Shemôt, שמות

17/01/2014 17:23

Aspectos da 13ª

O texto desta Parashá é:

Shemôt, שמות - (Êxodo 1:1 -6:1)>>Sigf.Nomes

 

 

O texto da Haftará é:

A haftará que acompanha esta porção é:

(Isaiah 27:6-28, 29:22-23)

 

Salmo 99

Shemôt, שמות

A parshat, que inicia o segundo livro da Torá, começa citando os nomes dos filhos de Yaacov enfatizando suas gerações por terem se conservado fiéis aos ensinamentos dos Patriarcas, apesar de habitarem no Egito, uma nação idólatra.

 

 

  Leitura da Torá:

Shemôt, שמות

 
 

        O faraó governa o Egito, esquecendo os benefícios que trouxe Yossef para o país, que o tornou rico e próspero. Leis cruéis que visavam o enfraquecimento do Povo de Israel através da aflição e sofrimento foram decretadas pelo seu impiedoso poder.

        Duas parteiras, Shifrá e Puá negam-se a cumprir o plano do faraó de matar todo menino judeu recém-nascido, dispostas a sacrificar a própria vida. Foram recompensadas em sua descendência formada por cohanim, leviim e reis.

        Nasce Moshê que é lançado por sua mãe nas águas do Rio Nilo para que sua vida fosse poupada. A filha do faraó, Batia, estende seu braço que alonga-se milagrosamente e salva o menino. Moshê sofre com o trabalho escravo do povo hebreu e acaba matando um egípcio em um episódio onde este golpeava covardemente. Moshê foge para Midian e acaba conhecendo Yitrô e casa-se com sua filha, Tsipora.

        D’us se revela para Moshê através do fogo na sarça ardente e lhe incumbe a missão de libertar o seu povo  do Egito. D’us promete a Moshê que estenderá Sua mão e ferirá o Egito e por haver ainda temor por parte de Moshê, D’us lhe mostra Seu poder através de milagres; transforma um bastão em cobra e novamente em bastão; a mão de Moshê fica com a doença de tsahará e torna a ficar sã, novamente.

        Moshê, acompanhado de sua família, segue para o Egito a fim de salvar seu povo. Mas ao ver que tornou-se ainda maior a ira do faraó impondo mais intensamente sua crueldade sobre os hebreus, Moshê clama a D’us que lhe responde que com mão forte ferirá todo o Egito.

 

O papel da mulher na sociedade Monoteísta 

        Na porção semanal de Shemot lemos sobre o começo da escravidão de nossos antepassados no Egito e sobre os fatores que os redimiram. Nossos sábios observam que as mulheres monoteísta no Egito eram responsáveis pela Redenção. Elas derrotaram o faraó e suas intrigas acendendo a chama dos valores espirituais no coração de sua geração.

        Em nossa sociedade contemporânea a mulher compromissada com a Torah tem sido colocada na delicada posição de timoneiro do barco de sobrevivência. A educação das crianças é quase que totalmente legada a ela. Caso renegue sua responsabilidade, há pouco a fazer por parte de seu marido, para retificar sua decisão.         Uma investigação mais vasta na composição de nossa vida comunitária mostrará que a mulher contemporânea está exercendo sua influência quase em todas as áreas. Geralmente é ela que determina qual escola seus filhos irão frequentar. É ativa, tanto nos círculos de sua comunidade quanto na sociedade cívica. Muito do sucesso obtido na angariação de fundos de beneficência deve ser atribuído à sua participação.

        A participação feminina ao definir a comunidade de pessoas compromissadas com a Torah, como um "Matriarcado". Como sua influência é indubitável, é extremamente importante que a mulher esteja devida-mente equipada para desempenhar seu papel. Seu conhecimento sobre os valores é imprescindível.

        Estamos confiantes que a mulher compromissada com a Torah, uma vez consciente de seu papel singular, já aceitou o desafio de redimir os homens do século XXI da escravidão, ignorância e  indiferença a Torah, que ameaça sua sobrevivência nos dias atuais.

 

 

Por que Moshê merecia converter-se no líder de Bnei Israel

 

        Apesar de ter-se criado no Egito, Moshê se aproximou de seus irmãos e compartilhou de sua dor.
Quando viu que um escravo hebreu era golpeado, quase assassinado pelo capataz egípcio, matou o egípcio para salvar seu irmão hebreu, pois amava a todos de seu povo.


        Mais tarde, Moshê viu um hebreu a ponto de golpear outro; repreendeu o rashá (malvado), dizendo-lhe: "Como se atreve a golpear seu irmão?" Salvou-o, pois realmente se importava com cada um deles.

        Ao chegar ao poço de Midian, Moshê viu que as filhas de Yitrô eram empurradas na água pelos pastores malvados. Essas moças foram resgatadas por Moshê que realmente se preocupava com todas as pessoas criadas por D’us.

        E quando cuidou das ovelhas de Yitrô, um cordeiro sedento se aproximou em busca de água. Ao vê-lo, Moshê disse: "Sem dúvida, deves estar cansado". Levou-o até o rebanho para pô-lo a salvo, pois realmente se preocupava com todas as criaturas de D’us.

        D’us disse: "Moshê, porque te preocupas com todas as criaturas que fiz e tratas a todas tão bem, quero que sejas o pastor de meu povo, o líder do Povo de Israel."

 

D’us põe à prova o povo hebreu no Egito

        

 

        Vocês se lembram que Yaacov, junto com a família, viajou para o Egito, onde Yossef governava. Mesmo depois da morte de Yossef, seus irmãos e os filhos e netos desses permaneceram no Egito.

        Ali ficaram por muitos anos mais. O povo de Israel esteve pelo total de duzentos anos no Egito.
        Esperavam pelo mensageiro especial de D’us, porque Yossef lhes havia ordenado que não saíssem do Egito até que D’us enviasse seu mensageiro para tirá-los de lá.
        O plano de D’us era fazer com que os monoteístas permanecessem no Egito por muito tempo. Desse modo, D’us cumpriu as palavras ditas a Avraham: "Teus filhos serão estranhos numa terra que não é a deles. Serão convertidos em escravos e ali sofrerão por muitos anos."
        D’us tinha muitas razões para fazer com que os monoteistas permanecessem no Egito por um longo tempo. Uma delas era colocar os hebreus à prova, das seguintes formas:
        Continuariam sendo tsadikim (homens justos) e continuariam servindo a D’us, embora seus vizinhos egípcios venerassem ídolos?
        Os homens hebreus tomariam egípcias por esposas, ou negar-se-iam a contrair matrimônio com não-hebreu?
        Os hebreus falariam hebraico entre eles, dando aos filhos nomes hebreus, ou começariam a falar egípcio e dariam nomes egípcios aos filhos?
        E quando D’us enviasse Moshê para libertá-los, os hebreus aceitariam segui-lo a Terra de Israel ou prefeririam ficar no Egito por se sentirem bem ali?
 
        D’us pôs o povo de Israel à prova de todas essas formas. Os hebreus que não passaram por elas morreram no Egito. Somente aqueles que mereciam receber a Torá foram libertados do Egito.    

 


 

O Midrash explica:
Uma razão pela qual D’us exilou o Povo de Israel no Egito


        Nosso antepassado Yaacov tinha quatro esposas. Duas delas, Bil-ha e Zilpa, eram servas das outras duas, Rachel e Léa. Quando Yaacov casou-se com Bil-ha e Zilpa, deu-lhes a liberdade.
        Os filhos de Léa, sem pena, desprezavam os filhos de Bil-ha e Zilpa. Zombavam deles, dizendo: "Vocês são filhos de escravas!"
        D’us disse: "Levarei todos os filhos de Yaacov a uma terra estrangeira, o Egito. Os egípcios sentirão aversão pelos hebreus e os escravizarão. Então, todos os hebreus serão iguais e amigos entre si."
        E assim aconteceu. Como os egípcios depreciavam todos os hebreus, estes se tornaram amigos entre si. Quando saíram do Egito, todos os hebreus se sentiam irmãos. Nem um só deles se acreditava melhor que qualquer outro, por descender de Rachel ou Léa, nem de Bil-ha ou Zilpa

 


Como o Povo de Israel suportou a prova do exílio egípcio

        Os descendentes de Yaacov, o Povo de Israel, não prosperaram muito entre os egípcios depois da morte de Yossef e seus irmãos.
        Enquanto Yossef vivia e governava o país, havia ordenado ao Povo de Israel: "Fiquem no distrito de Goshen, longe dos egípcios!" Yossef sabia que os hebreus não se misturariam com os egípcios e desta forma não venerariam ídolos como eles.
        Quando Yossef morreu, seus irmãos continuaram advertindo os filhos e netos sobre preservar a herança do povo judeu.
        Porém, depois da morte de todos os irmãos de Yossef, os hebreus somente tinham a tribo de Levi para adverti-los de que não deveriam mesclar-se aos egípcios. Muitos hebreus se afastaram de Goshen e se fixaram em outras partes do Egito. Logo aprenderam a inclinar-se perante o deus principal do Egito, a ovelha, e perante outros deuses animais egípcios. A maioria dos hebreus começou a venerar ídolos, como seus vizinhos egípcios.
        Porém, nenhum hebreu contraiu matrimônio com mulher egipcia,  Os hebreus não falavam egípcio entre si; somente falavam lashon hakodesh, hebraico. Também não deram nomes egípcios a seus filhos.

        Porém, D’us não estava satisfeito com os judeus. Queria que todos eles continuassem servindo somente a Ele. Quando preferiam misturar-se aos egípcios e agir como eles, D’us fazia com que os egípcios odiassem os hebreus. Queria que os hebreus compreendessem que deviam fazer teshuvá (arrependimento), e deixassem de servir aos deuses egípcios.



