Va’etchanan, ואתחנן

12/08/2014 13:00
 

O texto desta Parashá é:

Devarim, דברים -( Deut. 1:1-3:22)>>Sigf.Palavras

 

 

 

O texto da Haftará é:

 

  • haftará desta parashá é Isaías 1:1 - 27

     

Salmo 137 

   

Devarim (דברים)

 
Devarim (do hebraico דברים Palavras da primeira sentença do texto) é o nome da quinta parte da ToráDevarim é chamado comumente de Deuteronômio pela tradição ocidental e trata-se praticamente do mesmo livro apesar de algumas diferenças, principalmente no que lida com interpretações religiosas com outras religiões que aceitam o livro de Deuteronômio. Este artigo pretende mostrar as origens do livro e suas implicações dentro principalmente dojudaísmo.

Origem do nome do livro

    O termo Deuteronômio (Palavras) vem da primeira sentença do livro ( "Elleh ha-devarim" Estas as palavras), e é o costume judaico dividir seus livros e citar como nome do capítulo o nome de sua primeira palavra. O nome Deuteronômio origina-se do nome Deuteronomium dado na Vulgata ,baseado na Septuaginta déuteros nómos (Segunda Lei) baseado em uma interpretação errônea do texto.

Origens do texto

    Ainda que a tradição impute a autoria do texto a Moshê, os estudiosos geralmente atribuem a autoria à um período posterior, provavelmente no retorno do Exílio Babilônico onde teria havido uma fusão de diversas lendas mitológicas dos povos do Levante com a cultura judaica.

Os estudiosos crêem que a Torá e subsequentemente Devarim são o resultado de diversas tradições que evoluiram em conjunto através da história do antigo povo de Israel. Alguns estudiosos acreditam que Devarim trata-se do Livro da Lei achado nos tempos do rei Josias.

Texto

 

    Devarim descreve a reunião efetuada por Moshê (Moisés) com o povo judeu após a peregrinação de quarenta anos no ermo. Neste livro Moshê rememora os mandamentos, abençoa o povo, narra os perigos da idolatria e do abandono da Torá. O texto finaliza com a morte de Moshê. O texto é comumente dividido em onze parashot (porções) cuja divisão servem para a leitura semanal do texto nas sinagogas acompanhadas das haftarot.Assim a narrativa de Bamidbar está dividida em

    Primeira porção do livro Devarim, a parashá Devarim inicia com os discursos feitos por Moshê nas suas últimas cinco semanas de vida. Esta parashá envolve a recordação dos principais eventos ocorridos com o povo israelita no ermo, assim como suas rebeliões e o encorajamento dado por Moshê ao seu sucessor Yehoshua.


 

Pirquê Avot

 (Ética dos Pais)

.11º>>sêde circuspectos mos vossos julgamentos,

2º>> Formai muitos discípulos

3º>>Levantai barreide da grande Sinagoga, que proclamou tês ras em torno da Lei Divina.

>>Sêde Cirunspectos com os discipulos e levantai barreiras

 

.2>>O mundo apóia-se sobre três coisas:

1º>> o estudo da Toráh;

2º>> O serviço a Elohim;

3º>>E os atos de bondade.

>>.Apóia-se na Toráh, serviço e atos de bondades.

 

.3>>Não trabalhe apenas com o intuito de receber recompensa, mas com alegria por alguem confiar um serviço a você. Tendo a justiça do Eterno como sua referência.


.4 Yossi ben Yoézer de Tseredá, disse: Que a tua casa seja um local de reunião para os sábios; sente-se no pó aos pés deles; e beba sedento as suas palavras.

>>Que a Tua casa tenha reunião dos sábios, no quai sente-se e beba.

5.    Yehoshua ben Perachyá disse: Estabeleça para ti um mestre; adquira para ti um amigo, e julgue cada pessoa favoravelmente.

 

63º ANAUEL


Deus infinitamente bom


Favorece a aceitação de idéias e projetos novos.
Proporciona otimismo e sorte nos negócios. Afasta o risco de acidentes automobilísticos ou transportes


Na oposição provoca desequilíbrio mental.


Dias: 21/maio – 02/agosto – 14/outubro – 26/dezembro – 09/março


Hora: das 20h40 às 21h00


Salmo 02, versículo 11:
“Servi ao Senhor com respeito e exultai em sua presença; prestai-lhe homenagem com ardor”.

64º MEHIEL
Deus vivificador


Promove a fraternidade universal, afasta as adversidades e aumenta a capacidade de expressão, facilitando a oratória.


Na oposição, provoca falsidades e intrigas.


Dias: 22/maio – 03/agosto – 15/outubro – 27/dezembro – 10/março


Hora: das 21h00 às 21h20

Salmo 32 versículo 18:
“O Senhor cuida daqueles que o temem, daqueles que esperam por ele

 

65º DAMABIAH
Deus, fonte de conhecimento
Proporciona sucesso em todos os empreendimentos e protege os marinheiros e as atividades portuárias, ligadas ao mar. Confere magnetismo e protege do mal.
Na oposição, provoca tempestades e naufrágios.
Dias: 23/maio – 04/agosto – 16/outubro – 28/dezembro – 11/março
Hora: das 21h20 às 21h40
Salmo 89, versículo 15:
“Justiça e direito sustentam o Teu trono. Amor e fidelidade precedem a Tua face. Alegra-nos pelos dias em que nos castigastes e pelos anos em que sofremos desgraças”.

66º MANAKEL
Deus que secunda e mantém tudo sobre o mundo
Controla e acalma as pessoas nervosas e favorece o tratamento da epilepsia e dos males relativos ao sono. Fortalece a memória e rege os sonhos.
Na oposição, causa danos à saúde, do corpo e da alma.
Dias: 24/maio – 05/agosto – 17/outubro – 29/dezembro – 12/março
Hora: das 21h40 às 22h00
Salmo 37, versículo 22:
“Os que ele abençoar possuirão a Terra, os que ele amaldiçoar serão excluídos.



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Leitura da Torá: Devarim, דברים 

 

 

Porção Semanal: Vaet'chanan  
     
 

Vaet'chanan (Devarim 3:23-7:11) continua o relato da Torá sobre o discurso final de Moshê aos Filhos de Israel. Ele diz ao povo que implorou a D'us para permitir-lhe entrar na terra de Israel, mas o Criador recusou seu pedido. 

Moshê então continua a exortar e advertir o povo a obedecer à Torá e seus mandamentos, não aumentando nem subtraindo de suas mitsvot. Diz-lhes para lembrarem-se sempre da incrível Revelação que viveram no Monte Sinai, passando aquela memória de geração em geração. 

Moshê adverte o povo judeu sobre o prolongado exílio que viverão se abandonarem a Torá, e como D'us ao final os levará de volta à terra de Israel. Após designar as três cidades de refúgio na margem oriental do Rio Jordão, Moshê repete os Dez Mandamentos e ainda descreve a revelação do Criador no Monte Sinai, enquanto ao mesmo tempo continua a admoestar o povo judeu a manter sua observância da Torá. 

