Vayelech, וילך

20/09/2014 08:14

Aspectos da 52ª

O texto desta Parashá é:

Vayelech, וילך  -( Deut.31:1-31:30)>>Sigf.Despedida

 

 

 

O texto da Haftará é:

 

  • haftará desta parashá é Isaías 55:6–56:8.

Salmo 65

Vayelekh (וילך)

 

    Esta parashá narra a despedida de Moshê do povo israelita . Descreve a lei de hakhel e a instrução dada por Moshê e Yehoshua para que copiem a Torá e a ensinem continuamente ao povo israelita.

 


 

Leitura da Torá: Vayelech, וילך  

 

    A Parashat Vayêlech (Devarim 31:1-30) inicia-se com Moshê caminhando pelo acampamento do povo, no último dia de sua vida, para despedir-se de seu amado povo. 

    Em seguida, Moshê ensina-lhes a mitsvá de hakhel, a reunião da nação inteira a cada sete anos para ouvir o rei ler certas passagens da Torá, e D'us dirige-se a Moshê e Yehoshua (que receberá o manto da liderança) na Tenda da Assinação, ordenando-lhes copiar a Torá e continuar ensinando-a ao povo judeu. 

    A porção conclui com a preocupação de Moshê de que o povo possa desviar-se da Torá após sua morte, acarretando-lhes punições.

 

Teshuvá
por Rabi Shmuel M. Butman

Um dos temas principais em Yom Kipur é teshuvá, arrependimento.


    Como é explicado no místico Zohar, uma das muitas "atribuições" do Rei Mashiach é que ele trará até os justos (tsadikim) ao arrependimento. Na superfície, isso parece contraditório. Se eles são realmente tsadikim, por que precisariam se arrepender? E se eles realmente têm algo de que se arrepender, como podem ser chamados de justos?

A filosofia chassídica resolve este problema explicando que quando Mashiach vier, os justos não terão de expiar quaisquer pecados. Ao contrário, ao fazer teshuvá (literalmente, retornar a D’us), ele combinarão simultaneamente a vantagem da pessoa justa que nunca pecou com a vantagem de alguém que retorna em penitência.


Explicando:

Um tsadic vive sua vida exatamente como D’us deseja que ele o faça, observando Torá e mitsvot sem jamais cometer qualquer transgressão. Sua vida inteira é passada no âmbito da santidade e pureza.

Um báal teshuvá (penitente), em contraste, tem a vantagem de poder realmente transformar a escuridão em luz. Exatamente porque ele se afastou tanto, seu desejo de apegar-se a D’us é ainda maior que o do tsadic. Seu amor por D’us é tão intenso que até seus pecados deliberados são transformados em méritos.

Quando Mashiach vier, o justo fará teshuvá no sentido de ascender a níveis ainda mais altos de conexão com D’us. Quando toda a humanidade, incluindo os tsadikim, testemunhar a infinita santidade da Era Messiânica, até os níveis espirituais mais elevados que já foram atingidos parecerão ser nada, e serão alçados a alturas nunca vistas, com a energia e vigor dos baalei teshuvá. Isso, evidentemente, será realizado por Mashiach, que abrirá os olhos do mundo inteiro à subjacente realidade Divina da existência.
Que possa ocorrer em breve.

 

O iminente falecimento de Moshê e a liderança de Yehoshua

    No dia do falecimento de Moshê, uma Voz Celestial revelou-se: "Moshê, você só tem mais um dia de vida." Em seguida, Moshê saiu do acampamento dos leviim (onde ficava sua tenda) e dirigiu-se ao acampamento onde ficavam outras tribos a fim de despedir-se dos compromissado com a torah, e consolá-los, por causa de seu falecimento iminente. 

    A humildade de Moshê era tão magnificente que ele considerava seu dever pessoal despedir-se do povo naquele momento. Suas palavras de conforto e solidariedade foram: "Sou um ancião, com exatamente cento e vinte anos de idade. Hoje é meu aniversário. Não tenho mais permissão de lhes ensinar Torá, pois D’us me ordenou que não irei liderá-los. D’us não me permite cruzar o Rio Jordão, mas não se desesperem! Sua Shechiná passará à sua frente, e Yehoshua será seu líder. 
    D’us destruirá as nações de Erets Canaan, assim com destruiu os reinos de Sichon e Og. Eu os deixo, porquanto sou humano, e meus dias, finitos. Porém, D’us não os abandonará enquanto vocês O servirem e manterem-se fiéis a Ele."