 

Os egípcios ficam descontentes pelo grande número de filhos dos hebreus

        D’us havia prometido a Avraham que seus descendentes seriam tão numerosos como as estrelas. Começou a dar cumprimento a essa promessa aumentando a família de Yaacov. Ao chegar ao Egito, a família de Yaacov tinha somente setenta membros. Mas logo teve centenas, depois milhares, e logo centenas de milhares de hebreus.

Como isso aconteceu?


    D’us fez um milagre e as mães judias deram à luz não a um filho só, mas seis ao mesmo tempo! Logo existiam muitas famílias judias que tinham cinquenta ou sessenta filhos. E outras famílias tinham sessenta filhos homens e igual número de filhas. Imaginem o barulho, a emoção, e a diversão para as crianças, com tantos irmãos e irmãs!

    Os egípcios comentavam furiosos, cada vez mais indignados. Esperavam uma oportunidade para ferir e destruir essas crianças.

O Faraó obriga os judeus a tornarem-se seus escravos

 

        O Faraó, o rei egípcio que vivia nessa época, era um homem malvado. Decidiu ser cruel com o povo judeu. Resolveu "esquecer" que um hebreu, Yossef, havia certa vez salvado todo o Egito da morte por inanição, quando juntou o cereal necessário para alimentar todo o povo egípcio, e havia governado o país por oitenta anos.

        O faraó disse aos conselheiros: "Devemos criar um plano para evitar que as judias tenham tantos filhos! Se as famílias continuarem crescendo da forma que estão fazendo agora, logo haverá mais judeus que egípcios, e os judeus poderão aliar-se a nossos inimigos e assumir o controle do país!"
        O faraó e os ministros urdiram um terrível plano: transformariam os judeus em escravos que trabalhariam para eles noite e dia. Separariam os pais das famílias e os deixariam tão fracos que poucas crianças nasceriam.
        Mas como o faraó faria para converter os hebreus em escravos? Ele e os conselheiros tiveram uma idéia maligna.

        Proclamaram o seguinte anúncio: "O faraó precisa construir novos edifícios para armazenamento de cereal. Necessita de grande número de trabalhadores para as obras. Espera que todos os cidadãos responsáveis se unam para ajudar! Todos os trabalhadores serão pagos."

        Os egípcios disseram ao povo de Israel: "O que vocês, hebreus, estão fazendo para ajudar nosso país? Também devem ajudar!"
        Assim, os hebreus começaram a trabalhar na construção de novos armazéns para o faraó.
        Para estimular as pessoas a trabalharem, o próprio faraó se apresentou na obra no primeiro dia, pá na mão. Logo correu a notícia de que até o rei havia pessoalmente ajudado nas tarefas da construção. Animadas, mais e mais pessoas se apresentaram, entre essas todos os homens hebreus, com exceção daqueles da tribo de Levi.
        Os homens do faraó foram aos homens da tribo de Levi e perguntaram: "Não nos ajudarão na construção?" Mas eles se negaram. Responderam: "Somos os professores do povo hebreu. Devemos estudar e ensiná-los. Não temos tempo para nenhum outro trabalho."
        Quando os homens do faraó escutaram isso, não mais incomodaram os homens da tribo de Levi.
        A princípio, o faraó pagava aos trabalhadores hebreus. Ao cabo de certo tempo, porém, deixou de fazê-lo. Quando os hebreus protestaram, os supervisores disseram: "O rei ordena que todos os hebreus continuem construindo, mesmo sem salário!" Alguns hebreus não se apresentaram mais para trabalhar, mas os supervisores conheciam o nome e endereço de cada um deles. Os policiais egípcios eram informados sobre todo hebreu que faltava ao trabalho, e este era levado à força.
        Os supervisores egípcios eram exploradores cruéis e desalmados. Obrigaram todos os hebreus a trabalhar rapidamente e sem descanso. Se um hebreu demorava porque estava cansado, era açoitado com um chicote e obrigado a trabalhar ainda mais rápido.
        O faraó também designou policiais entre os hebreus, cujo trabalho era conseguir que os hebreus trabalhassem ao máximo de sua capacidade. Os policiais hebreus tinham ordens de açoitar todo hebreu  que fosse lento no trabalho, mas se negaram a castigar seus irmãos hebreus. Quando os supervisores egípcios viram que os policiais hebreus, se apiedava dos demais judeus e permitia-lhes fazer o trabalho mais lentamente, começaram então a açoitar estes policiais. Porém, estes  preferiam o chicote a golpear seus irmãos hebreus.
        Mais tarde, D’us premiou estes heróicos policiais judeus. Chamou-os zekenim, anciãos do povo judaico.

 


O faraó dá permissão aos egípcios para empregar hebreus como escravos

        O faraó esperava escutar a notícia de que o Povo de Israel tinha cada vez menor número de filhos. Mas para sua desilusão, foi informado que o número de filhos era cada vez maior!

        "Os judeus não trabalham com empenho suficiente!" concluiu o faraó. "Aí é que está o problema."
Por isso, o faraó fez um novo anúncio. "Todo egípcio pode levar os hebreus que quiser, a fim de que trabalhem na sua casa ou na lavoura."


        Os egípcios ficaram muito satisfeitos com essa nova ordem, pois agora podiam ter todos os escravos que quisessem para fazer seu trabalho.

        Um egípcio podia simplesmente dizer a um judeu: "Preciso de alguém para tirar as pedras do meu jardim", ou "necessito plantar meu jardim, venha comigo!" e o pobre e exausto judeu deveria trabalhar para o egípcio à noite, quando terminasse o trabalho para o faraó.

        Porém, a esperança do faraó de que cada vez houvessem menos filhos para os judeus não se cumpriu. As famílias judias continuaram crescendo. De tal modo cresceram que o faraó aprovou um novo decreto. A princípio, os homens do faraó forneciam aos judeus os tijolos para a construção.
Agora o faraó queria que os hebreus fabricassem seus próprios tijolos. Deviam reunir o material para fabricar os tijolos, exceto a palha, que seria fornecida pelo faraó. Esta nova exigência tornou o trabalho dos pobres escravos hebreus muito mais difícil.

        Mas os planos do faraó não tinham êxito. As famílias judias se multiplicavam cada vez mais.
        Quando o faraó se deu conta disso, urdiu um plano novo e terrível. De agora em diante, tomaria os cuidados para que todos os homens hebreus recém-nascidos fossem assassinados secretamente!

 

 

O faraó ordena às parteiras que matem em segredo os hebreus recém-nascidos

 

        O faraó ordenou que trouxessem ao palácio as duas mulheres judias encarregadas de ajudar as mães a ter os bebês. Chamavam-se Shifra e Puá.
Ordenou-lhes: "Shifra e Puá, façam com que não nasçam mais meninos hebreus vivos! Quando forem chamadas à casa de uma judia prestes a dar à luz e for um menino, asfixiem-no e digam à mãe: "Sentimos muito, mas seu filho nasceu morto!"

O faraó pensou: "Pronto, não haverá mais meninos hebreus."


        Por que o faraó ordenou a morte somente dos varões? Poderia ter ordenado a morte de meninas! Mas os sábios feiticeiros o haviam avisado: "vemos nas estrelas, Majestade, que está para nascer um menino que libertará todos os escravos hebreus e os tirará do Egito." Por isso, o faraó decidiu matar todos os meninos hebreus, na esperança de que o futuro líder se encontrasse entre eles. Não ocorreu ao faraó que as parteiras pudessem desobedecer-lhe. Afinal, bem se sabia no Egito que todo aquele que se atrevesse a desobedecer o poderoso faraó seria condenado à morte.
        Acontece que Shifra e Puá decidiram ignorar a ordem, pois eram tsadikaniot, mulheres de bem. Afirmaram: "Estamos dispostas a morrer antes de matar meninos hebreus, D’us nos livre!"

        Quando o faraó ficou sabendo que nenhum menino hebreu estava nascendo morto, chamou Shifra e Puá para repreendê-las: "Por que estão deixando viver os meninos hebreu?"

        Elas responderam: "Não é nossa culpa, Majestade. Nunca somos chamadas a tempo. As mulheres judias fazem Tefilá (rezam) para que seus filhos nasçam rapidamente e em paz. Quando nos chamam já é demasiado tarde; os bebês já nasceram!"

    D’us recompensou Shifra e Puá com bênçãos pela sua coragem em desobedecer as ordens do faraó. Seus descendentes se converteram nos líderes do povo judeu: cohanim, leviyim e reis.

 

 

 Faraó reuniu seus conselheiros para saber qual posição tomar diante do problema

 

 O livro de Jó segundo os comentários do Talmud, no Midrash, é de origem egípcia. 

Embora outras fontes indiquem serem Moisés o autor, ainda assim não são geralmente aceitas no meio Judaico devido o estilo de linguagem ser distinto do estilo literário de Moisés. 

Alguns sugerem que o livro de Jó teve origens em períodos posteriores, mas a idéia mais aceitável é que realmente seja segundo o Midrash aponta, um livro Egípcio escrito por um Egípcio, no caso Jó! 

Jó não era hebreu, na verdade Jó nunca foi hebreu. Jó era um egípcio que praticava o monoteísmo. Segundo o Midrash Jó foi um dos conselheiros do Faraó que ordenou o afogamento dos meninos hebreus.

O Midrash vai, ao afirmar que o Faraó reuniu seus conselheiros para saber qual posição tomar diante do problema da super população hebraica. 

No caso a votação para a matança dos meninos hebreus ficou empatada entre deixar viver os meninos, ou afogá-los no rio Nilo, e cabia nas mãos de Jó o voto de Minerva (desempate). No caso Jó absteve de votar deixando a solução para a convocação de outro conselheiro que apoiou o afogamento dos meninos hebreus em sacrifício ao deus Nilo (o rio Nilo era adorado como uma manifestação de um dos deuses egípcios!). 