Moshê ensina-lhes então o primeiro parágrafo do Shemá, a passagem fundamental que recitamos duas vezes ao dia, expressando nossa crença de que D'us é um, e declarando nosso compromisso de amá-Lo e servi-Lo. 

Mais uma vez, Moshê exorta o povo a confiar em D'us, permanecer fiel à Torá, e ficar sempre consciente das ciladas da prosperidade e do sucesso. 

Após ordenar ao povo judeu que ensine seus filhos sobre o milagroso Êxodo do Egito, a porção conclui com alguns mandamentos adicionais e avisos a respeito da conquista próxima da terra de Israel.

       
  Mensagem da Parashá
       
 

Mitsvot valiosas
por Benyamin Cohen

Se você tivesse que escolher apenas uma mitsvá para cumprir, qual seria ela? 

Imagine um prisioneiro a quem fosse concedido um dia de suspensão da pena, e no qual pudesse cumprir qualquer mitsvá que desejasse. Escolheria Rosh Hashaná, para que tivesse uma chance de ouvir o som do shofar? Ou talvez escolhesse Yom Kipur, para que pudesse rezar a D’us na sinagoga pedindo misericórdia e perdão? Talvez devesse escolher Shabat para que pudesse recitar o kidush e ficar ao sol apreciando a santidade do dia? 

Este caso intrigante realmente aconteceu no século dezesseis e foi levado perante o Radvaz, rabino-chefe do Egito que escreveu uma clássica coleção de responsa haláchica. De forma bem surpreendente, ele respondeu que o prisioneiro deveria escolher o primeiro dia disponível – independentemente de ser ou não um feriado, um Shabat, ou meramente um dia de semana. Sua argumentação estava baseada em uma declaração de Pirkê Avot (2:1): "Seja tão escrupuloso ao cumprir uma mitsvá 'menor' como é ao cumprir uma 'maior', pois você não sabe as recompensas concedidas pelas mitsvot." 

Os sábios estão ensinando-nos a não discriminar entre as mitsvot. Devemos ser tão cuidadosos com uma mitsvá 'difícil' como somos com uma 'fácil.' Portanto, não podemos tratar uma mitsvá como tendo prioridade sobre outra.

Onde encontramos este conceito na própria Torá escrita? 

A Torá de forma alguma vincula uma recompensa a uma mitsvá específica. Se cada mitsvá tivesse uma recompensa correspondente, seria muito fácil e conveniente para nós sermos seletivos em nossas ações, simplesmente escolhendo realizar a mitsvá que desejamos. Portanto, a Torá apenas menciona uma recompensa para duas mitsvot específicas. Na porção desta semana da Torá, lemos o quinto mandamento filial de honrar os pais, sobre o qual a Torá em Parashat Yitrô declarou que a recompensa é vida longa. A outra mitsvá – espantar a ave mãe antes de pegar seus ovos – está também relacionada à recompensa da longevidade.

O que há de tão significativo sobre estas duas mitsvot para haver uma recompensa específica a elas atribuída? 

O Talmud ensina que honrar o próprio pai e mãe é a mitsvá mais difícil de cumprir adequadamente. Relata várias ilustrações de rabinos tentando cumprir esta mitsvá. Uma história fala de Rabino Tarfon que inclinava-se e permitia que sua mãe pisasse sobre ele a cada vez que ia subir na cama. Mesmo assim, declara o Talmud, isso não preenche metade de suas obrigações!
Qual a mitsvá mais fácil de ser cumprida?

Imagine-se caminhando pela rua quando avista uma mamãe pássaro agachada sobre alguns ovos. A Torá ordena que enxotemos a ave antes de tirar os ovos. 

Isso é tão fácil de fazer – apenas um aceno de mão. Não requer nenhum esforço, não custa nada. Como diz sucintamente o Talmud no Tratado Chulin, esta é a mais fácil de todas as mitsvot.

Estas duas mitsvot são as únicas mencionadas com uma recompensa específica porque, na verdade, elas englobam todas as restantes 611 mitsvot. Ao dizer-nos que a recompensa, tanto para a mais simples como para a mais difícil é a mesma, D’us está nos ensinando que todas as mitsvot são criadas iguais, no sentido em que há uma recompensa concedida para ambas e para cada uma entre elas. 

Se tivéssemos de escolher uma mitsvá, qual seria? 

A primeira que surgir em nosso caminho. Não perca a chance!

 

 

Moshê implora a D’us para entrar em Êrets Yisrael

Moshê continuou seu discurso: "Quando golpeei a pedra em Mê Meriva, D’us prometeu que eu não entraria na Terra Santa. Mais tarde, comecei a conquista de Êrets Yisrael ao derrotar os gigantes Sichon e Og, que governavam os emorim a leste do Jordão. Pensei: ‘Se eu rezar a D’us agora, Ele talvez me permita conquistar o restante de Êrets Cnaan também!’"

"’Grande e poderoso D’us,’ orei. ‘Nunca fizeste tantos milagres através de ninguém como fizeste através de mim. Permitiste-me trazer as pragas ao Egito e a dividir o Mar Vermelho. Alimentaste-nos com maná e pássaros-slav no deserto. A razão de todos estes milagres foi trazer o povo judeu à Êrets Yisrael! Deveria eu iniciar uma obra sem concluí-la?’"’

Moshê continuou: "Insisti: ‘Por favor, D’us, podes anular Teu decreto Quando um rei muda de idéia, deve pedir aos ministros que concordem. Mas Tu não precisas da permissão de ninguém para mudares de idéia. Por Tua grande misericórdia, perdoa-me por favor!’ 

"D’us respondeu: ‘Meu decreto não pode ser anulado porque Eu jurei!"

"Rezei: D’us, podes cancelar um juramento! Não prometeste destruir Benê Yisrael após o pecado do bezerro de ouro? Anulaste tua promessa então! Por que deveria eu sofrer o mesmo destino dos espiões que falaram mal de Êrets Yisrael? Tenho louvado a Terra Santa por toda minha vida!’

"’Moshê,’ respondeu D’us – todos os homens de sua geração morreram no deserto. Você será enterrado com eles; seu mérito os protegerá. Eles precisam de você! Após a vinda de Mashiach, eles serão revividos, e você os levará a Êrets Yisrael!’ 

(D’us também fez com que outros grandes tsadikim fossem sepultados fora de Êrets Yisrael para que seus méritos protegessem os judeus enterrados na Diáspora. Como por exemplo, o túmulo de Mordechai encontra-se na Pérsia). 

Moshê disse a Benê Yisrael: "Mesmo assim, não desisti. Implorei a D’us de 515 maneiras diferentes para que me deixasse entrar em Êrets Yisrael". 

(Isto está aludido na palavra vaet’chanan, o nome desta Parashá, cujo valor numérico equivale a 515). 

