

Escorpião (Cheshvan)

 

Em Cheshvan, integramos a inspiração de Tishrei à vida real. Não há dias festivos, somente a vida do dia-a-dia. O valor numérico da letra hebraica deste mês - nun (n) - é 50, indicando os 50 níveis de consciência Divina que podemos atingir quando estamos espiritualmente ativos, e os 50 níveis de impureza nos quais podemos afundar se deixarmos que a vida "simplesmente passe." O veneno do escorpião é frio, simbolizando o perigo de abordar a vida sem paixão. O nome da tribo deste mês, Menashe, também soletra "sopro" (neshimá), conectando-o ao sentido que refinamos neste mês, o olfato. O olfato é considerado o mais espiritual dos sentidos, indicando o potencial deste mês para um elevado senso de espiritualidade.

 

Sagitário (Kislev)

 

Durante este mês, trabalhamos em "correto relaxamento" ou sono, que resulta de nossa dedicação à "ação correta" durante nossas horas de atividade. O nome da letra deste mês, samech (s), significa "confiança." Nossa confiança verdadeira em D'us nos dá a certeza de afirmar nossa santidade e resistir àqueles que a desafiam. Isso está refletido na celebração de Chanucá, e o signo astrológico de Sagitário, o arqueiro. "Relaxamento correto," usando o descanso como um meio para a ação adequada, nos ajuda a canalizar nossos esforços ("mirando" nosso arco) na direção correta. Da mesma forma, a tribo deste mês, Binyamin. possuía valentes guerreiros. Seu território continha o local do Templo Sagrado, aonde nossas preces e sonhos são dirigidos.

 

Capricórnio (Tevet)

 

Este mês, cultivamos "a ira correta". O Talmud nos diz para sempre considerarmos os outros favoravelmente, e que a ira é algo que quase sempre deve ser evitado. Mas existe também uma ira positiva, o senso de o que rejeitar. O nome da tribo deste mês, Dan, significa "julgar." A letra deste mês, ayin, significa "olho". Temos dois olhos para discernir constantemente o que aceitar na vida, e o que rejeitar. A capacidade de constantemente rejeitar o negativo é simbolizada por Capricórnio, a cabra, conhecida por sua tenacidade.

 

Aquário (Shevat)

 

A festa deste mês, Tu Bishvat, é celebrada comendo-se frutos da árvore, refletindo o atributo deste mês, "alimentar-se corretamente." A letra deste mês, tsadic (ts), significa "justo," lembrando-nos do versículo "os justos alimentam-se para nutrir a alma." O verdadeiro teste de nossa espiritualidade é se tornamos a alimentação (e todas as nossas outras atividades mundanas) uma experiência espiritual, ou se nos rendemos à gratificação sensorial. Purificando nossas atitudes quanto à materialidade, tornamo-nos conduítes para distribuir a benevolência de D'us ao mundo. Isso está refletido no signo de Aquário, o distribuidor de água. O território de Asher, a tribo deste mês, produzia alimentos em abundância.

 

Peixes (Adar)

 

Os peixes vivem nos recessos ocultos do mar. A Festa principal deste mês é Purim, que celebra a mão oculta de D'us na história. A letra deste mês, cuf (c), significa "macaco". Reconhecemos que D'us está oculto ao fazermos máscaras em Purim, imitando (macaqueando) qualquer pessoa que quisermos. A celebração de Purim derruba as inibições que ocultam nossa essência interior. Normalmente, transformar o mal em santidade é um processo metódico. Entretanto, nossos Sábios ensinam que "o júbilo derruba todas as fronteiras". Através do "riso correto," atributo deste mês, transformamos obstáculos em oportunidades, um decreto para a destruição em um dia de celebração. Efetuamos esta transformação com a velocidade da tribo deste mês, Naftali, o mais rápido dos filhos de Yaacov.

 

 

 

Os 39 trabalhos proíbidos no shabat
 

O Shabat é um presente Divino, um dia destinado a renovação de nossas forças e energias e diretriz da semana que irá começar. Para alcançar essa inspiração, e descanso espiritual, a Torá instituiu uma série de trabalhos (melachá, pl., melachot), os quais somos proibidos de fazer no Shabat.