Foi esta omissão de Jó que resultou em seus castigos. 


Os meninos judeus são arremessados ao Rio Nilo

O faraó e seus assessores compreenderam que não podiam mandar matar os meninos judeus em segredo, de modo que decidiram assassiná-los abertamente.

O rei proclamou: "De agora em diante, todos os varões judeus serão jogados ao Nilo!"

Como o faraó imaginou que as mães judias esconderiam seus filhos recém-nascidos, ordenou aos egípcios que se mudassem para casas vizinhas às dos judeus para espioná-los e saber quando uma mulher judia estava prestes a dar à luz. Então deviam informar à polícia egípcia, e a casa judaica era registrada assim que nascesse o bebê. Se fosse menino, levariam-no e o afogariam no rio. Os egípcios ajudaram o faraó, vigiando os judeus. Diziam aos filhos: "sigam as mulheres judias para todos os lados, assim saberão quando estão prestes a dar à luz."

As egípcias também ajudaram o faraó da seguinte maneira: quando um policial egípcio ia procurar um menino judeu num lugar assinalado e não o encontrava, as mulheres egípcias levavam seu próprio filho ao lugar. Beliscavam a criança para que chorasse, e quando o menino judeu escutava o choro, também começava a chorar. Assim, era descoberto e levado para ser jogado ao Rio Nilo.

 

 

A vida de Jó naqueles dias

 

 

Faraó reuniu seus conselheiros para saber qual posição tomar diante do problema

    Que ele era um homem integro  e justo. Inclusive Satanás ficou diante de Deus e acusou Jó de ser interesseiro. Ele alegou que este homem era fiel servia a Deus somente porque recebia bênçãos e proteção do Senhor. Mas Deus conheceu o coração deste homem da terra de Ur, e sabia que era, de fato, um homem sem par, “íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal”, porque só Deus conhece o coraçao do homem.

     

A História

    Nasceram-lhe sete filhos e três filhas . Possuía ele sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas, tendo também muitos servos; de modo que este homem era o maior de todos os do Oriente.

 Veio  Satanás entre eles. Disse o Senhor a Satanás: "Notaste porventura o meu servo Jó, que ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, que teme a Deus, e se desvia do malSatanás, entretanto, desafia a integridade de Jó, e então Deus permite que Satanás interfira na vida de Jó, resultando na tragédia de Jó: a perda  de seus bens, de seus filhos e de sua saúde.

Jó, porém, não blasfemou contra Deus, mas, ao invés disso, ele se levantou, rasgou o seu manto, rapou a sua cabeça e, lançando-se em terra, adorou ao Senhor; e disse: "nu saí do ventre da minha mãe, e nu tornarei para lá. Deus me deu, e Deus tirou; bendito seja o nome do Senhor"

Deus permitiu que Satanás ferisse Jó de úlceras malignas, desde a planta do pé até o alto da cabeça.

    Após a narração desses fatos, sucederam debates entre Jó e seus amigos (Elifaz, Bildad e Sofar) sobre a grandeza dos propósitos da divindade e sobre os mistérios da vida humana e sua culpabilidade. Ao final, Deus aparece a eles e repreende-os, e Jó fala: "Antes eu Te conhecia de ouvir falar, mas agora meus olhos Te veem". Jó lembrou-se de sua omissão no passado e se arrependeu, em seguida, Jó deixou o Egito e foi viver as margens do Mar vermelho, No Sudão.

    E Deus virou a situação de Jó, enquanto ele orava pelos seus amigos, e o Senhor devolveu a Jó em dobro a tudo quanto antes possuía de bens materiais, além de vir a ter outros sete filhos e três filhas, as quais vieram a ser consideradas como as mais belas da época. E quanto a Jó, ele viveu cento e quarenta anos, e morreu velho e farto de dias.

     Séculos depois, Deus citou o nome de Jó como um de três exemplos de homens que se mostraram retos em circunstâncias difíceis (Ezequiel 14:12-20). Passaram ainda outros 2.600 anos da profecia de Ezequiel até hoje, e Jó continua como um excelente exemplo de um homem íntegro.


Um Resumo da História de Jó

    A história de Jó se resume em duas discussões entre Deus e Satanás, a aflição de Jó pelo Adversário, uma série de debates nos quais Jó e alguns amigos procuram entender o seu sofrimento, e as respostas do próprio Senhor no final do livro.

    Jó nasceu em Ur há muito tempo e se tormou conselheiro da corte do Faraó. Não sabemos nada sobre a sua linhagem, mas as Escrituras relatam que foi um homem, monoteísta abraâmico e muito fiel a Deus. Jó era casado, com dez filhos, e era o homem mais rico da região onde morava.,no Egito

    Mas Satanás, o acusador dos servos de Deus, alegou que a fé de Jó era superficial, pois se acorvardou diante de uma decisão perante Faraó, em eliminara as crianças no Nilo - Jó era o voto minerva e optou em não votar, e passou a responsabilidade, para o outro egipcio. Logo, Deus permitiu que o Adversário o atormentasse Jó. Ele tirou a riqueza, os filhos e a saúde deste homem íntegro,através das pragas  que assolaram o Egito, mas Jó não se virou contra Deus.

    Amigos de Jó tentaram confortar o sofredor, mas acabaram aumentando a sua aflição. No seu entendimento limitado da justiça e da sabedoria do Soberano Deus, eles acusaram Jó, falsamente, de ser um terrível pecador, que recebia castigo divino merecido. Jó, sendo fiel, não podia mentir e admitir pecados, que não havia cometido. Ele discutiu com os amigos e negou as suas acusações pesadas. Mas ele, também, não compreendia os motivos do seu sofrimento (estes homens não sabiam das conversas entre Deus e Satanás). Ele queria perguntar para Deus e se defender diante do Criador, mas não tinha acesso ao Senhor. Depois de vários debates com seus amigos, Jó ouviu as palavras de Deus no final do livro. Deus ainda não explicou tudo para ele, mas relembrou Jó e seus amigos que ele é o Soberano e Onisciente Deus, Criador e Sustentador do Universo.

Perspectivas Diferentes sobre Jó

    O problema específico  é o sofrimento deste homem. Apresentam basicamente quatro perspectivas diferentes sobre Jó e sua circunstância.

    A Perspectiva de Jó: Este homem não se achou perfeito, mas ele se considerou justo. Ele não reconhecia nenhum pecado que traria sobre ele a ira de Deus. Até sentiu a confiança para falar para Deus: “Quantas culpas e pecados tenho eu? Notifica-me a minha transgressão e o meu pecado” .

    A Perspectiva dos Amigos de Jó: Os amigos de Jó, como muitos falsos mestres hoje, acreditavam que a circunstância na vida sempre refletia a sua posição diante de Deus – pessoas más sofrem, e pessoas que servem a Deus param de sofrer. Elifaz, um dos amigos, afirmou: “Todos os dias o perverso é atormentado” . Devido a esta atitude, eles concluíram que Jó estava sofrendo por causa de pecados na sua vida. Acusaram Jó de crimes terríveis  e o criticaram por não confessar pecados (que ele não tinha cometido!). Bildade falou que, se Jó se arrependesse, Deus “sem demora” restauraria a sua prosperidade.

    A Perspectiva de Satanás:  Não conseguia imaginar um homem fiel somente porque Deus merece honra e adoração. Ele atribuiu aos homens, inclusive a Jó, motivos egoístas. O homem só serve a Deus para receber alguma coisa em troca. Assim, ele pensou, se tirar as bênçãos da vida da pessoa (Jó, neste caso), ela rejeitaria o próprio Senhor. A mulher de Jó caiu no mesmo pensamento errado, mas Jó repreendeu a tolice dela e manteve sua integridade.

    A Perspectiva de Deus: Uma das coisas mais impressionantes é a avaliação divina deste homem. Foi Deus que disse: “Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal”. Deus sabia que a fé de Jó não se baseava nas coisas que ele tinha. Jó, como homem, sabia muito bem quem é Deus. Mesmo depois de Jó sofrer tanto e mostrar a sua confusão sobre o papel de Deus, ele continuou respeitando o Senhor. Ele pediu perdão por ter questionado o Soberano e se lembrou que se absteve em votar contra as crianças, que foram jogadas no Nilo. Deus aceitou o humilde serviço de Jó, e mandou que os amigos dele pedissem a intercessão deste homem justo para procurarem perdão por suas palavras erradas.

O que aprendemos?

    Há muitas perspectivas divergentes, até sobre cada um de nós. A nossa própria perspectiva é importante, mas não é uma avaliação garantida. O homem pode ter uma consciência limpa, mas ainda estar errado diante de Deus. Mas, devemos buscar a integridade para manter a consciência limpa. Jó sabia de sua própria conduta, e viveu conforme os princípios de Deus . Ele falou que vigiava para manter a pureza sexual, até nos pensamentos  Ele foi honesto em todos os aspectos da sua vida. Tratava bem as pessoas, inclusive servos e pobres. Não confiava nas coisas materiais . Não odiava e não se vingava . Não escondia seus erros. Nós precisamos fazer como Jó, e comparar as nossas vidas aos princípios revelados por Deus para ter confiança da nossa comunhão com o Senhor: “Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos” 

    A avaliação de outros pode nos ajudar, especialmente quando pessoas fiéis ao Senhor corrigem os nossos pecados. Mas outras pessoas podem errar, condenando os justos e aprovando os pecadores. Não é a opinião popular que nos julgará, e muito menos a avaliação do Adversário!

    No final das contas, a única avaliação que realmente importa é a de Deus. O que ele acha da minha vida, e da sua? Ele é o Juiz perfeitamente certo em todas as suas decisões. Deus dará a recompensa do Olam Rabá aos fiéis, porque ele é o reto juiz.