"Rezei: ‘Por favor, D’us, deixe-me então ver a cidade de Jerusalém e o Bêt Hamicdash!’
"’Rav, basta!’ exclamou D’us: ‘Não reze mais! As pessoas dirão que sou inflexível por recusar suas orações e que você é obstinado por continuar a argumentar’. 

(A palavra rav significa chega, basta; mas também pode ser traduzida como "muito"). 
‘Rav lach’, muito mais do que isto está reservado para você. A recompensa que preparei para você no Mundo Vindouro é bem maior que entrar em Êrets Yisrael. Diga a Yehoshua que ele marchará à frente de Benê Yisrael e os liderará durante a guerra.’
"Mesmo assim, minhas orações conseguiram algo. D’us me disse: ‘Acederei ao seu desejo de ver a Terra Santa. Deixarei escalar a colina, e mostrarei a você todo Êrets Yisrael, até os locais mais distantes!’

Por que Moshê desejava entrar em Êrets Yisrael?

Se perguntarem a um judeu: "Gostaria de viajar a Êrets Yisrael?" ele provavelmente responderá: "Seria maravilhoso! Sempre sonhei em conhecer os locais sagrados!"
Moshê queria ir a Êrets Yisrael por estar curioso para ver como era? Queria provar as famosas frutas?

Moshê, sagrado servo de D’us, tinha razões completamente diferentes para querer entrar em Êrets Yisrael. Pensou: "Viver na Terra Santa me ajudará a ser mais sábio e a aproximar-me de D’us . Além disso, há muitas mitsvot que jamais consegui cumprir, como guardar o sétimo ano (shemitá) ou separar terumot (doações para os cohanim) e maasrot (dízimo) dos alimentos de Êrets Yisrael. Se apenas eu pudesse cumprir estas mitsvot…"

Moshê não tinha qualquer prazer terreno em mente quando orava a D’us. Desejava entrar em Êrets Yisrael apenas com o objetivo de melhor servir a D’us.

Por que as tefilot de Moshê foram registradas na Torá para as gerações futuras?

Quando os judeus viram como Moshê amava ternamente Êrets Yisrael, o país tornou-se muito precioso para eles. Cumpririam as mitsvot mais cuidadosamente para merecerem permanecer em Êrets Yisrael. Sabiam que se negligenciassem a Torá, seriam expulsos.

 

 

É proibido aumentar ou diminuir as mitsvot

Moshê começou ensinando as mitsvot a Benê Yisrael. Primeiro explicou uma regra básica: "Quando cumprirem uma mitsvá, talvez queiram fazê-la ainda mais bela adicionando algo. Poderão pensar: ‘Neste Sucot pegarei não apenas um lulav e etrog, como a Torá ordena, mas dois de cada! Isso fará a mitsvá ainda melhor.’ Ou então um cohen pode decidir: ‘D’us deu-nos três versículos com os quais abençoar Benê Yisrael. Quero ir além disso, então os abençoarei com um quarto e maravilhoso versículo!’ "Isto é proibido. Cada mitsvá deve ser cumprida exatamente como D’us a deu. É proibido adicionar ou tirar algo da Torá!

Você poderia perguntar: Nossos sábios não adicionaram leis àquelas ordenadas pela Torá?

Isto é verdade. Mas a Torá permite que aquelas leis sejam adicionadas porque são como "cercas." Elas protegem as leis da Torá de serem transgredidas.

Moshê encoraja os judeus a "conectarem-se com D’us "

Moshê continuou seu discurso:

"Lembrem-se," disse ele, "aqueles que serviam o ídolo Báal Peor foram destruídos. Alguns foram executados pelo Bêt Din (Tribunal) e outros morreram numa praga. Vocês todos, que estão vivos até hoje, seguiram D’us. ‘Veatem hadvekim baD’us Elokêchem chayim culchem hayom’, "aquele que permanece próximo a D’us vive neste mundo e viverá para sempre no Mundo Vindouro."

Você se "conecta a D’us " pensando sempre n’Ele, e cumprindo Suas mitsvot. 
Outra maneira de ligar-se a D’us é: Aproximar-se dos talmidê chachamim (sábios).

O Midrash explica:

Permanecer próximo de um talmid chacham

Quando Avraham viajou em direção a Êrets Cnaan, Lot o acompanhou. Como Lot foi com Avraham, também tornou-se rico. Mais tarde, quando se afastou de Avraham, perdeu todos seus bens na destruição de Sdom.

Como recompensa por estar constantemente na tenda de Moshê, D’us prometeu a Yehoshua: "Estarei com você assim como estive com Moshê." D’us realizou milagres para Yehoshua, similares àqueles que realizou para Moshê. Por exemplo, Yehoshua partiu as águas do Rio Jordão. Isto foi como a abertura do Mar Vermelho.

Quando os tsadikim Chananya, Mishael e Azaryá foram jogados numa fogueira por recusarem-se a se curvar perante a imagem de Nevuchadnêtsar, D’us salvou-os do fogo. Até suas roupas ficaram intocadas pelo fogo! Por quê? Porque as roupas estavam conectadas a Chananya, Mishael e Azaryá, que eram tsadikim.

Estes exemplos nos ensinam o benefício de permanecer perto de um talmid chacham.
Moshê continuou: 

"Devemos sempre cumprir as leis de D’us. Mesmo as nações que não seguem a Torá consideram-nos sábios por cumprimos as mitsvot."

"Vocês poderiam pensar: ‘Posso encontrar leis melhores que a Torá.’ Lembrem-se, tal coisa não existe. As leis da Torá não foram feitas pelo homem, mas por D’us. Sabem que é assim porque vocês mesmos estiveram presentes e testemunharam à Outorga da Torá."
 
 
 
Sempre devemos lembrar a Outorga da Torá

"Nunca se esqueçam o dia em que ficaram em pé ao redor Monte Sinai e ouviram a voz de D’us!"

Como explicamos na Parashá Devarim, Moshê falava a uma nova geração. Não estava se dirigindo aos homens que haviam ouvido os Dez Mandamentos de D’us, mas a seus filhos. Mesmo assim, disse: "Vocês ficaram no Monte Sinai," e "Vocês ouviram a voz de D’us." Uma razão para isso foi porque alguns deles haviam vivenciado a Outorga da Torá quando crianças. E aqueles que ainda não eram nascidos na época da Outorga da Torá sentiram-se como se estivessem estado lá pessoalmente, pois tinham escutado este relato de seus pais.

Moshê advertiu: "Devem contar a seus filhos tudo sobre a Outorga da Torá, e estes devem repeti-lo a seus filhos. Desta maneira, todas as gerações acreditarão para sempre que D’us nos deu a Torá, como se estivessem estado pessoalmente no Monte Sinai."

(Os versículos acima, que relatam a advertência de Moshê, fazem parte do final das orações diárias, no trecho chamado "Shesh Zechirot", Seis Lembranças.)