 

Moshê honra Yehoshua

    Moshê então chamou Yehoshua, e disse-lhe palavras de encorajamento: "Seja um baluarte da Torá e mitsvot. Você sobreviverá até que a Terra seja conquistada e dividida entre as tribos. D’us estará com você, não tema nem fraqueje."

Moshê queria que Yehoshua começasse a ensinar o povo enquanto ainda vivia. Desta forma toda a nação o aceitaria.

Ouviu-se uma proclamação pelo acampamento: "O novo líder falará hoje!"

Benê Yisrael inteiro reuniu-se em honra a Yehoshua. Moshê providenciou um trono de ouro para seu sucessor, bem como uma coroa incrustada com pérolas, um turbante real, e um manto púrpura. Ao redor do trono, Moshê arrumou assentos para o Sanhedrin e para os cohanim. Ele vestiu Yehoshua com essas vestimentas reais, e entronou-o. Yehoshua chorava de constrangimento, porém Moshê forçou-o a permanecer sentado. 

Moshê instruiu Yehoshua: "Seja forte na Torá, e valoroso ao lidar com o povo. Trate-os gentilmente. Se cometerem erros, não sinta ira contra eles."

    Ambos, Moshê e Yehoshua, ensinaram Torá naquele dia.  Caleb foi designado para explicar as palavras de Yehoshua ao povo. Yehoshua abriu com as seguintes palavras: "Bendito é D’us, Que nos deu a Torá através de Moshê."

 

 

Hakhel – o rei e a leitura da Torá

Moshê explicou aos povo a mitsvá que deve ser cumprida pelo rei e pela nação inteira a cada sete anos:

    Quando todo o povo se congregarem em Yerushalayim para a festa de Sucot, no ano posterior ao ano de Shemitá, devem reunir-se no início de Chol Hamoed (os dias intermediários da Festa) a fim de escutar o rei ler e explicar a Torá. Todos devem comparecer – homens, mulheres e crianças. A assembléia é anunciada com o soar de trombetas. Uma alta plataforma de madeira é erigida no ezrat nashim (átrio feminino) do Bet Hamicdash, onde o rei se senta. 

Ainda de pé, o rei recebe um Sêfer Torá e recita as bênçãos apropriadas. Ele pode então sentar-se para lê-la. Ele precisa ler determinadas passagens do livro Devarim, inclusive o Shemá (5: 4-8), e as bênçãos e maldições da parashát Ki Tavô.

Após proferir as bênçãos finais da leitura da Torá, ele recita sete bênçãos especiais, que são: 

1. Retsê: Aceita favoravelmente…

2. Modim Anachnu: Curvamo-nos…

3. Ata Bechartanu: Tu nos escolheste dentre os povos…

4. Uma bênção pela continuidade do Bet Hamicdash, que termina em : Shochen Be Tsion - Aquele que habita em Tsion 

5. Uma bênção pela continuidade do reinado

6. Uma bênção para que D’us aceite o serviço dos cohanim favoravelmente

7. A tefilá do próprio rei, terminada em Baruch Shomea Tefilá – Bendito o que ouve as orações.
Mesmo o maior dos sábios é obrigado a ouvir a leitura da Torá com atenção e reverência. O rei age como um representante de D’us, portanto, cada pessoa deve aspirar vivenciar a leitura como se ela emanasse do Monte Sinai. 

O objetivo da mitsvá é fortalecer o povo, na observância da Torá e temor a D’us. A mitsvá de Hakhel foi cumprida por todos os reis justos e íntegros. Conta-se que o justo rei Agripa permanecia de pé durante a leitura da Torá. Os sábios valorizavam-no muito por isso.

Quem é obrigado a comparecer a assembléia de Hakhel? 

Cada homem, mulher e criança. Mesmo quem sabe o livro Devarim de cor deve comparecer e ouvir a leitura do rei de maneira respeitosa. O rei é o mensageiro de D’us. Ao ler para Benê Yisrael, é como se a Torá estivesse sendo dada novamente ao povo.

Por que as crianças pequenas devem comparecer? Algumas delas nem mesmo compreendem uma palavra da leitura da Torá! A Torá ordena que as crianças sejam trazidas para que D’us recompense os que as trouxeram.