    Davi, no seu arrependimento, disse: “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto”  A avaliação de Deus da nossa vida pode mudar. Ele pode esquecer dos nossos enganos e nos aceitar como pessoas justas

 

Nasce Moshê

 

        Um dos líderes do povo judeu nesse momento era o tsadic (justo) Amram, da tribo de Levi. Era tão justo que não havia jamais cometido um só pecado na vida. Sua esposa Yocheved era também uma grande tsadeket (justa). Tinham uma filha de seis anos, Miriam, e um filho de três, Aharon.

        No dia em que Yocheved estava para dar à luz a outro menino, os astrólogos e sábios do faraó o advertiram: "Lemos nas estrelas que hoje nascerá o menino que tirará os judeus do Egito." Porém, os egípcios nunca puderam descobrir o filho de Amram e Yocheved. Esta o escondeu em casa por três meses. Porém, temerosa de que os egípcios tivessem visto algo, buscou outro esconderijo.

        Yocheved pensou: "Talvez, se ocultar meu filho no rio, os astrólogos do faraó vejam nas estrelas que o menino que os preocupa foi jogado ao rio. Talvez assim o faraó cancele a ordem de atirar os meninos judeus no rio."

Moshê no Rio Nilo


            A mãe de Moshê arrumou uma caixa de madeira e colocou uma tampa. Para impermeabilizá-la, cobriu-a com breu por fora e com argila por dentro. Pôs a caixa no Rio Nilo entre os juncos que cresciam às margens, onde poderia ser vista pela gente que passava perto do rio.

            A irmã de Moshê, Miriam, decidiu permanecer perto da margem do rio para ver o que aconteceria ao irmãozinho. Passaram-se vinte minutos e ninguém notou a caixa que flutuava no rio.

        Mas quem se aproximava agora? Miriam viu que se tratava de uma dama egípcia da alta nobreza, seguida pelas criadas. Quem poderia ser? Quando se aproximou, Miriam viu que era a filha do faraó, a princesa Batia, que vinha banhar-se no Nilo. Podem imaginar como bateu o coraçãozinho de Miriam, quando viu que Batia mergulhava no rio, não muito distante da caixa com seu irmãozinho dentro?

        Miriam observou ansiosamente, para ver se Batia descobriria o menino. Pois não é que descobriu?
"Que será isso que flutua entre os juncos?" exclamou a princesa.


        Ordenou às criadas: "Tragam-me essa caixa! Como se negassem, Batia estendeu o braço para alcançá-la. Era impossível para Batia alcançar a caixa, que estava fora de seu alcance, mas ela tentou de todas as maneiras. D’us fez um milagre: seu braço se esticou até alcançar a caixa, e Batia pôde abri-la. Surpreendeu-se ao encontrar um menino dentro.

        Que lindo bebê! Batia ficou encantada, e não sabia o que fazer com ele. D’us enviou o anjo Gabriel para que desse uma palmada no menino, que começou a chorar; Batia sentiu pena dele. "Rápido, corram!!" ordenou às criadas. "Este menino deve ser um judeu, e está morrendo de fome. Tragam uma ama de leite para que o amamente!"

        As moças regressaram com uma ama egípcia, mas para surpresa de todos, o bebê fechava a boca com força e não quis mamar do seu peito. Batia ordenou quer trouxessem outra ama egípcia para amamentar o nenê, porém uma vez mais ele cerrou a boca e se negou a mamar. Miriam estava observando a cena desde o começo. Neste momento, perguntou: "Trago uma ama judia? Talvez o menino aceite seu leite."

Quando a princesa consentiu, Miriam correu para casa e trouxe a sua própria mãe, Yojcheved. Naturalmente, o pequeno mamou o leite de sua mãe!

 


Moshê no palácio do faraó

    Você acaba de saber quem era o menino. Não era outro senão Moshê. Na verdade, este nome foi-lhe dado pela princesa Batia. Chamou-o assim porque a palavra Moshê significa "tirei-o da água", e Batia o havia encontrado no rio.

 

A Palavra Moshê significa "tirei-o da água",

·         Tradicionalmente o significado atribuído a seu nome é "retirado das águas", em referência as circunstâncias de sua adoção narradas na Bíblia  É de origem egípcia, sem o elemento teofórico. Més ou na forma grega, mais divulgada, Mósis, deriva da raiz substantivams criança ou filho, correlata da forma verbal msy, que significa "gerar". Note-se que na língua egípcia, à semelhança de outras do Próximo Oriente, a escrita renunciava ao uso das vogais. Més significa assim "gerado", "nascido" ou "filho". Tome-se como exemplo os nomes dos faraós Amósis, que significa "filho de [deus] Amon-Rá", Tutmés (Tutmósis), significando "filho de deus Tut, ou ainda Ramsés, com o significado de "filho de deus ". Entretanto a própria filha de Faraó diz chama-lo assim, por lhe ter tirado das águas 1Moisés era filho de Anrão e Joquebede, seus pais eram da Tribo de Levi. Seu irmão mais velho era Arão e sua irmã chamava-se Miriam.


    Batia disse à mãe de Moshê: "Fique com o menino em sua casa e o amamente até que eu vá buscá-lo para levar ao palácio, e te pagarei por isso."

    Dois anos depois, a princesa reconheceu Moshê e o levou ao palácio do faraó. Cuidava muito bem dele. Amava o menino como se fosse seu próprio filho. Seu pai, o faraó, também se encantou com o bebê e sempre brincava com ele.

Moshê tira a coroa do faraó


        Certa vez, o pequeno Moshê estava sentado sobre os joelhos do faraó. De repente, esticou a mãozinha, tirou a coroa do faraó, e a colocou sobre a própria cabeça.
        Podem imaginar o alvoroço que se produziu na corte? Um ministro advertiu o faraó: "Majestade, este menino, embora pequeno, já está lhe tirando a coroa! Quando crescer, tirará todo o reino! Talvez seja este o menino que os feiticeiros diziam que levaria os hebreus do Egito. Mate-o agora mesmo e não se converterá num inimigo poderoso para o senhor!
        Outro ministro interpôs-se: :Majestade, é um exagero dar tanta atenção aos atos de uma criança. Todos os pequeninos gostam de brincar com objetos brilhantes. Ele tomou sua coroa simplesmente porque pensou que era um objeto agradável e brilhante para brincar."
        Para por fim à discussão entre os ministros, decidiram por o pequeno Moshê à prova, e descobrir porque havia tirado a coroa do faraó. Compreendia ele a importância da coroa ou estava só brincando? Se a prova mostrasse que Moshê havia tomado a coroa do faraó com um propósito determinado, seria morto.
        Colocaram diante de Moshê duas vasilhas: uma cheia de moedas de ouro e outra de carvões acesos e resplandecentes. Escolheria Moshê o ouro ou os carvões ardentes? Se escolhesse as moedas de ouro, demonstraria que tinha inteligência suficiente para compreender que o ouro era mais valioso que o carvão. Se era tão inteligente, isso queria dizer que compreendia o valor da coroa e que a havia colocado sobre a própria cabeça de propósito. Porém, se escolhesse o carvão por causa de seu esplendor, demonstraria ser apenas uma criança que se sentia atraída pelo brilho da coroa.
        Moshê era um menino muito esperto. Sabia que o ouro era muito mais valioso que o carvão, e estendeu a mãozinha para o ouro. Mas D’us enviou o anjo Gabriel para que empurrasse a mão de Moshê até o recipiente cheio de carvões ardentes. Moshê pegou um, e, vendo que estava muito quente para segurá-lo, levou-o à boca. O carvão ardente queimou-lhe a língua, e desde esse dia Moshê teve dificuldades para falar.

 


Moshê cresce

        Moshê cresceu no palácio do faraó. Embora fosse tratado como um príncipe e pudesse desfrutar de todos os prazeres da corte egípcia, Moshê estava sempre triste, tão triste que chorava sem parar. Havia descoberto que era hebreu, e sentia-se consternado ao ver como o faraó tratava cruelmente a seus irmãos, os judeus. Moshê se negou a desfrutar dos prazeres do palácio enquanto outros judeus sofriam e trabalhavam duramente.
        Então, Moshê pediu ao faraó que o deixasse supervisionar os escravos hebreus e a cada vez que visitava um lugar onde via os hebreus trabalhando, ajudava-os secretamente no que fosse possível. Com o pretexto de ajudar o faraó, Moshê os ajudava a carregar fardos ou a terminar um trabalho. Angustiava-se terrivelmente ao ver que os judeus sofriam tanto.

Os planos de Moshê para dar aos judeus um dia de descanso


        Moshê estava constantemente pensando na forma de aliviar o trabalho dos judeus, e finalmente elaborou um plano.
        Foi ver o faraó e lhe disse: "Tenho observado os hebreus trabalhando e devo informar-lhe que estão a ponto de sofrer um colapso. Aí, não terão mais utilidade, pois o senhor os obriga a trabalhar sem descanso. Nenhum escravo pode trabalhar semana após semana, mês após mês."

        "Tens alguma sugestão para evitar que sofram um colapso?" perguntou-lhe o faraó.

        "Creio que se lhes permitisse descansar um dia por semana", sugeriu Moshê, "lhes daria a oportunidade de reunir força suficiente para trabalhar melhor o restante do tempo."

           O faraó aceitou o plano de Moshê. Quando permitiu a Moshê escolher um dia da semana,que dia acham que escolheu? Sim, foi o Shabat. Embora a torá ainda não tivesse sido outorgada, Moshê sabia que o Shabat era um dia santo. Sabia que Avraham, Yitschac, Yaacov e Yossef descansavam no Shabat.