O Midrash nos conta:

A mitsvá de ensinar a Torá aos filhos 

Rabi Chiyá bar Aba encontrou Rabi Yehoshua ben Levi na rua. Ficou chocado ao ver que, ao invés de vestir seu belo turbante de costume, Rabi Yehoshua havia jogado um pedaço de tecido sobre a cabeça de maneira desarranjada. Corria rua abaixo, carregando uma criança pequena em direção à escola. 

"Por que está com tanta pressa?" perguntou Rabi Chiyá.

Rabi Yehoshua respondeu: "A Torá nos diz: ‘Ensine estas leis a seus filhos,’ e logo em seguida, ‘o dia em que ficaram perante D’us no Monte Sinai.’ O versículo ensina que aquele que ensina Torá aos filhos é tão grande como se tivesse no Monte Sinai pronto para receber a Torá. Por isto estou correndo para levar meu filho à escola."

Quando Rabi bar Huna, um dos eruditos, ouviu estas palavras, nunca mais fez seu desjejum antes de levar seu filhinho ao Bêt Hamidrash (casa de estudos). E Rabi Chiyá (aquele que havia encontrado Rabi Yehoshua na rua) decidiu que a primeira coisa que faria pela manhã seria ensinar seus filhos e revisar com eles o que haviam aprendido no dia anterior. Apenas então faria sua refeição matinal. 

Nossos sábios ensinam que este é também um mérito especial para um avô ensinar a Torá a seus netos. Diz-se de um avô que assim faz, que é considerado como se ele próprio tivesse estado fisicamente no Monte Sinai para receber a Torá.
 
 
 

A proibição da idolatria 

Moshê advertiu: "Na Outorga da Torá, vocês ouviram uma voz vinda do fogo. Não cometam o engano de pensar que viram uma imagem de D’us.. Certamente não viram! É proibido fazer qualquer pintura ou imagem para representá-lo.

"Estão proibidos também de fazer imagens de pessoas, animais, do sol ou da lua. Isto os ajudará a se manter afastados de idolatria, uma transgressão que contraria toda a Torá."

O que acontecerá se Benê Yisrael servirem a ídolos?

Moshê advertiu: "Após viverem em Êrets Yisrael por longo tempo, vocês poderão pensar: ‘Estamos a salvo aqui! D’us jamais nos expulsará. Permaneceremos aqui para sempre!’"

"Lembrem-se de que se vocês servirem ídolos ou fizerem o mal, serão rapidamente exilados do país. D’us os expulsará e os dispersará entre as nações. Tornar-se-ão servos de adoradores de ídolos. Mas mesmo após isto acontecer e vocês estiverem no exílio, em terras estranhas, poderão encontrar D’us . Procurem por ele com todo seu coração e sua alma. Quando tudo que lhes digo se tornar realidade, façam teshuvá e ouçam D’us! Ele é misericordioso e não os abandonará. Ele se lembrará do acordo que fez com seus pais."

"Se alguma vez suspeitarem que D’us esqueceu a promessa que fez a seus antepassados para redimir vocês, perguntem-se: ‘Aconteceu mesmo de todo um povo ter escutado D’us falar diretamente a eles? D’us tem falado com pessoas, mas nunca antes, ou depois, a uma nação inteira. Alguma vez aconteceu que toda uma nação foi salva por meio de milagres como o das Dez Pragas? D’us realizou estes milagres para vocês porque Ele amou seus antepassados e vocês, filhos deles. Qual foi o propósito de todos estes milagres? Mostrar que Ele é o único D’, que não há outro poder além d’Ele. Assim como D’us os tirou do Egito, ele os resgatará de todas as outras nações."

Os versículos acima (Devarim 4:25-40) são lidos da Torá na sinagoga, na manhã do jejum de Tish’á Beav. Esta Parashá é apropriada para Tish’á Beav, porque fala sobre a punição de Benê Yisrael, e promete que D’us aceitará nossa teshuvá mesmo quando estivermos no exílio.

O Midrash nos diz:

As palavras de Moshê eram uma profecia

Quando Moshê advertiu Benê Yisrael a guardarem a Torá mesmo após viverem em Êrets Yisrael por um longo tempo, ele usava a palavra venoshantem. Isto significa "após você ter-se tornado velho e instalado no país" (da raiz yashan, velho). A Torá usa esta palavra porque faz uma insinuação ao futuro. O seu valor numérico (guematriyá) é 852. Moshê profetizou: "Se servirem ídolos, D’us os expulsará de Êrets Yisrael após 852 anos". 

A profecia de Moshê tornou-se realidade?

Na verdade, Benê Yisrael permaneceu no país apenas 850 anos antes que o Primeiro Bêt Hamicdash fosse destruído, não 852.

Em Sua misericórdia, D’us enviou a punição dois anos antes da data que Moshê previu. Se D’us tivesse esperado mais dois anos, Benê Yisrael teria caído tão baixo que D’us teria que destruí-los, D’us não o permita.

Moshê ameaçou que, se Benê Yisrael pecasse, seria rapidamente exilado do país. Mesmo assim D’us esperou pacientemente por 850 anos, sempre esperando que Benê Yisrael fizesse teshuvá.

   

Moshê separa arê miclat (cidades de refúgio) 

Agora Moshê interrompeu seu discurso. "Até este momento, tenho falado sobre guardar as leis de D’us . Agora quero realmente cumprir uma delas!"

Sobre qual mitsvá Moshê estava falando?

D’us disse a Moshê que seis cidades de refúgio deveriam ser estabelecidas: três a leste do Jordão e três em Êrets Cnaan. Mas as três primeiras não poderiam proteger assassinos antes que as três em Êrets Yisrael fossem estabelecidas.

Moshê poderia ter falado "Como não chegarei a Êrets Cnaan, eu não posso assentar os três cidades-refúgio lá. Por isso, não faz sentido estabelecer os arê miclat aqui, a leste do Rio Jordão. Não podem servir de abrigo para um assassino." 

Moshê não disse isso. Pelo contrário, pensou: "Devo cumprir toda e qualquer mitsvá que estiver ao meu alcance!"

Moshê selecionou três cidades. Para servir de ir miclat (cidade de refúgio), uma cidade deve ser de tamanho médio, cercada por muralhas, e ter recursos hídricos. Moshê assegurou-se que as três cidades que escolhera fossem apropriadas para arê miclat. Sua ânsia em cumprir as mitsvot nos ensina: Não perca a chance de cumprir uma mitsvá! Não pense: "Há muito tempo. Não há pressa!" Devemos cumprir todas as mitsvot que pudermos na primeira oportunidade.

O estudo da Torá traz proteção

Após falar sobre as arê miclat, o versículo continua: "Esta é a Torá que Moshê colocou diante de Benê Yisrael (4:44). "Vezot haTorá asher sam Moshê lifnê Benê Yisrael"
Qual a relação entre este versículo e o assunto das cidades-refúgio?

O Midrash explica: Assim como as arê miclat salvam a pessoa da morte, assim o faz o estudo de Torá. O mérito do estudo de Torá prolonga a vida da pessoa.