Mais ainda, a assembléia as impressionará. Anos depois, se lembrarão. Esta lembrança as ajudará a crescer como pessoastementes a D’us.

As influências ambientais afetam o futuro desenvolvimento da criança, bem antes que sua educação formal tenha se iniciada. A assembléia nacional certamente causará uma profunda e positiva impressão sobre uma criança. 

Os comentaristas explicam: "Qual a recompensa dos pais por trazerem as crianças? As crianças serão educadas a temer a D’us e cumprir as mitsvot. Por conseguinte, elas trilharão as sendas da Torá, e esta é a maior recompensa para os pais.

A mitsvá de Hakhel é a origem bíblica de porque levamos as crianças à sinagoga. 

Lembrar-se de Hakhel as ajudará a crescerem como pessoas temente a Deus

Todos lembramos de cenas de nossa infância,que nos marcaram profundamente. Mesmo não conseguindo captar os fatos, a memória permanece. Podemos nos lembrar de um Yom Kipur,no qual todos oravam muito concentrados. Ou das alegres e barulhentas danças em Simchat Torá. E até uma criança bem pequena possui lembranças da noite mais especial do ano – a noite do Sêder de Pêssach. Essas impressões o ajudarão a adquirir o amor pelos desígnios da Torá. 
Nossos sábios nos contam:

 




 

O som da Torá

    O famoso Rabi Yochanan ben Zacai tinha cinco alunos eminentes. Ele tinha diferentes palavras de louvor para cada um deles. Ele cumprimentava um pela sua fantástica memória, e elogiava outro por pensar constantemente em novas idéias no estudo da Torá, como uma nascente da qual sempre brota água fresca. 

Um de seus pupilos era Rabi Yehoshua ben Chananya, sobre o qual Rabi Yochanan costumava dizer: "Bem-aventurada é a mãe que lhe deu à luz!"

Graças a ela Rabi Yehoshua tornou-se tão grande. Mesmo antes do bebê nascer, a mãe de Rabi Yehoshua comparecia diante de todos os chachamim da cidade, pedindo-lhes: "Por favor, rezem para que a criança que terei cresça para ser um talmid chacham!" 

E quando a criança nasceu, ela levava seu berço à Casa de Estudos. Ela queria que ele ouvisse os sons e a melodia do estudo da Torá mesmo sendo um lactente.

Quando Rabi Yehoshua cresceu, era querido por todos. Não era apenas grande em sabedoria da Torá, mas possuía os mais tocantes traços de caráter.

 

 

Moshê pede a D’us a anulação do decreto de morte

    Desde o primeiro dia de Adar, quando soube que seu falecimento era iminente, até sete de Adar, Moshê implorou a D’us que prolongasse sua vida.(Pois uma pessoa nunca deve perder a esperança na misericórdia de D’us, mesmo depois que seu decreto já estiver selado).

    Por que Moshê implorou por mais anos de vida? A resposta é que "vida", para ele, significava a aquisição de mais Torá e mitsvot, e esta oportunidade se encerra com a morte. Ninguém poderia apreciar o valor da "vida" melhor que Moshê, que utilizou cada minuto para aperfeiçoar-se espiritualmente.Assim D’us anunciou o falecimento de Moshê: "Eis que se aproximam os teus dias em que você deve expirar."

D’us gostaria de prolongar a vida de Moshê além dos cento e vinte anos que lhe foram estipulados. Ele só toma a vida de um tzadik com relutância, como está escrito: "A morte de Seus justos é preciosa aos olhos de D’us" (Tehilim 116:15)

A fim de demonstrar sua relutância, D’us não disse diretamente a Moshê: "Você deve morrer," mas falou a respeito dos "dias do falecimento que se aproximam."

Mais que isso, D’us aludiu: "Teus dias de expirar, e não você," pois um tzadik é considerado "vivo", mesmo após sua morte.

Seu fim é diferente do de qualquer outro homem. Você é tão vigoroso hoje quanto era em sua juventude. Você não precisa preparar mortalha ou caixão, pois o Céu lhe providenciará. Tampouco será enterrado por sua família e amigos, mas por Mim e minhas Hostes de Elohin.(Casta de Elohin)

"Assim foi decretado. Até agora, você serviu como líder. Agora, seu termo findou e chegou a vez de Yehoshua. Juro! Como você liderou meus filhos neste mundo, assim os liderará novamente na era futura."