        Segundo outro Midrash, o faraó descobriu que qualquer edifício que os judeus levantavam no Shabat, caía imediatamente.

        O faraó perguntou desconfiado: "Por que os edifícios construídos no sétimo dia não duram?"
Moshê explicou ao faraó: "Porque não lhes permite descansar neste dia!"


        Desde então, o faraó liberou o Povo de Israel de trabalhar no Shabat.

 

 

 

Moshê mata um egípcio

 

        Certo dia, quando Moshê tinha vinte anos, chegou ao lugar onde trabalhavam os judeus e se deparou com um espetáculo pavoroso! Um supervisor egípcio estava chicoteando selvagemente um hebreu!
    Moshê sabia que precisava detê-lo rapidamente ou ele mataria o judeu. Decidiu que o malvado egípcio não merecia viver, mas pensou que poderia ter filhos ou netos que fossem bons. Embora Moshê fosse jovem, era um grande tsadic (justo) que tinha um poderoso ruach hacodesh, um dom de D’us que lhe permitia ver o futuro de uma pessoa. Moshê previu que este egípcio era um malvado da pior espécie, e que seus filhos e descendentes que pudesse ter seriam reshaim (malvados).

        Moshê conhecia o segredo de matar uma pessoa invocando o nome de D’us, pois D’us havia enviado um anjo para que o ensinasse. Pronunciou um dos nomes santos de D’us, com 42 letras, e o egípcio caiu morto.

 

    A primeira coisa que devemos perceber – o que está literalmente fundindo as mentes dos físicos por todo o mundo – é que a morte não é uma lei desse Universo. A morte é uma estatística. O que isso significa? Eu quero que vocês se imaginem encolhendo para o nível de nossas células do nosso corpo. Agora vamos encolher ainda mais para o nível de moléculas. Agora imagine indo ainda mais longe, para o domínio dos átomos. Agora nós vemos os átomos grandes como nós, ao nosso redor. De acordo com a Física, se nós fôssemos desse jeito, microscopicamente pequenos, rodeados por átomos, você veria que os átomos, que têm 15 bilhões de anos, desde o Big Bang, eles são assustadoramente novos como eram 15 bilhões de anos atrás. Porque os átomos não envelhecem. Átomos não decaem, não amadurecem.

    A segunda coisa que você notaria é que, de acordo com a Segunda Lei da Mecânica de Newton, e todos físicos concordam, você verá esses átomos se amontoando para criar moléculas, e que eles se movem tanto para frente quanto para trás no que nós chamamos de tempo. Que de acordo com as leis de física, no nível microscópico, não há tempo. As moléculas podem ir pra cá e pra lá, o que criou o  que os físicos chamam – e essa lei entrou em vigor no final dos século 19 – é chamado o Paradoxo da Reversibilidade do Tempo, que significa, se átomos são imortais e nunca morrem, como pode ser que, se não há tempo, se as moléculas podem ir pra frente e pra trás e nós somos feitos de moléculas, como não podemos voltar no tempo? Por que apenas envelhecemos mas não invertemos e ficamos mais jovens? Se as moléculas que formam as nossas células se separam e se forma uma ruga na minha face, por que ela não pode inverter e recuperar minha pele? Restaurar um coração, um fígado, um osso? Todos físicos reconhecem que é um paradoxo, não faz o menor sentido. É como dizer que tem partículas de neve que formam o Homem de Neve – como podem partículas imortais não formar um Homem Imortal? Como pode partículas que vão para a frente e para trás no tempo não formar um homem que vai para a frente e para trás no tempo? Não faz sentido. Algo estranho está acontecendo e até hoje eles não sabem o que é.

    Então o que a Kabbalah diz é que a parte que nos forma é imortal, mas as formas que somos criados, eu e você, não são imortais. Então as formas podem se separar, mas as peças individuais permanecem imortais. Então permita-me um exercício rápido: vamos fingir que todos nós somos átomos, e cada um de nós é imortal, então todos, por favor, segurem as mãos. Agora nós somos uma molécula. Então quando átomos se unem e seguram as mãos, eles formam moléculas. Agora vamos ver a molécula morrer: todos soltem as mãos. A molécula desapareceu, mas os átomos ainda estão aqui.

    Então o que o Rav nos ensina que o que aconteceu é que espaço surgiu entre os átomos, há agora espaço entre cada um de nós. Quando seguramos as mãos, não há espaço, quando soltamos, há espaço. Mas o que está deixando os físicos loucos, e na verdade, um deles cometeu suicídio, o nome dele é Ludwig Van Boltzmann, ele estava tão estressado e chateado por não ter conseguido quebrar esse paradoxo, ele cometeu suicídio.

    Esse paradoxo, do ponto de vista kabalistico, não é na verdade um paradoxo. Eles descobriram que a razão pela qual os átomos se desligam, pela qual as formas se desfazem e nós envelhecemos, é a Segunda Lei da Termodinâmica, que diz que tudo se espalha no espaço, então as moléculas se espalham no espaço e dessa forma, nós envelhecemos.

    Os átomos se desligam, as moléculas desaparecem e nós desaparecemos. As células que fazem o nosso corpo, nossos órgãos. Então por conta da segunda lei, os átomos se espalham no espaço, mas de acordo com a Física, eles deveriam, teoricamente, voltar e se unir novamente, porque não há nada nas leis da Física que previnem que a molécula façam o reverso. Por que nós não vemos isso? Um dos enigmas que advém disso é que se você incendeia uma árvore, instantaneamente e espontaneamente, eles se transformam em fumaça e cinzas depois que ela se queima. De acordo com a física, por que essas mesmas moléculas espontaneamente não criam uma árvore? Não há nada nas leis da Física que não permitem que as mesmas cinzas e fumaças se recombinem e formem a árvore.

Por que não vemos isso acontecer?

    É como a Ressurreição. Não há nada nas leis da Física que impeçam de alguém que já morreu e cujos átomos ainda estão no Universo, recombinem instantaneamente. Por que a gente não vê isso acontecer? Então o que os físicos perceberam é que a morte e a Segunda Lei da Termodinâmica não são realmente uma Lei. Ouçam com atenção. É relacionada à estatística. O que quero dizer com isso? Quero que vocês pensem e visualizem um quebra-cabeça aqui, uma tela de computador e eu fiz um modelo de um quebra-cabeça de 53 peças. Agora pressionamos um botão e o computador desfaz o quebra-cabeça. Agora visualizem todas essas peças flutuando aleatoriamente ao nosso redor. Se nós queremos recolocar e religar esse quebra-cabeça, nós vamos ter de fazer 53 movimentos corretos, se isso demora um segundo, para colocar uma peça junto, em um minuto, o quebra-cabeça está de volta. Qual o problema? Estatística. Eu quero que vocês adivinhem: quantos movimentos corretos há pra se fazer 52 movimentos certos num quebra-cabeça de 53 pecas? Quantas opções incorretas, movimentos incorretos, há nessas 53 peças? Muitos milhões? A resposta, de acordo com a Física, de número de erros potenciais é maior que o numero de segundos que já passou desde o Big Bang, 50 bilhões de anos atrás, apenas com um quebra-cabeça de 53 peças. Então as chances da fumaça e as cinzas se reconectarem e se transformarem em uma árvore, não é que não possa ser feito, as chances são que você não irá ver acontecer durante sua vida inteira, por conta de tempo, trilhões e trilhões de anos no futuro. Agora isso para um quebra-cabeça de 53 pecas.

    E agora um homem e uma mulher que são feitos de átomos e cada átomo se conecta. Se um quebra-cabeça de 53 pecas tem milhões de movimentos, quantas maneiras há combinações para se reconstituir um homem cujo corpo acabou de se desintegrar?

    Se a gente perder apenas 53 átomos da sua bochecha, você tem uma ruga e há bilhões de átomos para se fazer uma ruga. Mas se você perdesse apenas 53 átomos demoraria muito mais do que o numero de segundos que já passaram desde o Big Bang.

    O que faremos?

    Então, nós entendemos agora o que os físicos dizem, que eles modelaram isso só com alguns átomos e mostraram que quando alguns átomos estão juntos e quando eles retornaram ao seu estado original, a razão pela qual nós não vemos árvores aparecendo do nada, a razão pela qual nós não vemos familiares mortos voltando do nada é por causa da estatística, as chances estão contra nós.

    E agora entra o Rav Berg com uma solução: é brilhante! Eu quero que você relembre essa figura de quebra cabeça, o Rav revelou não 14 trilhões de movimentos errados, o Rav revelou 1 movimento que vai reconectar um quebra-cabeça de 53 peças, todo mundo vê as peças voando no modelo do computador e o único movimento que vai remontar o quebra-cabeça é se você sugar todo o espaço, remover o espaço, aí o quebra-cabeça instantaneamente remonta-se.

    Ao invés de exaurir todos os movimentos errados em nossas vidas,  tentando entender como ser feliz, como achar a nossa alma-gêmea, como sair de uma situação financeira, ao invés de calcular todos esses movimentos, que há mais movimentos errados do que certos, apenas um cara chegou, teve a idéia do twitter, teve a idéia do facebook, quantas pessoas tentaram idéias diferentes e não acertaram, ao invés de exaurir todos os movimentos errados, remova o espaço e esse quebra-cabeça vai remontar na sua vida automaticamente.

    Como você remove espaço? Bem vindo a grande historia dessa porção. Nanotecnologia é a essência dessa porção da semana. O grande espaço que existe no universo é o espaço entre mente e matéria. Sabe, nós acreditamos que mente e matéria são separados, então você pode dizer que há três níveis que qualquer pessoa no mundo tem que passar. O primeiro nível é mente e matéria, onde nós estamos sobre a falsa crença de que nós somos separados um do outro, que minha mente está separada da matéria, que eu sou separado do meu vizinho e do meu inimigo.