Moshê reuniu Benê Yisrael novamente e disse: "D’us os incluiu no acordo que fez com seus antepassados no Sinai. Mesmo aqueles de vocês que ainda não haviam nascido foram incluídos. Todas as almas dos judeus até o fim dos tempos estiveram no Monte Sinai.

"Vocês ouviram D’us falar-lhes do meio do fogo. Escutaram-No dar os Dez Mandamentos. Eu os repetirei a vocês."

Alguns homens desta geração não eram nascidos na época da Outorga da Torá; outros eram crianças pequenas. Moshê queria ter certeza de que antes que morresse, eles escutariam os Dez Mandamentos enumerados por ele, fiel mensageiro de D’us.

   
 

Os Dez Mandamentos

Os Dez Mandamentos já foram explicados na Parashá Yitrô. Entretanto, como a Torá os repete nesta Parashá, explicaremos novamente.

O Primeiro Mandamento
Anochi D’us Elokecha / Crê em D’us!


"Eu sou D’us, teu D’us! Sou tanto um D’us de misericórdia, chamado D’us, como um D’us severo, chamado Elokim. Não sou dois deuses distintos! Sou Aquele que faz tudo acontecer. Vocês viram como afoguei os egípcios no Mar Vermelho, e ao mesmo tempo salvei vocês dividindo as águas."

O Segundo Mandamento
Ló yihyê lecha / Não tenhas outros deuses!


"Não digas: ‘Servirei a D’us e servirei outros deuses, também. Eles serão Seus ajudantes!’ Deves servir apenas a Mim.

"Não podes fazer uma imagem Minha, mesmo que penses que isto te ajudará a servir-Me melhor."

O Terceiro Mandamento
Ló tissa / Não pronuncie o nome de D’us em vão!


Este mandamento proíbe jurar falsamente ou sem necessidade em nome de D’us. 
D’us punirá todo aquele que diga Seu nome em vão. 

Por causa deste mandamento, quando lemos a Torá ou rezamos, chamamos D’us de "Hashem" que significa "O Nome." Chamando-O de D’us , e não A-do-nai mostramos que não usamos o santo Nome de D’us desnecessariamente.

O Quarto mandamento
Shamor et yom hashabat / Santificar o Shabat!


Devemos nos abster de trabalho proibido no Shabat, e também santificá-lo fazendo ou ouvindo kidush e havdalá . É um bom hábito que cada membro da família ajude a preparar o Shabat, e não deixar todas as tarefas para a dona de casa.

Nossos grandes sábios tinham muitos servos a quem podiam dar ordens de deixar tudo pronto para o Shabat. Mesmo assim, costumavam eles mesmos fazer os preparativos para o dia sagrado.

O Midrash nos conta:

Os chachamim ajudavam na preparação para o Shabat

* Rav Chisda cortava os vegetais para a refeição do Shabat.

* Rabá e Rav cortavam madeira.

* Rav Zêra acendia o fogo.

* Rav Nachman arrumava a casa e providenciava a louça de Shabat.

O Quinto Mandamento
Cabed / Honrar pai e mãe!


Se um filho honra seu pai e sua mãe, D’us diz: "É como se Eu vivesse entre eles e o filho tivesse honrado a Mim!"Uma das melhores maneiras de o filho honrar os pais é guardar a Torá. Se o filho é um tsadic, isso é um mérito para os pais.

O Sexto Mandamento
Ló tirtsach / Não assassinar!


Se o povo judeu não tiver assassinos dentre eles, a sua recompensa será que exércitos inimigos não passarão por Êrets Yisrael. Haverá paz absoluta.

O Sétimo Mandamento
Ló tin’af / Não cometas adultério!


D’us deseja que o marido e a esposa sejam fiéis um ao outro. Como recompensa por guardar este mandamento, D’us dará felicidade e alegria ao povo judeu.

O Oitavo mandamento
Ló tignov / Não furtar!


Este mandamento proíbe essencialmente o "roubo" de um ser humano, ou seja, o sequestro. Porém, incluí também todo tipo de roubo e desonestidade. Um judeu deve ser honesto em todos seus negócios. Se o povo judeu não roubar, D’us os recompensará com a vitória sobre seus inimigos.

Uma história:

Mais esperto que o ladrão

Um comerciante tinha viajado a outra cidade para adquirir mercadorias. Levou com ele uma bolsa contendo 500 moedas de ouro. Ao chegar a seu destino, encontrou uma estalagem na qual passaria a noite. Mas estava preocupado com o dinheiro, pois poderia ser roubado. Deveria deixá-lo no quarto, ou carregá-lo consigo todo o tempo? 
Não conhecia pessoa alguma na cidade, por isso decidiu que o melhor seria esconder as moedas. Cavou um buraco no solo, a um canto do quarto, e lá escondeu a bolsa. Cobriu tudo com terra.

O infeliz viajante não podia imaginar que estava sendo observado. O estalajadeiro, um homem desonesto, assistia suas ações através de um furo na parede, esfregando as mãos satisfeito com a descoberta. Assim que o comerciante saiu, o estalajadeiro cavou e roubou a bolsa.

Pelos dias que se seguiram, o homem de negócios nem ao menos pensou sobre o dinheiro, pois considerava-o a salvo. Quando chegou o dia em que precisou do dinheiro, foi direto ao canto do quarto. Em choque, ficou olhando para o buraco vazio; a bolsa se fora! Esmiuçou o cérebro para tentar lembrar onde poderia estar. Não falara a ninguém sobre o esconderijo; alguém deveria tê-lo vigiado. Após fazer uma completa busca pelo aposento, o mercador descobriu o buraquinho. Percebeu que o hospedeiro deveria tê-lo observado através dele. Agora era necessário um truque bem esperto para conseguir o dinheiro de volta. O que faria?

O comerciante teve uma idéia. Após acalmar-se um pouco, foi em busca do hoteleiro. "Ouvi dizer que é um homem sábio!" disse ele. "Poderia por favor aconselhar-me, pois tenho um problema?"

"Certamente," respondeu o homem, lisonjeado.

O mercador prosseguiu: "Veja só, eu trouxe comigo duas bolsas. Uma contém 500 moedas de ouro, e a outra, 800. Decidi esconder a primeira, mas estou na dúvida sobre o quê fazer com a segunda. Acha que é seguro escondê-la no mesmo local? Ou ao contrário, deveria eu dá-la para alguém na cidade guardá-la?"

"Não a dê a ninguém!" respondeu o albergueiro. "A pessoa pode ser desonesta. É muito arriscado. Sugiro que você o esconda."

Secretamente, o estalajadeiro pensou: "Agora conseguirei a segunda bolsa, também!"
"Obrigado pelo bondoso conselho," disse o comerciante. "Preciso sair agora para uma reunião com alguns outros mercadores. Quando voltar, farei da maneira que sugeriu."
Assim que saiu, o hospedeiro pôs a bolsa roubada no esconderijo. "O mercador colocará a segunda bolsa lá também," pensou alegremente. "Logo terei ambas em meu poder."