A tarefa proibida de realizar no Shabat não é necessariamente um trabalho pesado. Pode ser o simples ato de apertar o botão do interruptor para acender uma luz, que não requer muito esforço. Na maioria dos casos, é um trabalho por meio do qual cria-se algo que não existia antes, como uma nova faísca de eletricidade.

Assim como D’us terminou a Criação em seis dias e "descansou" no sétimo, nós, que nos espelhamos n'Ele, nos privamos de "criar" no dia de Shabat, demonstrando claramente que acreditamos que só Ele é o Criador.

Não existe na Torá uma descrição explícita dos trabalhos proibidos no Shabat. Porém, nossos sábios chamam a atenção para o fato de que o mandamento de cuidar para não fazer trabalho no Shabat antecede imediatamente a ordem da construção do Santuário no deserto. Como cada detalhe na Torá foi projetado para nos transmitir uma lição de vida, nossos sábios concluíram que o Shabat antecede os trabalhos necessários para a construção e funcionamento do Mishcán. Portanto, a intençnao da Torá é nos ensinar que no Shabat não devemos realizar estas tarefas especÌficas, exceto em caso de risco de vida, pois salvar uma vida precede qualquer proibição de Shabat.

O Santuário foi construído de madeira, revestido de ouro, coberto por fora com peles de animais e internamente por cortinas costuradas com fios de pelo de cabrito. Assim, todos os trabalhos ligados ao plantio, tecelagem, costura, curtimento, construção, escrita, cozimento e transporte de objetos de um local a outro, dispensado na construçã do Santuário, são proibidos no Shabat.
Os trabalhos no Mishcán eram destinados às seguintes tarefas: onze para o feitio do pão (desde semear o trigo até assar o pão); treze para a confecção dos tecidos (desde a extração da matéria-prima à tecelagem); sete para o preparo dos couros (desde o abate do animal ao curtimento); sete relativos à montagem do Santuário; e um ao carregamento de suas partes e objetos.

Somam-se no total 39 trabalhos, denominados "trabalhos matrizes" ("avot melachot"). Nossos sábios, identificaram o caráter básico de cada um - por sua finalidade ou pelo modo como é feito - e apontaram uma série de outros atos aos quais esses aspectos se aplicam; consequentemente, estão incluídos nos trabalhos proibidos pela Torá, sendo derivados e/ou ramificações dos trabalhos matrizes. Além disso, há vários trabalhos que nossos sábios nos restringiram de fazer, para ter no Shabat uma atmosfera menos ligada ao cotidiano e também para não transgredir qualquer proibição da Torá. Vale notar que os acréscimos dos sábios às leis da Torá têm aprovação Divina, pois a própria Torá nos ordena obedecer os sábios.

 

>>Os pontos Em cor Verde, São os mais apropriados  e práticos. (Opinião Do site Monoteísta)


Os 39 trabalhos matrizes proibidos no Shabat estão enumerados a seguir, acompanhados de exemplos práticos para ilustrar como e onde se aplicam hoje em dia:


1. "Arar" - cavar a terra, tornando-a mais propícia ao plantio.

Exemplos práticos desta proibição: revolver a terra com ajuda de animal, arado ou trator; arrastar um banco pesado ou brincar com bolas de gude sobre o solo.


2. "Semear" - ato para estimular o crescimento da planta.

Exemplos práticos desta proibição: jogar sementes frutíferas na terra; dispor flores num vaso com água; colocar adubo ou inseticida numa planta.


3. "Colher" - desenraizar uma planta do local onde cresceu.

Exemplos práticos desta proibição: cortar grama; colher frutas. Nossos sábios proibiram subir em àrvores ou embalar-se numa balança pendurada num galho.

4. "Agrupar a colheita" - agrupar cereais, frutos ou vegetais no local onde cresceram.