    O segundo é a mente sobre a matéria e normalmente quando você começa um caminho como a Kabbalah usando as ferramentas da Torah que foram dadas a Moisés por uma razão que era para a gente atingir esse nível, quando nós começamos a usar essas ferramentas, nós começamos a vivenciar mente sobre a matéria, não o tempo todo, às vezes você tem um milagre, você controla o meio ambiente, você controla a situação, mas a maioria das situações você não consegue, mas  a gente se esforça por níveis maiores  de mente sobre a matéria. Alguém sabe qual o terceiro nível? Mente é matéria, esse é o nível do kabalista. O kabalista sabe que não há diferença entre mente e matéria. Na mesma matéria que é gelo e outra forma de água líquida é tudo o mesmo. O problema não é uma decisão intelectual – ok, agora eu sei que mente é matéria – não, não funciona dessa forma. A mente é matéria é um estado de consciência, é um estado de pureza  que você tem que transcender  o espaço da mente sobre a matéria, entre mente e matéria e esse espaço é causado por uma coisa apenas: o ego humano. O ego é o que mente, o que fabrica todo esse espaço no universo e é por isso que esse caminho é sobre remover e erradicar o ego, porque quando o ego vai embora, o quebra-cabeça vai se remontar automaticamente porque você removeu o espaço. Quão estúpidos somos nós quando defendemos o ego e nós vamos exaurindo todas as possibilidades tentando trazer a imortalidade, tentando trazer o paraíso, quando nós não estamos nos livrando do nosso ego e apesar de, intelectualmente, eu sei que eu quero me livrar do ego, mas hoje a noite eu não vou conseguir, se alguma coisa acontecer nos negócios, eu vou perder o meu temperamento, eu vou ficar nervoso, eu vou ficar medroso.

    Intelectualmente a gente sabe: livrar-se do ego. Mente é matéria não é intelectual e nem é a sua habilidade de livrar-se do seu ego. Você não vai conseguir se livrar disso. Infelizmente, nós temos que nos transformar, passar pelo processo de transformação, o que nos leva a essa porção da semana. Essa porção sempre cai dentro dessas três semanas, porque? As três semanas consistem em 21 dias. E há 21 conexões que nós fazemos durante o ano: Shabat, Rosh Chodesh, os dois dias de Rosh Hashaná, Yom Kipur, o dias de Sukkot, Shavuot, Pessach, dá um total de 21. Então essas três semanas são a remoção do espaço, ao invés de esperar o ano inteiro, em todo o ano as conexões são condensadas em três semanas. Além disso, essas três semanas estão condensadas na porção dessa semana.

    Sem espaço, o ano  inteiro está aqui, agora, nesse momento, nessa leitura da Torah. Como nós sabemos disso? Os kabalistas dizem que os 21dias tem  dias e noites, então 21 dias mais 21 noites igual a 42. E nessa porção da Torah, os Israelitas viajam para 42 locais, mas a sua jornada não é através de espaços físicos, é uma jornada de consciência. Todos os 42 locais correspondem às 42 letras de Ana Beco’ach. E se você for online e procurar qualquer rabino ao redor do mundo, qualquer instituição religiosa, nenhuma delas faz uma conexão entre os 42 locais que os Israelitas visitaram e Ana Beco’ach, mas este é o segredo de remover o ego, para remover o espaço, para que os pedaços do quebra-cabeça na nossa vida se conectem instantaneamente.

Então o que a primeira linha diz, a primeira linha diz alef, bet, guimel, yud, tav, tzadik, significa remover espaço, desmaterializar a matéria. A partir de agora quando você desmaterializar a matéria, pense em remover o ego que remove o espaço.

    A segunda linha Krat Satan, rasgar o Satan da sua consciência, tirar, remover a fonte do espaço que é o Satan, o ego que cria a distância entre mim e o meu vizinho, mim e o meu inimigo. Fechar o ego reativo e impulsivo que cria mais espaço.

(terceira linha) Nun, guimel, daled - prosperidade, dar a instituições de caridade. Quando você faz isso e isso dói, você diminui o ego, você remove espaço entre você e outra pessoa.Yud, kaf, shin - retomar todas as sua células, que são feitas de moléculas, que são feitas de átomos, para o estado embrionário onde não há tempo e espaço, e mais uma vez você está removendo espaço.

    Quarta linha significa determinação. Você pode ir para uma jornada de vida e permitir que a vida destrua o seu ego ou você pode fazer a jornada que os Israelitas fizeram hoje e fazer com a determinação de que eu vou continuar indo e proativamente permitir que o ego diminua. Isso é onde a gente sempre tenta estar certo, mesmo com boas intenções. Você discute com sua esposa, marido, suas crianças, alguém que está nos seus negócios e ai você tem boas intenções mas você não percebe que não importa se você estiver certo, se há ego, mesmo se eu estiver certo, você não vai receber nada. Se você é espiritual e amoroso, você não recebe nada. Se você reage mas você é espiritual e amoroso, você não recebe nada. Se você é reativo e você tem ego e você quer ganhar a discussão e você desiste do ego e você acha o seu ego nessa situação, você remove espaço. Mas o que a gente faz nos negócios? A gente tenta estar certo, a gente tenta fazer a coisa certa, ai tenta pensar em boas idéias ao invés de pensar em negócios. O negócio me ajuda a achar o meu ego, onde estou reagindo, onde estou sendo egoísta, onde estou perdendo o meu temperamento,  onde estou sendo medroso, nós estamos focando em soluções ao invés de focar nos problemas. Não busque soluções, elas já existem, foque no problema, o problema é o ego. Remova espaço, toda vez que você entrar em uma discussão, você pensa: eu não quero ganhar essa discussão! Mesmo que você esteja certo, eu quero achar o meu ego. Então alguém está dizendo pra mim, eles estão completamente errados, eles estão gritando e eles estão completamente errados. Eu aceito da mesma forma, eu não quero estar certo, se eu discuto novamente mesmo calmamente e proativamente, mesmo se eu argumento de volta e ganho argumento, eu faço o meu ponto ser entendido e nós nos damos a mão, nós não ganhamos nada espiritualmente.

Se eles me gritam, eu calo a boca e eu deixo meu ego levar uma martelada e eu sei que eu estou certo mas eu preciso ficar calado, no próximo dia o seu contrato de negócio acontece, no próximo dia os meus filhos estão mais felizes, a minha esposa está mais feliz, eu estou mais feliz. Nós temos que começar a focar a remover o ego e nós precisamos dessa quarta linha, determinação.

    Nós precisamos da próxima linha (chashin, kadosh) que nos permite a profecia para ver o futuro, significa que se você realmente pudesse ver o resultado de deixar o ego ser massacrado, você teria a força de fazer isso, você não vê o resultado então você luta, você quer a gratificação instantânea de vencer no momento ao invés de esperar pelo prêmio que te espera. Se você conseguisse ver esse prêmio com uma bola de cristal, você sim teria motivação de deixar, de desapegar.

A sexta linha (yachid, ge’eh) espalhar a luz do Zohar para todos os lugares do mundo, porque  o Zohar por si só é a remoção de espaço, só ter o Zohar remove espaço na sua consciência, da sua cabeça aos pés.

E a última linha é trazer o futuro para o presente, a perfeição, e a final compleitude do mundo, quando nós apenas meditamos para trazer esse momento para o presente, nós trazemos para o presente. Então todos dêem as mãos. Se você quer remover os próximos duzentos anos, ao invés de esperar e exaurir todas as possibilidades desse quebra-cabeça que se chama Messiah, remova o espaço, o quebra-cabeça vai se montar e remova o espaço das pessoas ao seu redor. 




Tradução

Nós te rogamos;
com o poder de Tua Grandiosa Direita, desmancha a atadura.
Aceites o Canto da Tua Nação, exalta-nos e purifica-nos,
ó TemidoPor favor, ó Poderoso, proteges como a pupila do Olho, aqueles que exigam a Tua Unificação.
Abençoa-os, purifica-os, concede-lhes sempre Tua Justiça misericordiosa.
Ó Santo, ó Protetor, com a abundancia da Tua Bondade, governa Tua congregação.
Ó Único, ó Exaltado, verte-Te ao Teu povo, e aqueles que se lembram de Tua Santidade.
Aceita os nossos clamores, e ouve os nossos gritos,
ó Tu, que sabes todos os mistérios.
Bendito seja o Nome daquele cujo glorioso Reino é eterno. 





Transiteração.
Ana becho'ach, g'dulat yemincha, tatir tz'ruraKabel rinat amcha sagveinu, tahareinu nora(x2)
Na gibor dorshei yichudcha, k'vavat shamremBarchem taharem, rachamei tzidkatchaTamid gamlem, chasin kadoshBerov tuvcha, nahel adatechaYachid ge'eh le'amcha p'neh, zochrei k'dushatechaShavateinu kabel ushma tza'akateinu, yode'a ta'alumot
(Baruch shem k'vod malchuto le'olam va'ed)


        Moisés rapidamente sepultou o egípcio na areia e advertiu os hebreus que haviam presenciado a cena: "Não digam uma palavra do que viram aqui."

        No dia seguinte, Moshê voltou a esse lugar. Havia problemas novamente. Dois homens estavam lutando, e um havia levantado a mão para golpear o outro. Quando Moshê se aproximou, viu que eram judeus. Eram dois reshaim (malvados) chamados Datan e Aviram.

        "Parem!" ordenou Moshê a Datan, o judeu que levantava a mão contra o outro. Por que faz isso? Nenhum judeu pode golpear outro!"