Mais tarde, o mercador voltou ao seu quarto. O plano teria dado certo? Acharia sua bolsa? 

Foi ao esconderijo e, graças a D’us, lá estava o dinheiro! "Bendito seja D’us, que devolveu a propriedade perdida ao seu devido dono!" bradou ele.

Rapidamente deixou a estalagem, para nunca mais voltar.

O Nono Mandamento
Ló taané / Não dês falso testemunho! 


É proibido testemunhar perante um Bêt Din (justiça) sobre um acontecimento que não foi observado pessoalmente pela testemunha. Se alguém testemunhar baseado em relatos de terceiros, mesmo se estiver convencido da integridade do acusado, estará transgredindo este mandamento.

O Décimo Mandamento
Ló tachmod / Não desejes aquilo que não te pertence!


Há vários tipos de inveja: você pode estar com inveja porque seu amigo é um tsadic maior que você e aprende mais Torá. "Olhe quantas horas ele estuda. Invejo-o, realmente," talvez diga. Ou pode invejar suas posses materiais: "Seu carro é melhor que o meu! Ele tem dinheiro que jamais terei!"

Algum destes tipos de inveja é permitido? 

Sim, o primeiro é. Você pode invejar as conquistas espirituais de outra pessoa, mas não suas posses mundanas.

Por que somos geralmente invejosos das coisas que os outros possuem? 

O yêtser hará (má inclinação) é astuto e deseja que pensemos que os objetos dos outros são melhores que os nossos.Para que possamos cumprir a mitsvá de "Não cobice!" devemos crer que D’us dá a cada pessoa o que é melhor para ela.
Se temos que ser invejosos, que o sejamos das maiores conquistas alheias da Torá. Isto nos fará tentar aprender com mais empenho e a cumprir mais mitsvot nos refinando.

 

Moshê ensina o primeiro versículo do "Shemá"

A leitura do Shemá é um mandamento positivo da Torá que deve ser cumprido duas vezes ao dia: pela manhã na prece de Shacharit e após o anoitecer na prece de Arvit. Uma vez que o Shemá da manhã deve ser lido no primeiro quarto do dia, é aconselhável lê-lo logo após as Bênçãos Matinais, antes da prece de Shacharit para não atrasar este horário (e durante a prece de Shacharit, o Shemá será lido novamente na seqüência normal da prece).

O Shemá é composto de três trechos da Tor á (Deut. 6:4-9;11:13-21; e Núm. 15:37-41) que devem ser lidos cuidadosamente e sem interrupção, seja por palavras, seja por gestos. Os homens costumam beijar os tsitsit (na leitura do Shemá de dia) cada vez que mencionam esta palavra no meio do terceiro parágrafo do Shemá e também na última palavra ("emet").

Cobrem-se os olhos com a mão direita ao recitar o primeiro versículo do Shemá para maior concentração. Ao pronunciar o nome de D’us ("A-do-nai"), deve-se ter em mente que Ele é Eterno, i.e., existe, existiu e existirá. A última palavra do primeiro versículo ("Echad"), composta de três letras hebraicas, deve ser pronunciada com ênfase especial, enquanto se reflete sobre seu significado: a primeira letra, alef, com valor numérico 1, diz respeito ao D’us Único; a segunda, chet, com valor numérico 8, significa que Ele tem soberania absoluta sobre os Sete Céus e a Terra; a terceira, dalet, com valor numérico 4, lembra que Ele também domina os quatro pontos cardeais. No final do terceiro trecho, as três últimas palavras antes de "emet" são repetidas somente quando a pessoa reza sem minyan.

Moshê explicou em detalhes o primeiro mandamento: "Crê em D’us." Disse ele:" 

Shemá Yisrael, A-do-nai E-lo-hê-nu, A-do-nai


Echad"", "Ouve, Israel, A-do-nai é nosso D’us, A-do-nai é Um."

Quando pronunciamos este versículo, aceitamos o domínio de D’us.

No passado, as nações não conseguiam acreditar que havia um só D’us. Alguns pensavam que havia duas (ou mais) divindades: uma boa e outra má. Mesmo hoje, muitas nações não acreditam num único D’us. Atualmente no Oriente há ainda povos que adoram ídolos. No mundo ocidental muitas pessoas acreditam em D’us. (Ao mesmo tempo, entretanto, curvam-se a imagens e adoram um homem como deus.) E algumas pessoas "esclarecidas" não acreditam de todo na existência de D’us. Moshê ensinou a verdade a Benê Yisrael. O mundo é governado por um único D’us. Ele é tanto um D’us misericordioso (chamado D’us ) como um D’us severo (chamado Elokim).

Nossos sábios ordenaram que cada judeu proclamasse sua crença, recitando o versículo "Shemá Yisrael" duas vezes ao dia, pela manhã e à noite.

Se você olhar o versículo de Shemá num Sêfer Torá ou num Chumash, verá que duas letras desta frase têm o tamanho maior. São elas: áyin e dalet. (O áyin, a letra final da palavra Shemá e o dalet, no final da palavra echad).

Estas duas letras formam a palavra "testemunha". D’us disse: "Vocês, o povo judeu, são testemunhas de que sou um. Na Outorga da Torá, vocês viram claramente que sou o único D’us."

O versículo "Baruch shem kevod malchutô leolam vaed"

Após recitarmos o primeiro versículo do Shemá, adicionamos em silêncio as palavras: "Bendito seja o nome de Seu glorioso reino para todo o sempre!"

Este versículo não é encontrado na Torá. Por que razão o acrescentamos?

Quando Moshê foi para o céu, ouviu os anjos louvarem D’us com estas palavras. Ele decidiu ensiná-las a Benê Yisrael. Dizemos o versículo em silêncio porque D’us não o deu diretamente a nós na Torá.

As três Parshiyot de Shemá têm 248 palavras

Quando um judeu reza sozinho, repete as palavras: "Ani Hashem Elokêchem" no final da leitura do Shemá. Por quê?

Os três parágrafos do Shemá, mais aquelas três palavras, perfazem 248 palavras. O corpo de uma pessoa tem 248 partes. Nossos sábios ensinam que se pronunciamos com cuidado cada uma das 248 palavras do Shemá, D’us protege cada uma das 248 partes de nosso corpo.

Sempre que rezamos, é importante pronunciar cada palavra. Se as pulamos ou pronunciamos de forma incorreta (principalmente as palavras "D’us " e "Elokênu") então não estamos rezando devidamente. Quando dizemos Shemá, é ainda mais importante pronunciar cada palavra claramente, mesmo que isso leve mais tempo.

Veahavtá / O segundo versículo do primeiro parágrafo do Shemá

Moshê continuou: "Veahavtá et Hashem Elokecha bechol levavechá uvchol nafshechá uvchol meodêcha"; "Ame a D’us , teu D’us, com todo o teu coração, com toda a tua alma, e com todas tuas posses."