Exemplos práticos desta proibição: agrupar laranjas que caíram da àrvore; fazer um buquê de flores.
Esse trabalho só se aplica a derivados da terra e no local onde nasceram. Portanto, é permitido juntar livros no jardim ou maçãs espalhadas na cozinha.


5. "Debulhar" - separar a parte utilizável (desejada) dos produtos da terra da inutilizável (indesejada), usando força ou pressão. Antigamente, para separar a semente da casca do cereal, usava-se uma tábua especial amarrada a um animal, que arrastava-a sobre os grãos, separando-os.

Exemplos práticos desta proibição: fazer suco de uva; ordenhar vaca; espremer suco de fruta cítrica; tirar ervilha da casca (se a casca não for comestível).
É permitido espremer suco de limão diretamente sobre salada ou peixe para temperá-los, se estes não contêm nenhum líquido.


6. "Dispersar o grão ao vento" - jogar sementes ao vento para separar a parte utilizável (desejada) da não utilizável (indesejada). Mais uma forma que usava-se antigamente para separar as cascas dos grãos era jogar o cereal ao vento; assim a palha que é mais leve voava enquanto os grãos caíam no solo.

Exemplos práticos desta proibição: cuspir em direção ao vento; assoprar em amendoins para que as cascas voem e se separem.

7. "Selecionar e separar" alimento não utilizável (indesejado) do utilizável (desejado) ou separar de acordo com diferentes tipos.

Exemplos práticos desta proibição: separar a cebola (que não se quer comer) da salada; separar uma fruta estragada das demais; usar um descascador; descascar frutas ou legumes (mesmo com faca ou a mão) com antecedência; selecionar alimento sólido de uma sopa por meio de escumadeira; classificar utensílios, brinquedos ou livros de acordo com tamanhos e tipos.
É permitido descascar frutas ou legumes com faca ou a mão (não com descascador), desde que seja pouco tempo antes ou durante a refeição.

8. "Moer" - desfazer algo sólido em pedaços muito pequenos.

Exemplos práticos desta proibição: ralar legumes, picar verduras em pedaços pequenos, amassar batata cozida com amassador; amassar banana ou abacate com garfo; serrar madeira com interesse na serragem. Nossos sábios proibiram tomar remédios ou vitaminas em Shabat, exceto em caso de doença.
É permitido amassar com garfo alimento que não cresce na terra (como ovo cozido) ou esfarelar pão ou bolo.

9. "Peneirar" - separar alimento utilizável (desejado) do não utilizável (indesejado) por meio de peneira, coador ou similar.

Exemplos práticos desta proibição: peneirar farinha; coar vinho num coador especial; peneirar areia.

10. "Fazer massa" - formar massa consistente, misturando ingredientes.

Exemplos práticos desta proibição: fazer mingau (cereal em pó + leite), gelatina (pó + água), creme de chocolate (cacau ou chocolate em pó + margarina) ou cimento (cal + água); misturar purê de batata com manteiga ou margarina; misturar maionese com ketchup, formando consistência pastosa (se for líquida, é permitido).
É permitido misturar cereal em flocos com leite. Ao fazer mingau de cereal em pó para beber, deve-se colocar primeiro o leite no prato e depois acrescentar o cereal, formando uma massa líquida (não sólida).

11. "Assar/cozinhar/fritar" - colocar alimento sobre fogo ou qualquer fonte de calor, como chama aberta, chapa elétrica, brasa, chapa de metal pré-aquecida ou até em banho-maria na panela que já esteve por cima do fogo ou da chapa. Exige-se muita prudência ao aquecer alimentos no Shabat para não chegar a transgredir esta proibição, que inclui inúmeros detalhes.

Exemplos práticos desta proibição: esquentar alimento sobre fogo; misturar alimento que ainda está na panela onde foi cozido (exceto água); tampar panela (que está sobre a chapa) se a comida não estava totalmente cozida na entrada do Shabat; abrir torneira de água quente.
Para ter comida quente no Shabat, deve-se deixar previamente os alimentos por cima de um fogo coberto por uma chapa de metal ou numa chapa elétrica (costuma-se cobrir os botões para não regulá-los distraidamente); É permitido aquecer alimento sólido(sem molho ou gordura) por cima (mas não dentro) de panela que se encontra nesta chapa. É permitido cozinhar diretamente no calor do Sol, mas não sobre algo que foi previamente aquecido pelo Sol; portanto, pode-se esquentar um ovo no calor dos raios do Sol sobre prato, panela ou frigideira fria (se o utensílio foi previamente esquentado no Sol, é proibido), mas é proibido utilizar água quente de aquecedor solar
.