        Datan replicou com insolência: "És muito jovem para me dar ordens! E mesmo que fosses mais velho, quem te nomeou juiz sobre nós? Ou talvez queres matar-me como fez ontem com o egípcio!"
        Quando Moshê escutou essas palavras, sentiu-se desolado. Datan mencionara em voz alta o fato de que matara o egípcio. Por acaso Moshê não advertira os judeus a guardar segredo e não falar lashon hará (palavras maliciosas) sobre ele? Moshê temia que D’us não iria tirar os judeus do Egito por pecar, falando lashon hará!

        Os dois reshaim (malvados), Datan e Aviram, ficaram tão furiosos porque Moshê apartara sua briga, que se apressaram em ir ao palácio e informar ao faraó; "Moshê assassinou um supervisor egípcio!"
        O faraó deu ordens para deterem Moshê e o condenou à morte. O carrasco quis brandir sua poderosa espada no pescoço de Moshê, mas D’us fez um milagre: seu pescoço ficou duro como uma pedra, e a espada voltou-se para trás, matando o carrasco. Então D’us deixou o faraó mudo, para que não pudesse falar e dar ordens de matar Moshê, e deixou as pessoas cegas, para que não vissem sua fuga.

 

Moshê se refugia na casa de Yitrô

 

        Moshê saiu da terra do Egito, porque o faraó era poderoso e tinha espiões em toda parte. Viajou a países distantes por muitos anos, até que chegou à terra de Midyan. Enquanto descansava junto a um poço, viu sete irmãs com um rebanho de ovelhas que se aproximavam do poço. Uns pastores que estavam por perto não permitiram que as moças dessem de beber às ovelhas, e jogaram as irmãs dentro do poço.

        Quando Moshê viu o ocorrido, tirou as moças do poço e deu água às suas ovelhas. Também ajudou os pastores a dar de beber aos animais. As irmãs agradeceram e foram para casa. Ao chegarem, o pai, Yitrô, lhes perguntou: "Por que chegaram tão cedo hoje? Sempre chegam tarde, pois os pastores as tratam mal e não as deixam dar água às ovelhas."

        "Hoje um estranho, um egípcio, nos ajudou," explicaram elas. "Tirou-nos do poço e deu de beber às ovelhas."

        "Trata-se, sem dúvida, de um homem muito bondoso", disse Yitrô. Vão buscá-lo e convidem-no a jantar conosco."

        Moshê foi à casa de Yitrô.

        "Quem és, e o que fazes em Midyan?" perguntou-lhe Yitrô.

        Quando Moshê explicou que estava fugindo do faraó porque este queria matá-lo, Yitrô se assustou porque temia que o faraó o castigasse por dar abrigo a Moshê. Assim, Yitrô ordenou aos serventes que colocaram Moshê em um poço perto da casa, e o mantiveram ali por dez anos. Todos os dias, Tsiporá, uma das filhas de Yitrô, levava-lhe comida, e assim Moshê pôde sobreviver. Finalmente, dez anos depois, Yitrô o libertou.

 


O maravilhoso cajado de Moshê

        Quando D’us criou os céus e a terra e tudo que há neles, criou também um maravilhoso bastão de safira, que deu a Adam, o primeiro homem, que viveu por 930 anos. Adam o entregou a seu tataraneto, o tsadic Chanosh, que havia nascido quando Adam tinha 622 anos. Chanosh o deu a Metushelach, que por sua vez o deu a Noâch. Noâch o deu a Avraham, que o deu a Yitschac, que o deu a Yaacov, que o deu a Yossef. Quando Yossef morreu, Yitrô, que era conselheiro na corte do faraó, o tomou porque percebeu o quão importante era. Yitrô o cravou na terra de seu jardim, no fundo da casa. Porém, quando o bastão foi plantado ali, ninguém, por mais forte que fosse, não conseguia tirá-lo. Yitrô proclamou: Se algum homem conseguir tirar o bastão da terra, dar-lhe-ei uma de minhas filhas por esposa!" Mas ninguém conseguia. Quando Moshê saiu do cárcere de Yitrô, tirou o cajado. Guardou-o com ele.

Moshê se casa com Tsiporá


        Yitrô deu a Moshê a mais especial de suas filhas, Tsiporá, que era uma grande tsadeket (justa). Esta deu à luz um filho, a quem Moshê chamou Gershon, e logo outro, Eliezer.

        Moshê ficou vivendo com Yitrô e se ocupou em cuidar das ovelhas.

 

 

 

D’us fala com Moshê de um arbusto ardente

 

        Os pastores só levam as ovelhas e cabras a pastarem o mais perto possível de casa. Moshê, ao contrário, não fazia assim. Todos os dias levava as ovelhas de Yitrô muito longe, longe das cidades povoadas, pois temia que os animais comessem pasto de alguma outra pessoa, e isso seria roubar. Moshê somente ia com o rebanho em campo aberto, onde a terra não pertencia a ninguém.

        Estava chegando a hora de liberar o Povo de Israel do Egito. Apenas D’us sabia quando chegaria este momento. Pois como Moshê era um tsadic (justo) tão especial, D’us decidiu elegê-lo líder dos judeus.

        Certa vez Moshê conduzia as ovelhas por um campo deserto, e viu um fato inusitado: numa colina havia um arbusto espinhoso que estava se incendiando, sem que os ramos fossem destruídos pelo fogo. Moshê olhou com mais atenção e viu um segundo milagre: apenas parte do arbusto estava se incendiando, e o fogo não tocava a outra parte de jeito nenhum.

        Moshê ficou admirado pelo maravilhoso espetáculo. Havia outros pastores junto a Moshê, mas apenas o tsadic (justo) Moshê podia ver o maravilhoso arbusto, e somente ele escutou um anjo de D’us que o chamava para que se aproximasse do arbusto.

        Quando Moshê chegou perto, D’us lhe ordenou: "Não chegue muito perto! Tire os sapatos, pois estás parado em terra santa!."

        A colina era santa pois a shechiná (Divindade) de D’us estava sobre ela. Voltaria a ser sagrada no ano seguinte quando D’us entregaria os Dez Mandamentos ao Povo de Israel sobre esta colina. (Pois a colina onde Moshê vira o arbusto ardente não era outra senão o Har Sinai -Monte Sinai).
        D’us disse a Moshê: "Escutei o Povo de Israel chorando por causa do duro trabalho no Egito. Vi que fizeram teshuvá (arrependimento) em seus corações. Vou libertá-los. Vá ao faraó e ordene-lhe: "Deixe partirem os judeus. Você os guiará para fora do Egito."

        "Sou uma pessoa muito insignificante," protestou Moshê. "Por que haverias Tu, D’us, de eleger-me o líder que tirará os hebreus do Egito? Elege um homem mais importante! Quem sou eu para que o faraó me escute e me permita sair para a terra Santa? Pode estar furioso comigo por ter matado um egípcio – pode até prender-me ou executar-me!"

        "Não temas!" tranquilizou D’us a Moshê. "Estarei a teu lado para assegurar teu êxito em liberar o Povo de Israel do Egito. Prometo que o faraó não te fará mal. Esta é uma das razões por que te mostrei a sarça ardente. Foi um sinal: assim como o arbusto não sofreu dano por causa do fogo, não serás prejudicado pelo faraó."

        Moshê fez outra pergunta: "Se eu disser ao Povo de Israel que me ordenastes tirá-los do Egito, não me acreditarão. Dirão: ‘D’us nunca apareceu para você! Não acreditamos em você!’"

        D’us ficou irado com Moshê por não confiar nos compromissados com alinça de Abrão - Isaak e Yaacov; por pensar que não lhe dariam crédito. D’us esperava que Moshê compreendesse que os hebreus eram um povo santo que confiaria nele, pois haviam aprendido de seu antepassado Yaacov e de Yossef, sobre o redentor que D’us enviaria.’
"Como temes que o Povo de Israel não confie em ti, dar-te-ei três sinais", disse D’us a Moshê.
"Estas serão as provas para o Povo de Israel de que foste enviado por Mim."

 


O primeiro sinal

        D’us perguntou a Moshê: "Que levas nas mãos?"

        "Um cajado," disse Moshê.

        "Joga-o no solo!"

        Quando Moshê jogou o cajado, este se transformou em uma serpente. Moshê se assustou tanto com a perigosa serpente que se movia em sua direção que começou a correr.

Mas D’us ordenou-lhe: "Pega a serpente pela cabeça!"


        Quando Moshê fez o que D’us lhe ordenava, a serpente transformou-se em cajado novamente. Era sem dúvida um sinal maravilhoso que convenceria os hebreus de que deveriam crer nas palavras de Moshê. Porém, D’us havia também escolhido este sinal para demonstrar a Moshê que estava aborrecido com ele, por haver falado mal de Bnei Israel ao dizer: "Não crerão em mim!" Desse modo, Moshê havia agido como a serpente no Gan Eden (paraíso) que havia falado lashon hará (calúnias) sobre D’us a Chava. Para que Moshê tomasse consciência de seu erro, D’us utilizou uma serpente como primeiro sinal.

 


O segundo sinal

        D’us ordenou a Moshê: "Põe tua mão sobre o peito!"

        Moshê pôs a mão dentro da túnica. Quando a retirou, estava branca como a neve. Estava coberta da doença cutânea conhecida como tsara’at. Quando uma pessoa contraí essa doença, a pele fica toda branca.

        Logo D’us ordenou a Moshê: "Coloca novamente tua mão dentro da túnica."

        Desta vez, quando Moshê a tirou, a mão estava com sua cor normal novamente.
D’us disse: "O sinal de tua mão doente será o sinal que mostrarás ao Povo de Israel."

Este sinal era uma nova prova de que Moshê não deveria ter falado sobre Bnei Israel; "Não me acreditarão!" Como Moshê havia falado mal dos judeus, D’us o havia castigado com uma enfermidade com que D’us castiga as pessoas que falam calúnias.