 

 

A canção de Ha’azinu

    D’us disse a Moshê: "Sei que após sua morte os compromissados com a torah, quebrarão o pacto que selaram Comigo, e adorarão outros deuses. Então, ocultarei deles minha face. Serão atormentados por muitos problemas. Esperarei que se voltem a Mim em teshuvá. 

    "Escreva isto na canção de Ha’azinu. Isto lembrará Benê Yisrael de que suas dificuldades não aconteceram por acaso. Não deixe que atribuam sua fé à coincidência. "

    Moshê escreveu a canção que D’us lhe ditou. Ele e Yehoshua ensinaram-na ao povo. O que D’us predisse tornou-se realidade. Na galut, não sentimos a presença de D’us como sentíamos na época do Bet Hamicdash, Ele, por assim dizer, oculta Sua face.

    "Se eles voltarem para Mim e orarem, lhes responderei. Perceberão então que Eu sempre estive com eles em seu sofrimento."



Uma analogia

Uma mulher estava prestes a dar à luz, e começou a gritar de dor. Sua mãe, que morava no andar de cima, ouviu os sons desesperados, e também começou a gritar. 

"O que está acontecendo?" perguntou um vizinho. "Ambas estão dando à luz?"

Informaram-lhe a resposta da "mãe: "Acaso a dor de minha filha não é minha dor também?"

Da mesma forma, quando o Bet Hamicdash foi destruído, D’us, no Céu, também afligiu-se. Ele sofre conosco no exílio, como está escrito: "Imo Anochí Betsará" - "Estou com ele na aflição" (Tehilim 91:15)

 

 

 

 

A mitsvá de escrever um Sêfer Torá

    Moshê agora ensina a última mitsvá da Torá: "Veatá kitvú lachem et hashirá hazot velamda et Benê Yisrael", "E agora, escrevam esta canção para si, e ensine aos filhos de Yisrael." (Devarim 31:19).
    Este passuk contém a sexcentésima décima terceira mitsvá da Torá – a mitsvá de escrever um Sêfer Torá. 

Cada pessoa compromissada coma a Torah recebeu a mitsvá de escrever um Sêfer Torá. Se ele não puder fazê-lo sozinho, pode contratar um sofêr (escriba) para fazê-lo para ele. Se um judeu ajudar a escrever um Sêfer Torá, ou encomendar um é como se ele próprio tivesse cumprido a mitsvá. Às vezes, uma sinagoga ou yeshivá escreve um Sêfer Torá novo. As pessoas, então, tentam adquirir uma parte. É possível obter uma ou mais letras, que o sofêr escreve para elas.

    Escrever um Sêfer Torá é uma enorme empreitada. O sofêr o escreve inteiramente à mão. Ele utiliza uma pena, cujo bico mergulha em tinta, e escreve sobre pergaminho. Cada letra precisa ser corretamente desenhada. Se estiver faltando ou sobrando uma única letra na Torá, todo o sêfer não é casher. Da mesma forma, se duas letras se tocam, o Sefer Torá inteiro já não é mais casher. 
Atualmente, há programas de computadores capazes de verificar com perfeição se um Sêfer Torá possui letras faltando, após o próprio sofêr ter verificado se elas estão casher. Este é um exemplo de como a moderna tecnologia pode ajudar-nos a cumprir a Torá, ou mesmo imprimindo as páginas e confeccionando a estrutura de um rolo para Toráh e tb construindo um sefer Torah.


    A mitsvá também abrange a compra de sefarim (livros) utilizados para os estudos. D’us deseja que cada pessoa compromissada com a Torah possua textos claros e novos da Torá, a fim de poderem estudá-los. 

    O Maimônides escreve: "É uma mitsvá para cada judeu escrever para si um Sêfer Torá, como o versículo diz: ‘Então agora escreva esta canção (Ha’azinu) para si,’ que na realidade significa: ‘Então escreva um Sêfer Torá, que contém esta canção, para si.’ Mesmo quem herda um Sêfer Torá é obrigado a escrever o seu próprio rolo. 

Que lições podemos aprender da mitsvá de escrever o Sêfer Torá?