*Não Preparar Comida durante o Shabat

12. "Tosquiar" - aparar pelos que cresceram no corpo do animal ou do homem.

Exemplos práticos desta proibição: depenar ave; cortar cabelo; cortar ou roer unhas; passar pente ou escova nos cabelos (que podem arrancar os cabelos) tirar sobrancelhas.

13. "Lavar" - tornar tecido ou roupa mais limpo.

Exemplos práticos desta proibição: tirar qualquer mancha; deixar tecido de molho; colocar roupa na máquina; torcer pano molhado; pendurar roupa molhada para secar.
É permitido jogar água sobre objeto de couro sem esfregá-lo.

14. "Desembaraçar a lã não trabalhada". A lã extraída do carneiro quando tosado encontra-se embaraçada e repleta de elementos estranhos como terra e areia. Antigamente passava-se uma espécie de pente para retirar impurezas e desembaraçá-la.

Exemplos práticos desta proibição: pentear fios de lã, linho ou algodão.

15. "Tingir" - alterar ou fortificar a coloração.

Exemplos práticos desta proibição: tingir tecidos; alterar cores através de recursos químicos; pintar qualquer objeto com rolo, pincel ou spray; passar batom nos lábios ou maquiagem nos olhos ou no rosto; enxugar as mãos num tecido com sujeira que pode acabar coloridindo o tecido como alimentos entre os quais morango, vinho, etc.
É permitido alterar a coloração de alimentos para melhorar seu sabor. Pode-se usar guardanapos de papel para enxugar as mãos.

16. "Fiar" - esticar e enrolar manual ou mecanicamente lã ou outra matéria prima já penteada e tingida.

Exemplo prático desta proibição: enrolar fios do tsitsit.

17. "Esticar o fio para prepará-lo para tecer" - esticar os fios entre os dois extremos da roca (máquina de fiar).

Exemplo prático desta proibição: esticar fios (numa direção) em moldura de tear manual, como para iniciar a tecer um tapete.

18. "Passar o fio entre dois anéis". No tear, os fios são passados por vários anéis que se alternam entre si, subindo e descendo, para compor o tecido.

Exemplos práticos desta proibição: fazer uma peneira; entrelaçar cesta de vime ou cadeira de palha.

19. "Tecer" - entrelaçar fios no sentido horizontal por entre fios esticados verticalmente. Com este trabalho confecciona-se o tecido propriamente dito.

Exemplos práticos desta proibição: fazer tricô ou tapeçaria; trançar corda ou fios.

20. "Desfazer os fios a fim de retocá-los".

Exemplos práticos desta proibição: puxar fio solto na roupa; retirar tapete da moldura onde foi confeccionado.

21. "Atar" - dar nó que não se desfaz facilmente.

Exemplos práticos desta proibição: fazer nó de marinheiro; apertar nó de tsitsit; fazer nó duplo; trançar dois fios para formar corda; juntar dois cordões com um nó, formando um só cordão.
É permitido fazer nó de gravata ou amarrar o sapato (mesmo se não for desfeito dentro de 24 horas), pois na verdade trata-se de laço, que não é considerado nó.

22. "Desatar" - desfazer um nó (o qual não teria sido permitido fazer no Shabat).

Exemplos práticos desta proibição: desatar fio que junta par de meias novas; desfazer nó duplo; desatar corda, separando os fios individualmente.
Se um laço no sapato complicou-se e acabou formando um nó, é permitido desfazê-lo de forma não usual (com shinui) se tiver que tirá-lo.

23. "Costurar" - unir dois tecidos ou materiais em geral.