 


O terceiro sinal

        D’us deu a Moshê outro sinal para que mostrasse ao Povo de Israel. Disse-lhe: "Toma um pouco de água do Rio Nilo e joga-a sobre o solo e se transformará em sangue."

        Mesmo depois de receber estes três sinais do próprio D’us, Moshê não estava pronto para ir até o faraó.

        "Meu irmão Aharon sentir-se-á mal se eu me transformar no líder do povo judeu, e não ele! Ele é um navi (profeta) a quem Tu tens falado e enviado mensagens ao povo judaico. Não sou digno de comparecer perante o faraó, pois tenho dificuldades para falar."

        Mas D’us insistiu que Moshê fosse o líder de Bnei Israel. "Teu irmão Aharon te acompanhará na visita ao faraó e ao povo de Israel," disse-lhe. "Ele falará diretamente com o faraó. Tu falarás lashon hakôdesh (hebraico) e ele traduzirá tuas palavras para o egípcio.Leva contigo o cajado, pois com ele farás milagres!

Moshê é castigado por demorar a fazer o brit milá (circuncisão) de seu filho

 

        Moshê disse à esposa: "D’us me ordenou regressar ao Egito."
        Moshê pegou a esposa e o filho, Gershon, junto com o bebê recém-nascido, de oito dias de idade, e os sentou sobre uma mula. Todos empreenderam viagem ao Egito.
        Na verdade chegara o momento de fazer a circuncisão do menino recém-nascido, Eliezer. Mas Moshê pensou: "Se eu fizer o brit milá agora, será perigoso que viaje em seguida. E D’us me ordenou viajar ao Egito. Primeiro devo obedecer a ordem de D’us e fazer logo a circuncisão do menino."
        Quando Moshê e Tsiporá estavam para chegar ao Egito, Moshê preparou um lugar para a família passar a noite.
        Mas D’us esperava que Moshê, agora que a família estava perto do Egito, fizesse a circuncisão antes de qualquer outra coisa. Moshê deveria ter preparado um lugar para dormir somente depois de cumprir com a mitsvá de milá.
        Por causa disso, D’us enviou um anjo para que castigasse Moshê. Uma serpente, começou a enroscar-se em Moshê. Quando Tsiporá entendeu o que isto significava, rapidamente tomou um instrumento afiado e fez a circuncisão no filho. Imediatamente, o anjo libertou Moshê.

        Esta história contém duas lições;

  1. Vemos que grande tsadic (justo) era Moshê. D’us foi tão severo com ele por demorar a cumprir uma mitsvá, simplesmente pela estatura de Moshê, um grande homem.
  2. Aprendemos desta passagem a importância da milá. Assim como o castigo por não cumprir a mitsvá é severo, o zechut (mérito) por cumpri-la é enorme. A mitsvá da milá é, em alguns modos, tão importante como todas as outras mitsvot da Torá juntas!

Aharon vai ao encontro de Moshê e sua família

        D’us disse ao irmão de Moshê, Aharon: "Moshê está chegando ao Egito. Vá ao seu encontro."
Aharon foi ao encontro do irmão. Beijou Moshê, feliz por este ter se tornado o líder do povo judeu. Embora Aharon fosse mais velho, não invejou a alta posição de seu irmão mais jovem. Quando Aharon viu a esposa e os filhos de Moshê, disse: "Por que os trazes ao Egito? Os judeus ali sofrem muito por causa da crueldade do faraó. Seria melhor que voltassem a Midyan."


        Moshê escutou o conselho do irmão. Algum tempo depois, levou a família de volta a Midyan e logo regressou ao Egito sozinho.

Moshê e Aharon falam com Bnei Israel

Moshê e Aharon reuniram os zekenim, os líderes do Povo de Israel. Aharon lhes falou. Explicou a eles que D’us havia enviado Moshê para tirar os judeus do Egito. Os zekenim transmitiram a mensagem a todos os judeus. Todos acreditaram. Inclinaram-se para agradecer a D’us que em breve os libertaria.

Logo Moshê e Aharon foram ao palácio do faraó para ordenar ao rei, em nome de D’us, que pusesse o Povo de Israel em liberdade.

 

Os milagres que aconteceram quando Moshê e Aharon entraram no palácio

 

        A entrada do palácio era guardada por animais selvagens: ursos ferozes e leões. Estes destroçavam todo aquele que entrava sem permissão. Mas quando Moshê e Aharon entraram, os animais ficaram dóceis como ovelhas. Agacharam a cabeça e seguiram docilmente a Moshê e Aharon por toda a parte.

        Antes de entrar na sala do trono, os visitantes tinham que atravessar uma porta baixa. Em frente à porta havia um ídolo egípcio. Quando o visitante inclinava a cabeça para passar pela porta, automaticamente se inclinavam para o ídolo.

        Mas para Moshê e Aharon a entrada se tornou milagrosamente mais alta. Embora eles fossem muito altos, puderam entrar na sala sem inclinar-se. O mesmo milagre também aconteceu em tempos anteriores, quando Yaacov fora visitar o faraó. Para ele, também, a porta ficara mais alta.

 


O faraó se nega a escutar

        Moshê e Aharon ordenaram ao faraó em nome de D’us: "Deixa o Povo de Israel sair do Egito". Mas o faraó zombou de suas palavras.

        "Quem é D’us? Não o conheço! O nome desse deus não está em nenhum de meus livros."
        Moshê e Aharon explicaram ao faraó: "D’us é o D’us do povo judeu. Criou o mundo e o governa! Será melhor para ti que O escutes!"

        Mas o faraó se negou a obedecer. Pelo contrário, tornou-se ainda mais cruel. Ordenou aos guardas: "Estes judeus estão ficando folgados, pois acreditam que logo sairão do país. Devemos, pois, fazer com que trabalhem mais ainda! Até agora lhes paguei para misturar o cimento e fabricar os tijolos.             De agora em diante, cada judeu deverá conseguir sua própria palha! E diga-lhes que não podem fazer menos tijolos que antes!"
        Esta foi, sem dúvida, uma ordem cruel. Os judeus se dispersaram por todo o Egito em busca de palha. Mas, naturalmente, isto levou tempo, e o tempo de que dispunham para fazer tijolos era menor. Os supervisores do faraó os açoitaram por obterem menos resultados. Ordenou aos policiais hebreus que golpeassem todos que fosse lento no trabalho. Porém, eles não obedeceram Quando os supervisores do faraó viram isso, açoitaram os policiais hebreus, mas não conseguiram que batessem nos outros.

        Moshê ficou triste ao ver que os hebreus sofriam ainda mais depois que ele havia falado com o faraó. Lamentou-se a D’us:"Por que me enviaste ao Egito? Agora o faraó tornou-se ainda mais cruel com o Povo de Israel!"

D’us respondeu: "Em breve enviarei pragas sobre o faraó, e então o trabalho de Bnei Israel se tornará mais fácil. Finalmente, o faraó os fará sair do Egito com tal pressa que não terão tempo de assar pão para levar na viagem!"

Logo:

        

Qual era o nome de Moisés? A pergunta parece redundante. No entanto, ela traz dentro de si mesma a discussão sobre o que vem a ser o espírito hebreu.

        O nome do maior dos profetas do povo judeu, já gerou diversos debates, a começar pela própria Torá. O Faraó ordenara lançar todos os meninos recém-nascidos ao rio, segundo o midrash (Shemot Rabá 1), para evitar o nascimento daquele que poderia libertar o Povo de Israel da servidão no Egito. O Faraó consultara astrólogos que afirmaram que a mãe do redentor já estava grávida. Apesar do decreto real, o menino nasceu no Egito, de pai e mãe hebreus da tribo de Levi, e foi escondido por três meses das garras dos guardas egípcios. Para salvá-lo, a mãe o colocou num cesto, lançou-o nas águas do Mar Vermelho e ele felizmente foi resgatado pela princesa do Egito. Até então, desconhecemos o nome do menino. Segundo a parashá desta semana, só depois que a princesa o enviou para a mãe amamentar e só depois de crescido é que o jovem retornou à corte e a princesa o chamou de Moshé: “Porque das águas o tirei [meshitíhu]” (Êxodo 2:10). Portanto, Moisés é o nome dado tardiamente pela princesa do Egito, não por sua mãe.

        O pai da psicanálise, Sigmund Freud, propõe em sua obra “Moisés e o Monoteísmo” que Moisés é um nome egípcio. A ideia foi corroborada no final do século 20 pelo egiptologista alemão Jan Assman, segundo o qual, no antigo idioma egípcio, Moisés significa “filho”: assim, Tutmoses é “filho de Tot” e Rámsos (ou Rámses) é “filho do Deus Rá”.

        De volta ao midrash, Rabi Meir propõe que o nome original de Moisés é Tov, conforme a passagem “e a mulher engravidou e deu à luz um filho; e viu que era bom [tov]”(Êxodo 2:2).

        A identidade de Moisés é formada por nomes e origens diversos, de povos que compartilham terras adjacentes e o mesmo mar. O amor inicial e essencial foi dado pela mãe israelita durante a gravidez e nos primeiros três meses de vida. O amor que veio a seguir, também essencial, foi dado pela mãe adotiva egípcia, que no fim das contas foi quem deu o nome pelo qual o grande líder se tornou eternamente conhecido.

        A grande saga do Povo de Israel começa, de fato, no livro do Êxodo, quando recebemos a Torá de Moisés. A revelação e transmissão da Torá formam, de modo ininterrupto e progressivo, o espírito judaico que sente enorme prazer em se alimentar do seu leite materno: da sua cultura, tradições e valores trazidos de casa.   

 

Fonte: Chabad
            Talmud
            Midrash
            Pirke avot
            Torah
            Bíblia


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