    A halachá (jurisprudencia da torah) exige que cada letra da Torá seja "mukafot guevil" – "rodeada pelo pergaminho." Conseqüentemente, o escriba deve observar que nenhuma letra toque na outra. Por outro lado, a halachá também exige que as letras que compõem uma palavra devem posicionar-se perto o suficiente umas das outras, de maneira que não aparentem ser letras individuais, tampouco parte de uma palavra. Dessas duas halachot, depreendemos uma lição de suma importância no que se refere à coletividade e individualidade do povo Compromissada com a Torah.

    Primeiramente, é imperativo que cada pessoa seja independente e cumpra a Torá e suas mitsvot. Nenhum pessoa pode "encostar-se", fiar-se no outro e apoiar-se sobre ele. A Torá é a herança de cada pessoa e todos são obrigados a observá-la e mantê-la. 

    Apesar de cada pessoa compromissada com a Torah  ser independente no cumprimento da Torá, deve sempre ter em mente o princípio de arevut – responsabilidade pelo próximo. Um amante da Torah deve estar imediatamente ao lado do outro, e ficar bem perto, na medida em que parecem um só corpo coletivo, e não indivíduos egoístas.

    Um Sêfer Torá é escrito com tinta, porém a única cor permitida é a preta. Enquanto as demais cores podem facilmente serem mescladas umas às outras, formando uma nova cor, é extremamente difícil modificar o preto. Analogamente, um compromissadao com a Torah não deve permitir que as influências da sociedade ou as vicissitudes da vida solapem ou desbotem sua verdadeira "cor" e expressa devoção à Torá. 

    A tinta deve aderir firmemente ao pergaminho, e se "ficar saltada", ou seja, descascar, o Sêfer Torá é passul – não casher. A lição implícita é que a pessoa compromissada com a Torah deve aderir tenazmente à Torá, e nunca apartar-se dela. 

    Outra lição a ser aprendida do Sêfer Torá é que a Torá é composta de muitas letras. Apesar de cada uma ser independente, sua cashrut depende do conjunto de todas elas. A falta ou não integridade de uma única letra afeta a validade do rolo inteiro. Do mesmo modo, cada pessoa é um componente essencial de Klal Yisrael, de quem depende a integridade do povo inteiro.


 

 

Moshê escreve trinta rolos da Torá

    Naquele sete de adar, 2488, dia de seu falecimento, Moshê realizou um vasto número de tarefas. 
Selou um novo pacto entre D’us e Benê Yisrael (conforme explicado na parashat Nitsavim); ensinou-lhes a canção de Ha’azinu; abençoou todas as tribos, e transcreveu a Torá inteira trinta vezes, desde Bereshit até as últimas palavras. Em seu último dia de vida, Moshê escreveu toda a Torá, do começo ao fim. Cada palavra que escreveu foi ditada por D’us.

Um sofêr pode levar um ano para completar o Sêfer Torá. Mas quando Moshê escreveu, as palavras e cada letra parecia fluir milagrosamente de sua mão. Quando terminou, Moshê entregou o Sêfer Torá à tribo de Levi, e disse: "Guardem-no com cuidado, pois todos os outros Sifrei Torá serão copiados deste!"

 



Benê Yisrael ficaram agitados: "Moshê," protestaram, "porque apenas uma tribo deveria ser encarregada desta mitsvá? Todos os receberam a Torá de maneira igual no Monte Sinai. Não queremos que os membros da tribo de Levi reivindiquem que a Torá foi dada apenas para eles."
Ao escutar esses argumentos, Moshê ficou muito feliz, "Agora vejo o quanto todos vocês amam a Torá," disse. "Escreverei mais doze, e os darei a cada tribo."


    Moshê sentou-se, de pena em punho, para começar sua formidável empreitada. De novo D’us realizou milagres, e as palavras pareciam serem escritas por si mesmas. Cada tribo recebeu um Sêfer Torá de Moshê, que disse à tribo de Levi: "Coloquem seu Sêfer Torá no aron (arca), junto às luchot (Tábuas da Lei). Ele somente será usado se houver dúvidas sobre alguma letra ou a ortografia de alguma palavra. Então vocês poderão verificar neste Sêfer Torá e saber como escrevê-la corretamente."

Até hoje, o texto de nossos Sifrei é idêntico ao do que foi escrito por Moshê.
Agora Moshê e Yehoshua ensinarão a canção de Ha’azinu, que figura na próxima parashá.

 

Fonte:

Talmud

            Midrash

            Pirke avot

            Torah

            Sefer haMitzvot

            Bíblia