Exemplos práticos: fazer bainha de roupa; colar papéis com fita adesiva ou cola; puxar e/ou enrolar fio de botão que está caindo para torná-lo mais firme.
Zíper ou velcro não são considerados costura e, portanto, é permitido abrir ou fechá-los no Shabat.

24. "Rasgar intencionando suturar" - rasgar qualquer material para uni-lo depois.

Exemplos práticos desta proibição: descoser a fim de costurar novamente; abrir envelope colado ou lacrado.
É permitido rasgar saquinho de papel ou plástico para retirar o alimento de maneira que o saquinho não será reaproveitado (com cuidado para não rompê-lo no meio de letras impressas nem descolá-lo).

25. "Caçar" - aprisionar um animal vivo e impedir que se livre.

Exemplos práticos desta proibição: perseguir animais com cachorro de caça; tampar uma garrafa onde um mosquito entrou; espalhar ratoeira.
É permitido prender e/ou matar animais (como cobra ou serpente) quando são ameaça iminente à vida da pessoa.

26. "Abater" - Tirar a vida de um animal.

Exemplos práticos desta proibição: fazer o ritual da shchitá; borrifar inseticida; pescar; espalhar veneno contra animais ou insetos; causar hematoma; tirar sangue de pessoa ou animal.
É permitido aplicar repelente sobre o corpo, pois não se está matando os insetos, e sim impedindo que se aproximem.

*Não Costurar, Lavar, Pescar ou caçar no Shabat

 

27. "Pelar o couro" - retirar pele de animal morto.


Exemplo prático desta proibição: separar couro em camadas.
É permitido retirar a pele do frango cozido (próximo ou durante a refeição), pois é considerado parte do alimento.

28. "Curtir o couro" - preparar couro, usando sal, cal, ou outros meios.

Exemplos práticos desta proibição: engraxar sapato de couro mesmo com graxa incolor; salgar a carne crua após o abate; colocar legumes para curtir; devolver um pepino azedo meio curtido para salmoura.
É permitido temperar uma salada, próximo à refeição, colocando outros temperos antes ou junto com o sal.

29. "Alisar o couro" - retirar pêlos e imperfeições do couro.

Exemplos práticos desta proibição: lixar algo; alisar argila; colar vela com chama de fogo (mesmo nos dias festivos); passar creme na pele.
Em caso de doença é permitido aplicar pomada (de forma não habitual – com shinui) numa ferida, sem alisá-la (mesmo que se alise por si só).

30. "Demarcar o couro" para cortá-lo.

Exemplos práticos desta proibição: traçar linhas para escrever sobre elas; fazer pontilhado para saber onde dobrar ou cortar o objeto.

31. "Cortar" seguindo uma certa medida.

Exemplos práticos desta proibição: cortar um desenho seguindo o pontilhado; arrancar folhas de caderno; apontar lápis; cortar papel higiênico ou saquinho plástico de um rolo; separar lenço de papel quando um está preso ao outro; serrar madeira ou metal; cortar pano; separar páginas de um livro quando estas não foram cortadas na gráfica.

*Não trabalhar com Couro (Exeto para salvar sua vida) 
 

 

32. "Escrever" ou esculpir letras, figuras ou sinais que sirvam como códigos de comunicação.

Exemplos práticos desta proibição: escrever com dedo sobre líquido que derramou na mesa, num vidro embaçado ou na areia, carimbar, unir peças de quebra cabeças; bordar letras ou figuras.
Nossos sábios proibiram uma série de ações em que é quase automático o uso da escrita, como negociar (pois implica em fazer contrato); medir ou pesar algo; dar um presente; trabalhar no Shabat em troca de um salário diário; fazer contas de matemática; ler no jornal propaganda sobre compra e venda de móveis ou imóveis.
É permitido medir febre com termômetro.


* Não fazer uso da escrita para trabalhar

33. "Apagar" - anular qualquer escrita ou código comunicável com a intenção de reescrever no mesmo local.