Por que D’us deseja que O amemos?

Se O amamos, cumpriremos Suas mitsvot muito mais cuidadosamente. Se você ama D’us, pensará antes de cada mitsvá: "De que maneira posso cumprir melhor esta mitsvá?"

*Avraham Yitschac e Yaacov cumpriram a mitsvá de "amar D’us " da forma em que está ordenada no Shemá:

Avraham amou D’us com todo seu coração. Quando Avraham já era um homem velho, D’us disse-lhe para oferecer seu único filho Yitschac em sacrifício. Avraham amava Yitschac. Mesmo assim, cumpriu a vontade de D’us mostrando a força de seu amor por Ele. Da mesma forma, somos ordenados a resistir à nossos impulsos e amar D’us de todo o coração.

* Yitschac é um exemplo de alguém que estava pronto a oferecer sua vida a D’us. 
Concordou em ser sacrificado por Avraham no monte de Moriyá. Nós, também, devemos amar tanto a D’us que estejamos prontos a renunciar a nossa vida por Ele. 

* Yaacov estava pronto a doar toda sua fortuna para D’us. Na casa de seu pai, Yaacov aprendeu a Torá, antes de preocupar-se em enriquecer. A caminho da casa de Lavan, prometeu dar a D’us um décimo de todas suas posses. Após tornar-se rico na casa de Lavan, Yaacov deu tudo que havia ganho ao seu irmão Essav, para comprar sua sepultura na gruta de Machpelá.

Quando Moshê ordenou aos judeus: "Ame D’us com todo seu coração, com toda sua alma e com todas suas posses," pôde usar os patriarcas como exemplos perfeitos.

Moshê continuou: "Vehayu hadevarim haêle asher Anochi metsavechá hayom al levavêcha"; "Estas palavras que Eu te ordeno hoje ficarão sobre teu coração." Não devem sentir que estas palavras são velhas; devem sentir-se como se as tivessem recebido ainda hoje no Monte Sinai."

"Veshinantam levanêcha vedibartá bam beshivtechá bevetêcha uvlechtechá vadêrech uvshochbechá uvcumêcha"; "Inculca-las-ás diligentemente em teus
filhos e falarás a respeito delas, estando em tua casa andando por teu caminho, e ao te deitares e ao te levantares." Fale sobre a Torá mais que sobre qualquer outro assunto."

Um pai judeu deve começar a ensinar Torá aos filhos antes mesmo de começarem a pronunciar suas primeiras palavras. Ensina primeiro este versículo aos filhos: "Torá tsivá lânu Moshê morashá kehilat Yaacov"; "A Torá que Moshê nos ensinou é um legado para a congregaçnao de Yaacov" (Devarim 33:4). Ensina então o versículo "Shemá Yisrael" e outros versículos.

"Ucshartam leot al yadêcha vehayu letotafot ben enêcha"; "Ata-las-ás como sinal sobre tua mão e se-rão por filactérios entre teus olhos."

Quando um menino judeu atinge a idade de bar-mitsvá, coloca tefilin no braço e sobre a cabeça. Os tefilin na cabeça são como uma coroa (o local onde os tefilin assentam sobre a cabeça é onde os reis judeus eram ungidos com óleo). Os tefilin são atados à cabeça e braço com correias de couro. As tiras mostram que estamos intimamente "atados" a D’us. 

Os tefilin, na verdade, deveriam ser usados durante todo o dia. No passado, os judeus usavam tefilin o tempo todo, em casa e no Bêt Hamidrash. Dizia-se que Rabi Yochanan e Rabi Yehoshua ben Levi nunca andavam mais que uma curta distância sem usar seus tefilin.

Gerações posteriores não eram suficientemente santas para colocar tefilin durante o dia todo. Começaram a usá-los apenas para as preces matinais.

"Uchtavtam al mezuzot betêcha uvish’arêcha"; "Escreve-las-ás nos umbrais de tua casa e em teus portões."

A cada vez que entramos e saimos de nossa casa, devemos olhar para as mezuzot e lembrar-nos de cumprir as mitsvot.

Veja como é importante o primeiro parágrafo do Shemá! Contém mitsvot muito importantes: amar a D’us, aprender e ensinar Torá, colocar tefilin, e colocar mezuzot em nossa casa.

   
 

O povo judeu nunca deve se esquecer de D’us 

Moshê advertiu Benê Yisrael: "Logo chegarão a Êrets Cnaan, e lá encontrarão grandes cidades. D’us os manteve no deserto enquanto os canaanitas construíam estas cidades. As casas serão bem estocadas. Haverá poços para água, vinhas e oliveiras que vocês não precisaram plantar. Terão comida mais que suficiente.

"Mas prestem atenção! Quando uma pessoa recebe tanta riqueza sem ter trabalhado para isso, torna-se fácil esquecer D’us."

"Lembrem-se sempre de que foram escravos no Egito. Devem continuar a temer D’us e a servi-Lo. Jamais imitem as nações que servem ídolos!"

Apesar da advertência de Moshê, Benê Yisrael esqueceram D’us assim que estavam acomodados em Êrets Yisrael. 

As palavras de Moshê aplicam-se a todas as gerações. Se as pessoas têm o bastante para comer e dinheiro suficiente, muito freqüentemente se esquecem de D’us. Pensam que não precisam mais d’Ele, e ficam muito ocupadas com os seus bens.

Na verdade, a riqueza é também um teste para o povo judeu. D’us deseja ver se sabemos usar o dinheiro para cumprir mitsvot e distribuir mais tsedacá. 

Benê Yisrael não podem "testar" D’us ou um navi (profeta)

Moshê disse: "Não se pode testar D’us."

Não devemos dizer: "Se D’us me der um milhão de dólares, rezarei cada palavra," ou "se D’us fizer meu time ganhar, jamais falarei lashon hará novamente."

Moshê continuou: "Devemos cumprir as mitsvot sem perguntar o que D’us fará por nós. Não podemos entender seus caminhos, e somos obrigados a obedecê-lo"
"Porém, podem estar certos de que, se cumprirem as mitsvot, o resultado será bom para vocês".

"Não podem testar um profeta de D’us, uma vez que seja provado que é verdadeiramente um profeta. Não lhe perguntem se algo acontecerá para testá-lo. Acreditem nele e sigam o que ele disser!"

Como tratar as sete nações em Êrets Yisrael e a proibição de casamentos mistos

Moshê advertiu Benê Yisrael: "Em Êrets Yisrael há sete nações: os canaanitas, chiti, emori, perizi, chivi, yevussi e guirgashi. Estas nações são adoradoras de ídolos, cujos hábitos são cruéis e perversos. Se vocês os deixarem viver no país, tornar-se-ão tão maus como eles são."

"Eles poderão ter permissão de ficar em Êrets Yisrael apenas se concordarem em servir a vocês e a cumprir as sete mitsvot que todos povos não-judeus devem cumprir (shêva mitsvot Benê Nôach). Se eles recusarem, vocês devem destruí-los. Devem destruir também seus altares e seus ídolos. Não sintam pena deles! Vocês não podem fazer um acordo com eles, ou permitir que vivam com vocês como amigos."