Exemplos práticos desta proibição: apagar lousa escrita com giz; apagar com borracha; cortar embrulho onde há letras escritas; cortar letras carimbadas ou coladas em frutas.
Nossos sábios proibiram ler listas de qualquer tipo para não chegar a apagar algo da lista.
É permitido comer alimentos cujas letras são parte do próprio alimento, como biscoitos (neste caso, as letras e o alimento são considerados um único elemento). Porém, quando o alimento e as letras são compostas de materiais diferentes, como letras escritas com creme sobre um bolo de chocolate, as letras devem ser retiradas por completo antes de cortar o bolo.

34. "Construir" - ação ligada à montagem ou construção.

Exemplos práticos desta proibição: todas as tarefas relativas à construção, como cavar, encaixar portas e janelas, furar ou bater prego na parede, etc.; montar tenda; abrir guarda-chuva; montar qualquer utensílio; fazer queijo; fazer trança de cabelos; usar spray para fixar penteado.

35. "Destruir ou demolir" com a intenção de reconstruir no local.

Exemplos práticos desta proibição: retirar telhas do telhado; arrancar prego da parede; arrombar porta; desfazer tenda; desfazer caixa de madeira; desmanchar trança de cabelos.

36. "Acender fogo" - aumentar, prolongar ou propagá-lo.

Exemplos práticos desta proibição: riscar fósforo; acender chama de gás; ligar luz elétrica (por isso é proibido abrir porta de geladeira que automaticamente acende a luz interna; a lâmpada da geladeira deve ser desativada ou afrouxada antes do Shabat); acrescentar azeite numa lamparina; ligar motor do carro; acelerá-lo; obter faíscas através do atrito entre duas pedras; refletir a luz do Sol em lente de aumento para queimar papel.

37. "Apagar fogo" ou diminui-lo.

Exemplos práticos desta proibição: apagar fogo através de vento (abrindo janela), areia ou sopro; abaixar fogo ou chama de gás; desligar luz elétrica; retirar azeite de uma lamparina; desligar motor do carro.
Nossos sábios proibiram ler à luz de azeite, pois estando concentrada na leitura a pessoa pode esquecer que é Shabat e mexer no pavio ou no azeite para enxergar melhor.

* Não fazer uso do fogo para trabalhar

38. "Terminar a manufatura de qualquer objeto" (denominado "bater com martelo", pois o ferreiro termina sua obra com uma última martelada) - dar o "toque final" para que um objeto possa ser utilizado.

Exemplos práticos desta proibição: afiar faca; desentortar garfo; colocar cordão num sapato novo; retirar fios deixados por costura; cortar uma lasca de madeira para usar como palito de dentes; encaixar pé que se soltou da cadeira; apertar parafuso para recolocar lente de óculos.
Nossos sábios proibiram mergulhar qualquer utensílio no micve; nadar; remar; tocar instrumentos musicais.

* Não Concluir trabalhos no Shabat

 

39. "Transportar de propriedade particular para pública e vice-versa" - transportar, jogar, entregar, empurrar ou fazer qualquer tipo de transferência de uma área de propriedade pública para uma de propriedade privada ou vice-versa, a não ser vestir roupas e outros adornos como kipá, óculos de grau, jóias, etc. Também é proibido carregar qualquer objeto num perímetro equivalente à distância de 1,92 m, em área de propriedade pública.

* Não fazer mudanças trabalhos no Shabat
 

a. A proibição de realizar no Shabat tarefas que destoam da santidade do dia; por exemplo um moÌnho cujo dono é judeu não pode funcionar no Shabat; não é permitido assistir TV, ao passar por um aparelho que esteja ligado mesmo que este não nos pertença.

b. A proibição de falar no Shabat sobre assuntos mundanos; por exemplo, programar no Shabat um trabalho que será feito durante a semana (se esta é tarefa proibida de se realizar no Shabat).
Neste artigo colocamos apenas um pequeno resumo das leis que regem os trabalhos proibidos no Shabat. Para conhecê-los mais detalhadamente é necessário um estudo mais profundo. Um rabino deve sempre ser consultado.

>>Os pontos Em cor Verde, São os mais apropriados  e práticos. (Opinião Do site Monoteísta)

Quem definiu que este é o (único) jeito certo?

Haredi significa tremente, termo que deve moldar a filosofia de vida do seguidor desta linha.

Haredi, traduzido erroneamente como "ortodoxo" , ou "ultra-ortodoxo" (o que tem o pensamento correto) é uma forma de se viver o judaísmo pautada não somemente no cumprimento das leis judaicas, mas também numa IDEOLOGIA forjada no decorrer dos séculos, no ambiente, muitas vezes hostil, da Europa oriental. 

É, portanto um fenômeno de orígem Ashkenazi e só recentemente adotado por muitos judeus sefaradim, que infelizmente vem perdendo muito de sua própria tradição e costumes.

A doutrina Haredi enfatiza - mesmo que tacitamente - alguns itens em detrimento de outros.

Ex: 
-Muito estudo do Talmud e pouquíssimo estudo direto das escrituras. 
(Os profetas são quase desconhecidos!!!)

-Discrição em detrimento da descontração. 
-Auto-preservação, ao invés de envolvimento na sociedade mais ampla. 
-Vestimentas uniformes, no lugar de um vestuário pessoal. 
-Estudo religioso intenso em detrimento do estudo acadêmico profissionalizante - e muitas vezes, até mesmo do trabalho.

Então... Como você pode perceber, a maioria destas posições não são impostas pela lei judaica, mas sim, por uma IDEOLOGIA específica, o que demonstra o erro da aplicação do termo 'Ortodoxo' a este grupo, em 'detrimento' de outros que também seguem a lei judaica, porem de modo mais integrado à realidade maior e com ênfase em outros aspectos do estudo e da vivência religiosa de nossas fontes.

Um ótimo exemplo de outro tipo de vivência riquíssima do judaísmo foi a dos antigos judeus sefaraditas - espanhois - que aliavam um vasto e profundo conhecimento judáico e sua prática a uma formação acadêmica e profissional de alto nível, e a uma participação efetiva na sociedade maior. 

Um dos maiores exemplos desta realidade foi o grande Rabino, médico e filósofo Maimônides.

Agora fica a pergunta:
Quem definiu que esta ideologia é 'A' certa, chamando-a de ortodoxia, (o modo correto) sendo este um termo grego que não traduz o termo original Haredi, excluindo, assim, outras formas legítimas e históricas de se vivenciar o judaísmo?

Quem fez isso e por que?

 
Sentir e cumprir o Shabat é algo ímpar e incomparável, sobre o qual está escrito que o Shabat é chamado "um gostinho do Olám, Abá, Mundo Vindouro".

    O Templo de Jerusalém (em hebraico בית המקדשbeit hamiqdash) é o nome dado ao principal centro de culto do povo de Israel, onde se realizavam as diversas ofertas e sacrifícios conhecidas como o korbanot.

Uma reconstituição do Templo de Salomão

    O primeiro templo usado pelos hebreus foi o Tabernáculo, chamado de Templo do Senhor.

    O Templo de Jerusalém situava-se no cume do Monte Moriá (também chamado Monte do Templo), no leste de Jerusalém.

    De acordo com a Bíblia, o Primeiro Templo foi construído no local onde Abraão havia oferecido Isaque como sacrifício. O templo foi construído durante o reinado de Salomão, utilizando o material que havia sido acumulado em grande abundância por seu antecessor, oRei Davi. Após a construção do templo, ele permaneceu treze anos sem ser usado, por motivos desconhecidos. Foi saqueado várias vezes e acabou por ser totalmente incendiado e destruído por Nabucodonosor II, que levou todos seus tesouros para a Babilônia.

    Pelos cálculos de James Ussher, a ordem para a construção do Primeiro Templo foi dada pelo Rei Davi em 1015 a.C.. As fundações do templo foram lançadas em 21 de Maio de 1012 a.C., no segundo dia do segundo mês (Zif), quatrocentos e oitenta anos depois da saída de Israel do Egito. A construção terminou em 1005 a.C., mas sua dedicação foi adiada até o ano seguinte, por este ser um ano dejubileu (o nono jubileu), e, segundo Ussher, exatamente três mil anos desde a criação do mundo.