Aqui a Torá traz a proibição de casar tanto com membros destes povos, como com qualquer não-judeu. 

A palavra "casamento" não deve ser entendida literalmente pois um matrimônio contraído entre um judeu e um não-judeu não tem validade haláchica.

Mesmo quando a mulher é judia, o filho desta união, (apesar de ser considerado um judeu), diz a Torá, será educado pelo seu pai como um gentio, e o pai o afastará da sua verdadeira fé. 

Moshê explica a razão por trás das proibições

Moshê explicou: "Vocês são um povo santo. D’us os escolheu como Sua nação especial e preciosa. Não por serem mais numerosos que os outros povos na face da terra, pois vocês são os menores de todas nações. D’us os escolheu por causa de Seu grande amor por vocês e por causa do juramento feito a seus antepassados". 

Os comentários da Torá afirmam que este grande amor que D’us tem por nós é em virtude da fidelidade e lealdade de Benê Yisrael. É natural alguém escolher como amigo um indivíduo que lhe é fiel nos momentos mais difíceis.

"Aquele que por sua vez, serve D’us também com amor, D’us estende Sua recompensa até duas mil gerações". 

   
 
 

Mandamentos negativos

44>>Não se deve raptar, roubar e furtar os limites da terra, com nossos débitos, nem enganar com conversas e negócios o prosélito.

 

479.Entregar um escravo fugitivo

480.Enganar um escravo fugitivo

481.Negociar asperamente com órfãos e viúvas

482.Empregar um escravo  em trabalhos degradantes

483.Vender um escravo  em audiência pública

484.Empregar um escravo  em trabalho desnecessário

485.Permitir maus tratos a um escravo 

486.Vender uma escrava 

487.Afligir o esposo de uma escrava

488.Vender uma mulher cativa

489.Escravizar uma mulher cativa

>>>>Mandamentos negativos

 

 

 
  1. Planejar adquirir a propriedade de outro
  2. Cobiçar os pertences de outros
  3. Um trabalhador alugado comer grão em crescimento
  4. Um trabalhador alugado colocar em seus próprios vasos a colheita
  5. Ignorar propriedade perdida
  6. Deixar uma pessoa capturada
  7. Enganar em pesos e medidas
  8. Ter falsos pesos e medidas
  9. Um juiz cometer injustiças
  10. Um juiz aceitar presentes do litigantes
  11. Um juiz favorecer um litigante


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Entregar um escravo fugitivo

Talmud fixado

 


 

 

Talmud

 

Berakoth

Traduzido para o inglês 
COM NOTAS, glossário 
e índices

POR

Aurice SIMON, MA

Sob a direção de

ABBI D R I. EPSTEIN

BA, Ph.D., D. Lit.

 
 
CONTEÚDO
 

NTRODUÇÃO A S EDER Z ERA'IM PELO E DITOR PAGE xiii
NTRODUÇÃO A B ERAKOTH PELA T RANSLATOR xxvii
APÍTULO I 2
APÍTULO II 13
APÍTULO III 17
APÍTULO IV 26
APÍTULO V 30
APÍTULO VI 35
APÍTULO VII 45
APÍTULO VIII 51
APÍTULO IX 54
LOSSÁRIO  
EU NDEX DE S CRIPTURAL R EFERÊNCIAS  
ERAL I NDEX  
RANSLITERATION DE H EBREW L ETTERS  
BBREVIATIONS  

Diretório de Sedarim e Tractatus

Fólios:

Intro 2 3 4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
61 62 63 64            

 

 

I NTRODUÇÃO

[Página xxvii] O Tractate Berakoth ("Bênçãos") é composto por nove capítulos que só os quatro últimos estão preocupados com bênçãos apropriadas. Os três primeiros contêm as regras para a recitação doShema ' ( capítulo um , capítulo dois , capítulo três ), os dois próximos daqueles para a recitação do tefillah( capítulo quatro , o capítulo cinco ). O Tractate primeiro estabelece as horas em que o Shema ' deve ser recitado pela primeira vez na noite e, em seguida, na parte da manhã - de preferência na sinagoga - e, em seguida, especifica uma série de condições para a sua recital e as pessoas que estão isentos de recitá-lo.Aliás as condições em que a Torá pode ser estudada eo tefilin usado também são discutidos. O recital dotefillah é então tratada em linhas semelhantes e sua formulação é discutido. capítulo seis primeiro enuncia o princípio de que antes de participar de qualquer tipo de alimento deve-se recitar uma bênção, e, em seguida, estabelece a forma de bênção para vários tipos de alimentos. capítulo sete trata especificamente de graça, antes e após as refeições, e etiqueta à mesa, geralmente, particularmente zimmun ou o convite para participar da graça. capítulo oito , estabelece as regras para a lavagem das mãos em relação a uma refeição, graça sobre o taça de vinho, eo habdalah sobre a cessação do sábado. Capítulo nove formula as bênçãos a serem proferidas em um grande número de ocasiões especiais.

Berakoth contém mais Aggada em proporção ao seu tamanho do que qualquer outro tratado. O longocapítulo nove é principalmente agádica, e é notável para uma digressão demorado sobre a interpretação dos sonhos. Outra peça marcante Aggada é a conta da briga entre Raban Gamaliel e R. Joshua no capítulo quatro . capítulo seis lança grande luz sobre a dieta dos judeus na Babilônia, enquanto o capítulo oito mostra que os costumes de mesa de judeus na Palestina foram em grande parte modelado sobre os dos romanos.

Por alguma razão, o que não é óbvio Berakoth está incluído no 'pedido' de Zera'im, ou sementes. Em edições completas do Talmud foi sempre colocado em primeiro lugar na seqüência de tractates. A razão para isso é, sem dúvida - como sugerido por Maimonides - que os preceitos com que se trata - a recitação do Shemá ea tefillah [página xxviii] e as bênçãos - estão entre os primeiros que reivindicam a atenção do judeu sua vida diária, e também estão entre os primeiros ensinado à criança judia. Contendo como faz algumas passagens da casuística legal, Berakoth está entre o mais fácil dos tractates, e por causa disso e por causa de sua riqueza de Aggada é talvez o mais adequado com o qual se inicia o estudo do Talmud.

MAURICE SIMON

Os índices deste Tractate foram compilados por Judá J. Slotki, MA

REFATORY N OTE PELO E ditor

O editor deseja afirmar que a tradução dos vários Tractatus, e respectivo anexo, são o trabalho dos contribuintes individuais e que ele não tentou assegurar uniformidade geral em grande estilo ou modo de renderização. Ele, no entanto, revista e completada, por sua própria vontade, a sua interpretação e elucidação do texto original, e se acrescentou as notas entre colchetes contendo explicações alternativas e matéria de interesse histórico e geográfico.

ISIDORE EPSTEIN



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