    O Segundo Templo foi reconstruído após o retorno do cativeiro na Babilônia, sob orientação de Zorobabel. O templo começou com um altar, feito no local onde havia o antigo templo, e suas fundações foram lançadas em 535 a.C.. Sua construção foi interrompida durante o reinado de Ciro, e retomada em 521 a.C., no segundo ano de Dario I. O templo foi consagrado em 516 a.C.. Diferentemente do Primeiro Templo, este templo não tinha a Arca da Aliança, o Urim e Tumim, o óleo sagrado, o fogo sagrado, a tábuas dos Dez Mandamentos, os vasos com Maná nem o cajado de Aarão. A novidade deste templo é que havia, na sua corte exterior, uma área para prosélitos que eram adoradores de Deus, mas sem se submeter às leis do Judaísmo.

    Nos quinhentos anos desde o retorno, o templo havia sofrido bastante com o desgaste natural e com os ataques de exércitos inimigos.Herodes, querendo ganhar o apoio dos judeus, propôs restaurá-lo. As obras iniciaram-se em 18 a.C., e terminaram em 65. O templo foi destruído em 70.

    Atualmente, o cume do Monte Moriá corresponde à região denominada Haram esh-Sherif. No centro, no local onde ficava o antigo templo, existe uma mesquita, chamada de Kubbet es-Sahkra (Domo da Rocha) ou Mesquita de Omar. No centro da mesquita existe uma rocha, onde são feitos sacrifícios.

Modelo do Templo de Herodes

    O Segundo Templo foi o templo que o povo judeu construiu após o regresso a Jerusalém, finda a Cativeiro Babilónico, no mesmo local onde o Templo de Salomão existira antes de ser destruído. Foi destruído no ano 70 pelos romanos.1

    Segundo o relato bíblico, a reconstrução do templo foi designada pelo imperador persa Ciro II.

    No ano 539 a.C., Ciro apodera-se da Babilónia e ordena o repatriamento dos judeus mantidos em cativeiro e a reconstrução do seu templo, que, segundo a descrição presente no livro de Esdras (capítulo 1, versículos 1 a 4), terá tido lugar sob Zorobabel, sendo apoiada pelo funcionário Esdras e pelos profetas Zacarias e Ageu.

    No século I a.C.Herodes o Grande ordena uma remodelação ao templo, considerada por muitos judeus como uma profanação, com o propósito de agradar a César, tendo mandar construir num dos vértices da muralha a Torre Antónia, uma guarnição romana que dava acesso directo ao interior do pátio do templo. Certos autores designam o templo após esta intervenção por "Terceiro Templo". não se podia mudar a arquitetura do templo, Deus havia dado o modelo a Davi, e ordenou que se seguisse o modelo pré-determinado por Ele. A mudança que Herodes fez simbolizava uma profanação para os judeus.

>>Pelas parashaiot já apresentadas, comprendemos que o Mashia precisa ser REI ( Governar sobre o povo de Israel);

>>O  Mashia precisa restaurar o Templo, com Arca-da-Aliança contruída, por Betsael;

A profecia que confirma quem é o mashia, se faz em Ezequiel 36 com o ponto central no versículo 37, em que a arca da alinça é encontrda e devolvida ao templo;

Referente ao Rabino Yeshua/Jesus.

>>Ele não é Rei, Pois não governou sobre o povo de Israel;

>>Também não é profeta, pelo fato de cerca de 60% ou mais do povo hebreu viver em terra fora de Israe, é nação livre. O mesmo motivo que impediu de Esdras ser profeta, pois a maior parte do povo, preferiu não retornar para terra.

>>Como também não é sacerdote, pois um Cohanim segue a linhagem de Arão por parte do pai, e a de Jesus pela linhagem de Maria- O que impossibilita.

 

Yeshua/Jesus é um Rabino compromissado com a Toráh e sujeito as mesmas Leis, que também somos, o seu ensino é positivo, quando aponta para Torah e a Justiça desta.